Top 10

Os melhores reboots da indústria dos games

Vamos listar os maiores sucessos do passado que ganharam uma nova abordagem na atualidade.


Seja devido ao desgaste natural do tempo ou a decisões erradas, o fato é que reboots são comuns na indústria do entretenimento. Os videogames não ficam de fora, contando com vários títulos que buscam “reviver” franquias que sofreram com lançamentos ruins ou que ficaram obsoletas na atualidade. Mais do que meros remakes, esse tipo de game vai fundo na reformulação de propostas, mecânicas e conceitos.

Neste Top 10, vamos listar alguns dos melhores reboots da indústria dos jogos eletrônicos. Para escolher os títulos, os principais critérios considerados foram a qualidade do game em si e o grau de recuperação que ele conseguiu trazer à sua série. Além disso, deixo claro que o foco aqui são as produções que realmente mudaram as propostas originais; ou seja, nada de remakes e remasterizações. Feitas essas considerações, vamos começar!

10 - Doom (Multi)

A nossa lista começa com um verdadeiro clássico do gênero. Lançado originalmente em 1993, Doom obteve grande sucesso graças à sua ação violenta, divertida e dinâmica. Infelizmente, a série perdeu força com os novos títulos, além de enfrentar uma concorrência feroz contra outros ótimos jogos (Wolfenstein, Duke Nukem, etc). Embora inicialmente revelado como Doom 4, o game de 2016 acabou chegando com status de reboot da franquia.

Embora ele não ignore a existência dos títulos anteriores, novas ideias, mecânicas e enredos tornaram a aventura do Slayer uma experiência renovada e impressionante. Gráficos de ponta, jogabilidade sólida, nível de dificuldade quase perfeito, entre outras qualidades, também contribuíram para o sucesso da proposta de Doom. A sequência, chamada Doom Eternal (Multi), conseguiu ser ainda melhor e mais radical, demonstrando que a franquia ainda tem muitos demônios para matar.

9 - Deus Ex: Human Revolution (Multi)

Em nono lugar, temos o caso curioso da franquia Deus Ex, que começou no ano 2000 com um lançamento de título homônimo. Bem recebido, ele ganhou uma sequência de igual sucesso três anos depois. Corte para 2011, quando Human Revolution é lançado para a sétima geração de consoles; mesmo sendo situada na mesma linha temporal dos predecessores, a prequela é um reboot que estreou personagens e enredos ainda mais interessantes.

Se por um lado esses elementos foram renovados, por outro as mecânicas principais foram mantidas e expandidas. Elas incluem grandes cenários repletos de segredos, combate variado e customizável e muitas missões para explorar o mundo cyberpunk do protagonista Adam Jensen. Mankind Divided continuou as aventuras de Jensen cinco anos depois, deixando várias pontas abertas para uma nova continuação, além de uma grande influência em outros títulos da indústria, como o famigerado Cyberpunk 2077 (Multi).

8 - Prince of Persia: The Sands of Time (Multi)

De todo o nosso Top 10, este é o reboot do jogo mais antigo. Lançado originalmente em 1989, o sucesso de Prince of Persia nos PCs foi enorme, embora as primeiras sequências tenham sido decepcionantes, incluindo um título em 3D de 1999. Foi somente no lançamento de Sands of Time, em 2003, que a franquia mostrou o seu potencial em oferecer aventuras mágicas, dinâmicas e divertidas.

O título é um misto de ação e plataforma, tendo como protagonista um príncipe sem nome com diversas habilidades de luta e parkour. Um dos recursos mais famosos do game é a Adaga do Tempo, que permite ao jogador retroceder segundos preciosos para escapar de uma morte certa ou resolver quebra-cabeças. Embora o jogo tenha recebido sequências (incluindo um segundo reboot), Sands of Time, que tem um remake em produção, sempre será o maior marco da sua série.

7 - Metroid Prime (GameCube/Wii)

Aqui temos mais um caso de um reboot motivado, basicamente, pela inovação. Afinal, os títulos anteriores de Metroid foram grandes sucessos de público e crítica, tornando o lançamento de 2002 uma experiência com altas expectativas. E qual foi a maior novidade? A entrada da terceira dimensão, que levou Samus Aran a novas e incríveis aventuras, compatíveis com os videogames mais modernos da época.

Visuais, designs, trilha sonora e jogabilidade foram elementos muito elogiados, incluindo a mudança para uma visão em primeira pessoa. Considerado um dos melhores de todos os tempos do gênero, Prime teve duas continuações diretas, ambas também muito bem recebidas. Um quarto título, chamado simplesmente de Metroid Prime 4, foi anunciado em 2017 e, atualmente, está nas mãos da Retro Studios, responsável pela cultuada trilogia.

6 - Resident Evil 7 (Multi)

Em sétimo lugar temos uma franquia que sofreu uma verdadeira volta às raízes. Iniciada em 1996, ela gozou de grande sucesso pela sua abordagem focada na sobrevivência e terror com alguns elementos de ação. Resident Evil 4 (Multi) quebrou essa tradição ao oferecer uma experiência mais dinâmica, se tornando o ápice da série. A questão é que essa nova proposta se tornou um problema para a saga ao longo dos lançamentos subsequentes, cada vez com menor qualidade e mais distante das suas origens.

Assim chegamos a 2017, com o lançamento do primeiro Resident Evil em primeira pessoa. Aliado a nova câmera, um maior foco na sobrevivência e terror garantiu um retorno significativo de popularidade para a franquia. Embora os dois títulos lançados na sequência tenham sido remakes mais próximos de RE4, Resident Evil Village (Multi) vai seguir de onde o sétimo jogo parou, trazendo monstros e ambientações assustadoras e inéditas.

5 - God of War (PS4)

Embora a série nunca tenha tido uma queda significativa na qualidade e recepção, é inegável que o título de 2018 tenha sido uma revolução. Se a ação, a fantasia e a violência que renderam sucesso à franquia foram mantidos, a narrativa mais robusta e repleta de grandes emoções garantiu um novo padrão na indústria. Kratos ganhou facetas interessantes e levou novamente o nome God of War ao topo do mercado.

Além de uma história mais complexa e rica, outras duas qualidades se destacaram em meio ao sucesso do game. A primeira é a ambientação fantástica utilizando a mitologia nórdica, conseguindo ser ainda melhor que a vista nas origens gregas da saga. Logo em seguida, temos Atreus, filho de Kratos, cuja presença não só expandiu as possibilidades nos combates, mas também trouxe novas motivações à vida do semideus espartano. Combates aprimorados e elementos de RPG fecham o pacote, que, inclusive, deve receber uma sequência em breve.

4 - Hitman (Multi)

Ocupando o quarto lugar, temos o reboot da saga do maior assassino de aluguel dos videogames. As aventuras do Agente 47 começaram no ano 2000, oferecendo missões com foco em mecânicas stealth utilizando disfarces e mortes silenciosas. Os títulos seguintes mantiveram essa proposta, incluindo a liberdade do jogador em escolher como matar os seus alvos, um dos destaques da franquia.

Mesmo que nunca tenha tido uma queda vertiginosa na sua recepção, a série Hitman recebeu um reboot em 2016. O título homônimo manteve as premissas básicas dos assassinatos silenciosos, mas levando as possibilidades ao limite. Cada missão oferece inúmeras formas de ação, incluindo explosivos, venenos, armas, golpes e “acidentes”. A boa recepção garantiu dois lançamentos posteriores, que fecharam a trilogia World of Assassination de forma competente.

3 - Tomb Raider (Multi)

Curiosamente, o terceiro lugar do nosso Top 10 é o segundo reboot da sua franquia. Lançado em 1996 para o saudoso PlayStation, Tomb Raider alcançou um grande sucesso e deu início a uma sequência de aventuras com Lara Croft. Com o passar dos títulos, entretanto, a popularidade caiu, levando ao primeiro recomeço em 2006. Infelizmente, os três “novos” games não tiveram qualidade suficiente para reviver a série.

Finalmente chegamos em 2013, com um reboot bastante ousado: através de um tom mais sombrio e sério, o jogo mostrou uma Lara inexperiente, ainda no caminho de se tornar a grande aventureira que conhecemos. O sucesso garantiu duas sequências, sendo que a última é considerada o final da história de origem da heroína. Resta esperar e torcer para que essa saga continue com o nível de qualidade devidamente conquistado.

2 - Mortal Kombat (Multi)

Aqui temos mais um caso dos efeitos do desgaste que o tempo pode gerar em uma franquia de games. Originária de 1992, a série Mortal Kombat se tornou famosa pela sua violência extrema, com destaque para os Fatalities. Mesmo nunca tendo uma queda expressiva na qualidade, os títulos lançados foram gradualmente perdendo popularidade. A transição para a terceira dimensão foi, inclusive, particularmente “komplicada”.

Logo, o reboot de 2011 seria a chance perfeita da franquia retomar seu lugar de destaque no mercado. Os combates violentos, que retornaram a um formato mais próximo dos clássicos em 2D, e um modo história mais robusto foram algumas das qualidades que tornaram o game bastante popular. Graças a ele, duas sequências de igual sucesso foram lançadas, fechando com Mortal Kombat 11 Ultimate (Multi). Mais uma vez o nome Mortal Kombat está consolidado no gênero de jogos de luta.

1 - Assassin’s Creed: Origins (Multi)

Em primeiro lugar, temos um título que ilustra bem a razão dos reboots. Inicialmente, a série Assassin’s Creed gozou de grande popularidade, oferecendo ótimas histórias, ambientações e jogabilidade. Com o passar do tempo, entretanto, o formato perdeu um pouco da relevância e enfrentou alguns problemas, como lançamentos muito frequentes e de qualidade limitada. Buscando mudar a maré, Origins chegou em 2017 e se revelou um grande sucesso.

Embora o game não apague os acontecimentos dos predecessores, ele é um reboot em termos de estrutura e de jogabilidade. Com uma forte pegada RPG e sistema de combate refinado, o jogo mostrou que o Animus ainda podia nos levar por muitas aventuras. O sucesso do novo formato garantiu, inclusive, duas sequências ainda mais bem-sucedidas: Assassin’s Creed Odyssey, situado na Grécia antiga, e Valhalla, com ambientação nórdica envolvendo vikings.

Menções honrosas

Além dos títulos listados, vários outros reboots também merecem um reconhecimento adequado. Dentre eles, podemos destacar: Ninja Gaiden (Multi), que trouxe uma abordagem repleta de ação e emoção às aventuras de Ryu Hayabusa; Wolfenstein: The New Order (Multi), com sua guerra contra o nazismo em um mundo alternativo após a Segunda Guerra Mundial; Ratchet & Clank (PS4), que buscou reimaginar a tradicional franquia de ação e plataforma para uma nova geração.

E você, leitor? O que achou desse Top 10 de reboots? Ficou faltando (ou sobrando) algum game? Deixe a sua opinião.

Revisão: Davi Sousa


é produtor de conteúdo sobre games desde 2016 e um grande fã da décima arte, embora não tenha muito tempo disponível para ela. Seus games favoritos (que formam uma longa lista) incluem: KH, Borderlands, Guitar Hero, Zelda, Crash, FIFA, CoD, Pokémon, MvC, Yu-Gi-Oh, Resident Evil, Bayonetta, Persona, Burnout e Ratchet & Clank.
Também encontra-se no Twitter @MatheusSO02 e no OpenCritic.
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