Os melhores metroidvanias de 2025

Este ano nos trouxe ótimos metroidvanias de variadas perspectivas, visuais, tons narrativos, influências e gameplay.

em 27/12/2025

Cada vez mais metroidvanias são lançados anualmente. É claro que quantidade não necessariamente significa qualidade, mas, felizmente, um grande número deles é de títulos memoráveis que enriquecem o gênero.

Abaixo, seguem os que considero os dez melhores MVs do ano e cinco menções honrosas. Obviamente, as listas são baseadas na minha subjetividade, mas também em bastante pesquisa, uma vez que acompanho cotidianamente os lançamentos desse meio, análises e opiniões de jogadores (especialmente do Reddit r/metroidvania). 

Portanto, mais do que impor uma hierarquia entre as obras, este artigo almeja divulgar e recomendar uma variedade de ótimos jogos. Com certeza, há alguns aí que podem conquistar seu interesse e, com sorte, seu coração. Dizendo isto, informo que, mesmo querendo jogar todos, ainda não tive a oportunidade de fazê-lo com um integrante do top 10 e algumas das menções honrosas. Vamos à lista!

10 — Mandragora: Whispers of the Witch Tree

Plataformas: PC, PS5, Xbox Series e Switch

Fortalecendo o meio dos jogos que partem da estrutura metroidvania para se encontrar com o estilo soulslike, Mandragora: Whispers of the Witch Tree é um soulsvania que pega muito leve no lado das habilidades de progressão, mas tem mais acertos que erros, como a boa variedade de árvores de habilidades. O mundo é bem construído e bom de explorar, embora seu maior destaque seja realmente o rico visual 2.5D, tornando-o um dos mais bonitos do gênero e facilmente recomendável a quem aprecia o estilo.

9 — Somber Echoes

Plataformas: PC, PS5 e Xbox Series

Somber Echoes me surpreendeu positivamente com seu visual muito caprichado, a exploração recompensadora alinhada com seu sistema de mapeamento detalhado e a movimentação enriquecida pela habilidade de se lançar ao ar em qualquer direção, adquirida logo no início.

O combate poderia ser melhor implementado, especialmente se houvesse mais inimigos interessantes e mais lutas contra chefes monstruosos, então quem foca nesse aspecto dos jogos de ação de rolagem lateral tenderá a ter menos satisfação do que aqueles mais interessados em vasculhar um mundo belo e muito bem estruturado.

8 — Ender Magnolia: Bloom in the Mist

Plataformas: PC, PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e Switch

Ainda que Ender Magnolia: Bloom in the Mist se mantenha na segurança de ser muito parecido com seu antecessor, ele também o supera em praticamente tudo. É um metroidvania desafiador, sombrio, belo e melancólico, mas também acolhedor no tom de sua narrativa empática e nas melhorias de qualidade de vida — principalmente no ótimo mapeamento —, assim como no gerenciamento da dificuldade.

7 — Lone Fungus: Melody of Spores

Plataforma: PC

Lone Fungus: Melody of Spores é um metroidvania que adensa bastante conteúdo e segredos em uma campanha muito bem planejada. É notável a grande mudança de rumo na gameplay em relação ao jogo anterior, buscando mais inspirações em Castlevania. A direção de arte e a brevidade das dez horas de campanha não impressionam, mas não maculam a elegância desse mundo bem planejado e a riqueza de opções e recursos de qualidade de vida que nos é oferecida.

6 — Chronicles of the Wolf

Plataformas: PC, PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e Switch

Esse é um daqueles que, na superfície dos trailers, não me apeteceu muito. No entanto, decidi confiar nos elogios feitos a um fan game da Migami Games, Castlevania: The Lecarde Chronicles 2, e não me decepcionei nem um pouco com Chronicles of the Wolf. Ao contrário, me deparei com um metroidvania de exploração desafiadora, daquelas em que as descobertas são recompensas em si mesmas. A excelente trilha sonora foi um bônus muito bem-vindo, aprofundando ainda mais a atmosfera marcante.

5 — Auridia

Plataforma: PC

Sem combate direto, Auridia foca todos os seus esforços em exploração, plataforma e história de inspiração lovecraftiana. O resultado é um jogo que prima pela coesão, sem qualquer excesso ou ponta solta. Tudo que há nele tem seu lugar e encaixa perfeitamente com o restante, uma sensação de fluidez que é muito beneficiada pelas mecânicas de movimento, como a corda, obtida logo no começo. Uma verdadeira surpresa que, aparentemente despretensiosa, revela-se uma joia escondida.

4 — Constance

Plataformas: PC. Confirmado para PS5, Xbox Series, Switch e Switch 2 em 2026.

Este é o único do top 10 que não joguei pessoalmente. Quem teve a honra foi Farley Santos, então usarei as palavras dele: 

Constance é um metroidvania enxuto, elegante e emocional, que combina movimento fluido, visual marcante e uma temática introspectiva bem construída. Apesar de certa timidez ao explorar suas próprias ideias e de problemas pontuais em desafios e chefes, o jogo oferece uma aventura envolvente e pessoal. É uma boa escolha para quem gosta de metroidvanias tradicionais, experiências artísticas e narrativas que refletem conflitos internos — uma obra que, como sua protagonista, destaca-se justamente por tentar equilibrar criação e caos.”

Aguardo ansiosamente que chegue aos consoles.

3 — Zexion

Plataforma: PC

Zexion abraça completamente sua alma retrô e destila o máximo que a exploração solitária rumo às profundezas de um planeta hostil ocupado por piratas espaciais permite. Com uma campanha robusta, uma exploração imprevisível, repleta de surpresas e segredos, e chefões marcantes que compõem desafiadoras e intensas sequências de ação, Zexion exala a confiança de quem sabe o que está fazendo.

Boa parte dos cenários 8-bits é mais simples do que eu gostaria e a dificuldade elevada pode afastar parte do público, mas Zexion dá o braço a torcer e entrega um farto menu de assistência que permite regular vários aspectos da questão.

2 — Pipistrello and the Cursed Yoyo

Plataformas: PC, PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e Switch

É muito bom ver um jogo brasileiro acertar em tudo que se propõe. No caso de Pipistrello and the Cursed Yoyo, é muita diversão, puzzles com truques de ioiô, desafios e uma exploração densa e precisa, misturando progressão de metroidvania e de Zelda-like. As referências brasileiras e o humor alternado entre crítico e bobo deixam tudo com mais sabor nesse jogo memorável sobre um morcego com ioiô em meio às ironias da vida no capitalismo contemporâneo.

1 — Hollow Knight: Silksong

Plataformas: PC, PS5, PS4, Xbox Series e Switch

Talvez o mais impressionante de Silksong seja como conseguiu se manter relevante e atender às altíssimas expectativas, mesmo após uma demora silenciosa de mais de seis anos desde seu anúncio oficial. A jornada de Hornet exala qualidade e, mesmo que eu ache que certas mecânicas punitivas sejam ultrapassadas e que o dano elevado tenha atrapalhado a experiência, não pude resistir à excelência, elegância e grandiosidade que marcam cada detalhe. E ainda não acabou, pois 2026 trará uma expansão gratuita!

Menções honrosas:

OOLO (PC): este leva o gênero para um mundo de plataforma e puzzle em visão isométrica, o que o torna divisivo, mas ainda uma bela experiência para quem abraçar o estilo sem pressa e sem medo de errar os pulos pela paralaxe.
Randomice (PC): um rato, uma casa de vários cômodos para explorar, muitos acessórios e itens para descobrir, montes de NPCs hilários e um experimento misterioso em andamento que, a cada dia, embaralha tudo cada vez mais em uma campanha construída em cima de um randomizer, andando na corda bamba entre a repetição e a pura diversão.
Gigasword (PC/PS5/PS4/XSX/XBO/Switch): a progressão aqui investe muito mais em puzzles, chaves e atalhos do que na aquisição de habilidades, mas o mapa bem-feito, a história e o visual competentes o tornam uma boa experiência. Felizmente, um sistema de viagem rápida já foi implementado em uma atualização.
Guns of Fury (PC/Switch): e se Metal Slug fosse um metroidvania? A pergunta foi respondida com uma linda pixel art e muita ação desenfreada, ideal para quem adora jogos de manter o gatilho pressionado.
Metro Gravity (PC): prepare-se para dar nós na cabeça com um metroidvania 3D em que a gravidade não é uma lei, mas um instrumento a ser usado. Andar pelas paredes, tetos e por toda parte enquanto tenta lutar em batalhas ritmadas e se guiar pelo mundo não é tarefa das mais convencionais, mas é uma boa pedida para os entusiastas de novas perspectivas.

No ano que vem tem mais

Além do top 10 metroidvanias e das menções honrosas, saibam os curiosos que 2025 viu o lançamento de outros bons títulos além desses (Twilight Monk, Dragonloop e Super Roboy, por exemplo). O próximo ano também promete muito, então fique atento ao artigo dos 10 MVs mais aguardados de 2026.

Revisão: Heloísa D’Assumpção Ballaminut
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Victor Vitório
Admiro videogame como uma mídia de vasto potencial criativo, artístico e humano. Jogo com os filhos pequenos e a esposa; também adoro metroidvanias, souls e jogos que me surpreendam e cativem, uma satisfação que costumo encontrar nos indies. Veja minhas análises no OpenCritic.
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