O ano de 2025 foi intenso de muitas maneiras para mim. Vivi diversas experiências pessoais e profissionais, e também pude realizar um desejo antigo: produzir conteúdo para o GameBlast, além da redação onde já atuo e colaboro há vários anos.
Foi o ano em que assumi, de forma definitiva, a produção do BlastCast, nosso podcast, e passei a atuar mais diretamente na moderação de nossos canais de ofertas, que completaram um ano de existência em novembro. Sei que ainda há espaço para melhorias em todas essas atividades e espero que 2026 traga energia e discernimento para que as decisões certas sejam tomadas e resultados positivos sejam colhidos.
Agora, é hora de relembrar algumas das experiências marcantes que tive com jogos ao longo de 2025. Foram muitos títulos, e cada um me marcou de um jeito ao longo desses últimos 12 meses. Como costumo fazer nesse tipo de publicação, separei por temas os jogos mais interessantes que tive a oportunidade de jogar neste ano.
2025, o ano da tolice
Neste ano, eu me entreguei de vez à tolice — daqueles jogos com propostas bobas, simples e totalmente descompromissadas, feitos para desligar o cérebro e dar uma espairecida. Um deles foi A Game About Digging A Hole, também conhecido como "o jogo do buraco". A ideia é exatamente essa: cavar um buraco e ver no que vai dar. Foi uma tolice divertida, a ponto de eu escrever uma análise sobre ele justamente para espalhar a palavra da tolice, que às vezes é muito bem-vinda no nosso dia.
Outra experiência igualmente tola, mas mais voltada para o inusitado, foi Ambidextro. Nele, você precisa jogar com as duas mãos, só que de uma forma nada convencional. A proposta é controlar dois magos — na verdade, duas metades de um mago —, cada um com uma mão, e guiá-los por uma tela cheia de armadilhas até que se reencontrem. É o tipo de jogo que abraça o absurdo, mas provoca outro efeito: praticamente frita o cérebro enquanto você tenta desenvolver uma coordenação motora que simplesmente não existe — pelo menos no meu caso.
Revenge of the Savage Planet segue para uma tolice de aventura, e das mais honestas. A proposta é explorar planetas exóticos, capturar criaturas estranhas e, claro, se divertir no processo. O enredo, que traz uma crítica social às mega corporações, abraça a tolice e complementa tudo com boas doses de diversão e desafio.
Bem-vindos de volta
O ano de 2025 também foi palco de títulos que retornaram na forma de remakes e remasterizações. O mais marcante deles foi, sem dúvidas, Metal Gear Solid Delta: Snake Eater. Reviver a origem de Big Boss foi algo especialmente significativo para mim. Lembro do Natal de 2004, quando passei horas jogando o MGS3 original no meu PS2 e de como aquele jogo me fez sentir o impacto de uma nova geração de videogames. Reencontrar essa história mais de 20 anos depois, com a qualidade e a tecnologia atuais, trouxe uma mistura de nostalgia e satisfação que reforçou o motivo de eu gostar tanto de jogar.
Se por um lado rever meu velho de guerra Snake foi gratificante, reencontrar minha amiga Lara Croft não teve o mesmo brilho — embora ainda tenha sido divertido. Tomb Raider IV-VI Remastered, diferente da primeira coletânea, que reuniu os jogos I a III, traz títulos que não possuem o mesmo apelo da trilogia original. Na verdade, esse segundo volume reúne dois jogos até interessantes e uma verdadeira ovelha negra. Rejogá-los foi uma oportunidade de dar uma segunda chance a obras que, na época, não chamaram tanto minha atenção. Nesse sentido, valeu pela experiência.
Voltando ainda mais no tempo, Outlaws + A Handful of Missions Remaster e Blood: Refreshed Supply reacenderam a nostalgia da época em que tive meu primeiro PC, equipado com um processador Pentium de 200 MHz e “estupendos” 16 MB de RAM — me sinto quase jurássico lembrando disso. Fui uma criança privilegiada por ter acesso a esses jogos, o que me motivou a revisitá-los em 2025 e relembrar não apenas como eram, mas também tudo o que a década de 1990 me proporcionou. #saudades
Grandes títulos também passaram por aqui
Nem só de tolices e nostalgia se resumiu minha jogatina em 2025. Também houve espaço para títulos grandiosos, começando por Monster Hunter Wilds, em fevereiro. Ainda me considero um novato no ofício de caçar monstros, algo que passei a praticar com mais afinco em Monster Hunter Rise. Em Wilds, fui agraciado com uma experiência single player envolvente, repleta de personagens marcantes, criaturas imponentes e a eterna tarefa de coletar recursos para criar os equipamentos mais exóticos do jogo.
Death Stranding 2: On the Beach foi uma conquista pouco aproveitada. Tive o privilégio de adquirir o jogo na pré-venda e recebê-lo em casa no dia do lançamento — sim, desta vez comprei em mídia física. O problema é que não consegui jogar tanto quanto gostaria. Pretendo resolver isso neste fim de ano e, se possível, finalizá-lo antes de completar um ano de lançamento.
Também pude vivenciar as origens do crime em Mafia: The Old Country. Apesar da proposta ser menos intensa em termos de gameplay, em comparação aos outros títulos da série, o enredo continua sendo o ponto forte da franquia. Acredito que deve ser apreciada como um bom vinho: sem pressa, sem excessos e com o comprometimento de quem está lá para acompanhar uma boa história.
Não tão grandioso quanto os títulos anteriores, mas igualmente bem executado, Cronos: The New Dawn superou minhas expectativas. Eu já esperava qualidade vindo dos criadores do remake de Silent Hill 2, e ela foi entregue com uma história original que mistura locais reais e ficção científica. É uma experiência à altura de quem busca algo realmente diferente e novo.
Por fim, já perto do encerramento do ano, finalmente pude me juntar à alcateia de lobos da SNK em Fatal Fury: City of the Wolves. Cheguei quase no fim da temporada, junto com a adição de Chun-Li, e sigo avançando de forma modesta nos rankings de South Town. Quem sabe em 2026 eu já não esteja entre os lobos do ranque ouro — pelo menos é o objetivo.
É do Brasil!
Por fim, acho válido — e importante — dar destaque às obras nacionais que tive o privilégio de jogar em 2025, começando por Hell Clock, que foi o mais impressionante entre todos os que joguei neste ano. O título se destaca não apenas por sua mistura única de jogabilidade e ambientação, mas também pela ousadia de se basear em um dos episódios mais sangrentos da história do Brasil para criar uma narrativa original e marcante. Quem dera, na época do colégio, existissem jogos assim para me estimular a estudar História.
Do sertão da Bahia para as profundezas do oceano, Mark of the Deep foi outra experiência brasileira marcante em 2025. O título da Mad Mimic entrega uma combinação de metroidvania com RPG de ação que acerta no tom da jogabilidade, da narrativa e da ambientação. Passei boas horas explorando e tentando reconhecer as vozes dos inúmeros convidados que participaram da dublagem dos personagens.
No meio dessa salada brasileira de jogos, também tivemos um “clone” de Vampire Survivors. Machick 2, da Nuntius Games, facilmente poderia estar no tópico dos jogos tolos do início desta matéria. A diferença é que, aqui, a tolice é caótica e viciante com um tempero brasileiro, o que me rendeu ainda mais horas investidas para montar as builds mais insanas que meu PC conseguia renderizar na tela.
Outra experiência semelhante — e também com DNA verde e amarelo — foi Shard Squad. A premissa é colecionar monstrinhos, cada um com sua habilidade única, para sobreviver a hordas incansáveis de inimigos. O que ele tem de fofinho e colorido, também tem de desafiador e elaborado. É um título no qual ainda pretendo investir mais tempo; afinal, se é “clone” de Vampire Survivors, pode mandar que o pai tá pegando!
Mais um ano, mais jogos
Termino 2025 com um saldo positivo. Pude jogar muito do que quis, enquanto outros títulos ficaram aquém do tempo que eu pretendia dedicar — meu backlog que lute. Para 2026, além de quitar essas pendências, já tenho algumas expectativas. Não tantas quanto em anos anteriores, mas ainda assim jogos que estou acompanhando e pretendo jogar assim que possível. A maioria, para variar, é da minha querida Capcom:
| Com Leon confirmado, Resident Evil Requiem tá prometendo demais |
| Pragmata finalmente vem aí! Esse é tão diferente quanto intrigante |
| Onimusha: Way of the Sword pode ser o retorno triunfal de uma de minhas franquias favoritas |
| 007 First Light vai ganhando minha atenção a cada novidade apresentada |
![]() |
| Com a mesma jogabilidade viciante de Returnal, Saros está no meu radar no primeiro semestre |
| LEGO Batman: O Legado do Cavaleiro das Trevas será o GOTY de 2026, pode anotar! |
| Não aceito que The Wolf Among Us 2 não chegue antes de GTA VI |
| E já que mencionei... novembro de 2026 está "logo ali", não é mesmo? |
Acho que isso resume bem sobre como foi minha jogatina em 2025. Que o próximo ano traga muitas alegrias nos jogos, porque na Copa do Mundo eu não estou botando tanta fé assim. Boas festas e bons jogos para todos nós!
Revisão: Johnnie Brian


.png)

