Meus jogos favoritos de 2022 — Ivanir Ignacchitti

Os redatores do GameBlast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.

Dezembro já chegou, o Papai Noel está logo aí e 2022 está partindo. Novamente estou aqui para falar um pouco dos meus jogos favoritos do ano, o que já tenho feito tradicionalmente desde 2016, ano em que entrei na equipe (não participei apenas em 2017 desde então). De forma geral, minha visão de 2022 em termos dos games lançados foi bastante positiva. Assim como tem sido desde 2019, joguei muitas coisas no meu combo ideal “PC + Switch”, revendo velhos conhecidos e aproveitando obras que devem ficar marcadas na minha memória por muito tempo. Até o Digimon Survive que eu menciono como minha maior expectativa desde 2018! E ele nem está no meu top 10!!

Gostaria de destacar que também fiz uma lista de favoritos com apenas jogos de Switch no Nintendo Blast, sendo alguns jogos aqui repetidos da lista de lá. Enfim, sem mais delongas, espero que esta humilde lista sirva boas recomendações para todas as pessoas que tiverem um tempinho para ler este texto.

Azure Striker Gunvolt 3

Seis anos após Gunvolt 2 chegar ao 3DS, finalmente o nosso herói “GV” está de volta. Porém, Azure Striker Gunvolt 3 se foca mais na novata Kirin, uma sacerdotisa capaz de selar inimigos. GV ainda é jogável, mas Kirin rouba o protagonismo e sua grande agilidade e capacidade de combate aéreo fazem com que o jogo seja uma excelente pedida.

Citizen Sleeper

Citizen Sleeper é um RPG narrativo que conta a história de um sleeper, um androide que carrega dentro de si uma consciência digitalizada. Após um acidente, ele acorda nas proximidades do satélite Erlin’s Eye e tem a oportunidade de viver de forma livre se esforçando para conseguir comida e realizando consertos para evitar a sua obsolescência programada. Enquanto trabalha, o jogador terá a oportunidade de conhecer várias pessoas e suas histórias pessoais. É uma obra bem escrita, profunda e encantadora de ficção científica.

Cotton Fantasy

Desenvolvido pelo Studio Saizensen (Umihara Kawase), Cotton Fantasy é o mais novo jogo da franquia de shoot’em ups fofos Cotton. No controle da bruxinha Nata de Cotton, cabe a você novamente vasculhar o reino em busca de uma forma de salvar…. os seus doces favoritos. Com bastante humor, uma bela variedade de personagens jogáveis e fases polidas, Cotton Fantasy é um excelente representante do seu gênero.

Kirby and the Forgotten Land

Em 2016, eu havia mencionado que Planet Robobot era o meu jogo favorito de todos os tempos, mesmo sabendo que isso provavelmente mudaria em breve. Forgotten Land não roubou o lugar de Robobot no meu coração, mas tenho bastante admiração e respeito pelo que a HAL Laboratory conseguiu fazer.

Trata-se de uma transição perfeita entre a experiência 2D de Kirby e o novo mundo totalmente tridimensional. Com várias fases interessantes, as mecânicas de Mouthful Mode e poderes com upgrades, Forgotten Land é um passo importantíssimo para a desenvolvedora. Fico na torcida para que ela possa experimentar ainda mais com o gameplay da franquia tanto em 2D quanto em 3D.

Piofiore: Episodio 1926

Desde 2012, a Aksys Games tem investido na localização de otome games em uma parceria já consolidada com a desenvolvedora japonesa Otomate, filial da Idea Factory. As visual novels da empresa costumam ter excelentes escolhas de seiyuu (dubladores japoneses) e ilustrações de alto nível. Em termos de roteiro, as obras também possuem uma variedade surpreendente que extrapola o conceito principal de “romance entre uma protagonista feminina e vários rapazes em potencial”.

Piofiore: Episodio 1926 é uma sequência de Piofiore: Fated Memories. As obras contam a história da órfã Liliana Adornato. Conforme uma série de eventos ameaça a paz provisória da cidade italiana de Burlone, a jovem Lili acaba se envolvendo na disputa dos mafiosos. Com continuações para todas as rotas e uma história alternativa, Episodio 1926 desenvolve mais a fundo o contexto de época, sendo até mesmo superior ao original na minha opinião.

Slow Damage

Slow Damage é a visual novel BL mais nova da Nitro+Chiral a chegar ao Ocidente. Originalmente lançada em 2021 no Japão, a obra conta a história de Towa, um rapaz excêntrico que está sempre em busca de prazer mais intenso. Vivendo em uma sociedade futurista em colapso, ele é um pintor que tenta descobrir os sentimentos mais profundos das pessoas que atraem sua atenção e registrá-los em quadros.

Soul Hackers 2

Soul Hackers 2 é uma inesperada sequência do clássico RPG lançado no Sega Saturn no Japão em 1997. Parte da franquia Shin Megami Tensei e mais especificamente da subsérie Devil Summoner, Soul Hackers 2 expande o universo do original, tendo como premissa o surgimento de uma entidade sobrenatural chamada Aion.

Como agentes de Aion, Ringo e Figue partem em busca de respostas sobre a humanidade e uma forma de impedir um futuro catastrófico previsto com base no grande volume de dados gerados pelas pessoas. Junto com os Devil Summoners Arrow, Milady e Saizo, Ringo irá mergulhar no lado mais sombrio da sociedade e tentar evitar o apocalipse. O combate baseado em turnos conta com um sistema de demônios equipáveis que alteram os atributos dos personagens e ataques especiais chamados de Sabbaths baseados em explorar as fraquezas dos inimigos.

Triangle Strategy

Desenvolvido em uma parceria entre o Team Asano da Square Enix e a ARTDINK, Triangle Strategy é um RPG tático com gráficos HD-2D. Após longos anos de conflito, os três países do continente de Norzelia decidem assinar um tratado de paz com a abertura de uma mina gerenciada conjuntamente. Porém, um certo incidente reacenderá as chamas dos conflitos.

No controle do jovem Serenoa Wolffort, cabe a você guiar o seu clã em meio às turbulências políticas que estão por vir. Faça escolhas que impactarão o alinhamento dos seus ideais, convença os seus aliados a seguirem você e comande várias unidades em combate. Cada uma com um perfil de habilidades que os torna únicos e será importante compreender bem os terrenos para ter vantagens estratégicas nas disputas.

Xenoblade Chronicles 3

Para quem conhece RPGs, o termo Xeno carrega consigo um legado de décadas. Desde Xenogears no PS, Tetsuya Takahashi tinha um sonho de contar um grande épico espacial através de múltiplos jogos. Porém, infelizmente, a história de Xeno também foi marcada por grandes dificuldades e foi apenas após bastante tentativa e erro que a Monolith Soft conseguiu alcançar um sucesso em Xenoblade.

Xenoblade Chronicles 3 é uma reflexão de todos os esforços da equipe até aqui, um tributo para uma ambição gigante e um pontapé para o que ainda está por vir. A obra é centrada na história de seis indivíduos: Noah, Lanz, Eunie, Mio, Sena e Taion. Inicialmente membros de duas equipes inimigas, eles acabam se juntando em busca de respostas e um inimigo comum. Com uma história tocante, um gameplay rico em mecânicas e vasto conteúdo, a obra é uma recomendação fácil para fãs do gênero.

Yomawari: Lost in the Dark

Apesar de ser conhecida por seus RPGs táticos (especialmente Disgaea), a Nippon Ichi Software tem investido cada vez mais na criação de jogos menores de estilos distintos. Yomawari: Lost in the Dark é o terceiro título da franquia de terror Yomawari que surgiu dentro dessa iniciativa da empresa. Com visual fofo e uma direção sonora imersiva e impactante, a obra conta a história de uma jovem menina que precisa explorar a cidade em busca de suas memórias para dar fim à maldição que a aflige.

Menções honrosas

Listar apenas uma dezena de jogos é honestamente pouco para representar as experiências prazerosas que tive ao longo de 2022. Além disso, evitei ports de jogos recentes entre os meus favoritos do ano, o que fez com que títulos como The Caligula Effect 2, NEO: The World Ends with You e 13 Sentinels não estivessem na competição.

Portanto, segue uma lista de menções honrosas que poderiam facilmente ter sido escolhidas para a lista também:

Expectativas para 2023

Honestamente, com Digimon Survive já lançado, tenho até dificuldades de pensar quais seriam as minhas expectativas para o futuro. Como de costume, estou sempre de olho em vários jogos, especialmente RPGs e visual novels, mas estou cada vez mais contente com os lançamentos constantes e menos preocupado com coisas de muito longo prazo de espera.

Inclusive, a maior parte das minhas expectativas atuais já deve sair em fevereiro de 2023, então fico com a sensação de que estão muito perto. Porém, do jeito que eu sou, eu ficaria escrevendo pelo resto da vida a minha lista de expectativas, então aqui vai apenas os 15 jogos que estou mais animado para explorar no ano que vem:
  • One Piece Odyssey (PC/PS4/PS5/XSX) - 13/01;
  • A Space for the Unbound (PC/PS4/PS5/Switch/XBO/XSX) - 19/01;
  • Labyrinth of Galleria: The Moon Society (PC/PS4/Switch) - 14/02;
  • Digimon World: Next Order (PC/Switch) - 22/02;
  • Atelier Ryza 3 (PC/PS4/PS5/Switch) - 24/02;
  • Jack Jeanne (Switch) - junho;
  • Master Detective Archives: RAIN CODE (Switch) - segundo trimestre;
  • Monster Menu: The Scavenger’s Cookbook (PS4/PS5/Switch) - segundo trimestre;
  • Process of Elimination (PS4/Switch) - segundo trimestre;
  • Goodbye Volcano High (PC/PS4/PS5) - terceiro trimestre;
  • Spirit Hunter: Death Mark II (PC/PS4/Switch) - quarto trimestre;
  • Virche Evermore -ErroR:salvation- (Switch) - quarto trimestre;
  • Akai Ito & Aoi Shiro HD Remaster (PC/Switch);
  • ANONYMOUS;CODE (PC/PS4/Switch);
  • Mega Man Battle Network Legacy Collection (PC/PS4/Switch).
E para você? Como foi 2022? Quais jogos marcaram o ano para você? Quais as suas expectativas para 2023?
Revisão: Heloísa D’Assumpção Ballaminut

é formado em Comunicação Social pela UFMG e costumava trabalhar numa equipe de desenvolvimento de jogos. Obcecado por jogos japoneses, é raro que ele não tenha em mãos um videogame portátil, sua principal paixão desde a infância.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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