Hands-on

EA Play: Testamos FIFA 17 (Multi), Battlefield 1 (Multi) e Titanfall 2 (Multi)

Confira o que achamos de três dos principais jogos da Eletronic Arts no evento pré-E3 EA Play.


Numa investida diferente dos anos anteriores, a Eletronic Arts estreou sua primeira EA Play em Los Angeles. O evento, embora não oficialmente atrelado à E3 2016, foi praticamente o ponto de partida da E3 deste ano. A equipe GameBlast participou do evento para conferir de perto os principais títulos anunciados pela EA. Dentre eles, nosso jornalista Ulisses D'ávila pôde testar FIFA 17 com sua nova engine gráfica, a continuação do novo frescor aos jogos de tiro e ação com Titanfall 2 e o interessante multiplayer de Battlefield 1.

Titanfall 2

A demo que jogamos de Titanfall 2 foi simultaneamente muito nostálgica e cheia de novidades. Ela trouxe diversos elementos do jogo original – o parkour, os titãs dominando as partidas e o gameplay rápido e preciso, porém também introduzindo novos, como tipos inéditos de titãs, armas e sobretudo o novo grappling hook.

A demo se passava em apenas um mapa novo, chamado "Boomtown". O cenário era bastante similar ao que os jogadores de Titanfall viram no game anterior no tocante ao design gráfico – uma paleta de cores marrom/cinza e sua neblina característica, porém com elementos naturais, tais quais árvores e montanhas, trazendo um toque adicional ao ambiente. A estrutura da fase é notadamente vertical, possibilitando que os soldados tenham uma vantagem estratégica sobre os titãs.

Nesse sentido, o grappling hook da classe Front Rifleman ganha destaque. Com um clique do botão L1 (a demo foi testada num PS4), o jogador pode lançar um tipo de corda retrátil para levá-lo a janelas e telhados, adicionando uma nova dinâmica a uma mecânica de parkour que já era ágil no primeiro jogo, também facilitando o “rodeio”. O rodeio, por sua vez, também foi alterado em relação ao primeiro jogo – agora, a manobra permite que o jogador pule em cima de um titã, deixando uma granada e causando massivo dano ao dono do titã e extraindo uma bateria para que se possa curar um titã aliado. Esta alteração parece vir com a intenção de permitir maior teamworking.

Por outro lado, os titãs novos também trazem habilidades interessantes. Dos seis que o desenvolvedor Vince Zampella mencionou na conferência, dois estavam presentes na demo: Scorch e Ion. O primeiro é um “powerhouse” com poderes focados em fogo. Sua arma primária é um canhão cujo tiro explode em chamas, incendiando o cenário ao redor. O poder especial do Scorch, que pode ser visto com destaque nos trailers, possibilita que o titã lance uma onda de fogo à sua frente, causando dano massivo em especial a titãs inimigos.

O Ion, por outro lado, é um titã mais rápido e com armas ligeiras. Seu armamento principal é um rifle que solta três tiros ao mesmo tempo e seu principal poder especial é um raio enorme que sai do peito do robô, ao melhor estilo Ultraman. Importante notar que os poderes do Ion, em geral, consomem sua energia, então o gerenciamento da mesma é importante para o melhor uso do titã.

No geral, esse primeiro gostinho de Titanfall 2 nos deixou bastante animados com o futuro do jogo. Resta saber se haverá maiores novidades e diversidade para que a comunidade multiplayer seja maior e dure por mais tempo do que a do primeiro jogo.

FIFA 17

Apesar do foco dos trailers no novo modo campanha “The Journey” do novo FIFA, nossa demo não chegou a explorar esta novidade. Em vez disso, jogamos um amistoso comum entre times da Europa – estavam disponíveis times europeus clássicos como Inter de Milão, Manchester City, United, etc.

Na demo que jogamos, percebemos um aprimoramento gráfico notório (mesmo que nada de outro mundo) trazido pelo novo tratamento no motor gráfico Frostbite, o mesmo utilizado em Battlefield 4 e Star Wars: Battlefront, por exemplo. Além disso, notamos uma melhoria na física dos jogadores.
Dentre elas, mudanças e aprimoramento na movimentação dos atletas (principalmente no modo de defesa, quando segurando o gatilho L2), aperfeiçoando a precisão dos controles, e tornando-os mais táteis. Melhorias pequenas, porém perceptíveis, também foram feitas à movimentação dos jogadores “fora da bola”.

Battlefield 1

Há muita expectativa em cima desse jogo, e não é à toa. Trata-se de um ambiente muito pouco retratado no âmbito dos videogames modernos e ao mesmo tempo uma das épocas mais brutais e destrutivas das guerras, um contraste extremo dos “drone warfares” dos videogames e realidade que vemos recentemente. No entanto, a jogabilidade de Battlefield 1 não pareceu tão diferente dos anteriores, ao menos nessa primeira experiência. A larguíssima escala do mapa, os veículos e a destruição característica da série estão todas aqui como esperado, com suas devidas alterações à tecnologia da época.

Certamente há alguns detalhes modificados: os tanques podem se auto reparar (e têm que ficar imóveis durante o processo), há um sistema de clima dinâmico que tem seu impacto no gameplay (principalmente para snipers) e, aparentemente, 100% dos prédios do mapa são destrutíveis. Claro, os novos veículos também dão novo ar ao jogo, principalmente o enorme zepelim (o qual infelizmente não tivemos a oportunidade de controlar) e os rápidos e pequenos aviões biplanos típicos da época. Contudo, não chegamos a ver os cavalos e o forte uso dos ataques físicos destacados tão fortemente nos trailers anteriores.

No geral, a demo nos dá a impressão de que o novo Battlefield ainda apela aos mesmos fãs dos últimos lançamentos (sobretudo o BF4), porém com uma capa mais vintage e algumas novidades para manter o jogo revigorado. Ficaremos de olho no jogo, afinal há muito potencial a ser explorado!

EAí vamos nós!

A EA Play foi apenas a primeira das conferências e oportunidades que tivemos de experimentar jogos novos em Los Angeles. Durante toda essa semana, você confere a cobertura completa do GameBlast na E3 2016! Apresentações, anúncios e hands-ons de todos os tipos de jogos estarão sendo disponibilizados aqui no site, portanto, fique ligado!








Impressões de Ulisses D´ávila
Revisão: Ana Krishna Peixoto
Capa: Rafael Neves


Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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