2025 foi um ótimo ano no mundo dos games, pois tivemos inúmeras surpresas e o lançamento de títulos a muito tempo aguardados. Da minha parte, acabei sucumbindo aos inúmeros títulos e joguei bastante coisa — nos momentos mais frenéticos, estava conferindo três ou quatro jogos simultaneamente. Apesar do ritmo vertiginoso, aproveitei bem o ano e tive a oportunidade de experimentar muita coisa bacana.
Seguem as minhas experiências favoritas de 2025:
Final Fantasy VII Rebirth
Estava muito curioso para conferir Final Fantasy VII Rebirth, o segundo título da trilogia de reimaginação do RPG clássico, e tive a oportunidade de jogá-lo com o lançamento no PC. Acompanhar Cloud e seus companheiros em uma aventura por imensas regiões é empolgante, especialmente com a grande quantidade de coisas para fazer. Além disso, as cenas de história são muito bem produzidas e os personagens esbanjam carisma. O ritmo só não é melhor por causa da quantidade excessiva de minigames, muitos deles obrigatórios, mas é uma aventura que vale a pena.Starvaders
O estilo roguelike de construção de baralhos está cada dia mais saturado, e mesmo apreciando muito o estilo, poucos jogos têm me chamado a atenção. Starvaders curou a minha ressaca do gênero e me conquistou com sua mistura de deckbuilding e estratégia tática, com partidas interessantes que lembram um xadrez complexo e dinâmico. Apreciei, em especial, a grande diversidade de estilos de jogo e de estratégias, o que deixa cada partida única — adorei testar as possibilidades em busca de sinergias inusitadas e poderosas.Lumines Arise
Adoro puzzles de juntar peças e mergulhei fundo em Lumines Arise, uma nova versão do clássico de PSP com tratamento artístico similar ao ótimo Tetris Effect. Com visuais surreais e caprichados, música sincronizada com a jogabilidade e algumas novidades bem-vindas, Arise se revelou uma experiência sinestésica sensacional. Continuo explorando as várias modalidades e batalhando online até hoje, algo raro no meu caso, afinal é difícil eu continuar jogando um mesmo título por longos períodos.Death Stranding 2: On The Beach
Death Stranding 2: On The Beach, a sequência do curioso jogo de fazer entregas de Hideo Kojima, é bem tradicional, ou seja, aposta em melhorar e expandir as ideias do antecessor. Os ajustes deixaram a jornada mais ágil e variada, sem deixar de lado a estranheza característica desse universo e os inúmeros momentos contemplativos. Um visual estonteante e atuações impressionantes contribuem para que a experiência seja elevada a outros patamares — fiquei completamente envolvido com os personagens e seus dramas no meu tempo com o jogo.Donkey Kong Bananza
Donkey Kong Bananza marca o retorno do gorilão em um jogo de aventura em que quebrar tudo é a regra, literalmente. Quando vi o conceito eu achei que talvez a ação fosse sem graça, mas me surpreendi com a criatividade dos desafios e a liberdade proporcionada pela destruição de praticamente qualquer parte dos cenários. Fora isso, os personagens são encantadores, em especial as inúmeras caras e bocas de DK e a adorável personalidade de Pauline — destaco a sua excepcional dublagem em português.Hades II
Hades II dispensa apresentações, sendo a segunda vez que o jogo aparece na minha lista de favoritos. A versão final foi lançada neste ano e voltei à jornada de Melíone para conferir as novidades e conclusão da história. Com vasto conteúdo, uma infinidade de armas e poderes para combinar e dominar, personagens que esbanjam carisma e ambientação impecável, Hades II deixa sua marca como um dos melhores roguelikes de ação de todos os tempos. Aproveitei cada segundo da aventura e ainda há muito o que explorar em seu universo, o que é uma ótima desculpa para retornar a ele com frequência.Absolum
Absolum tem um conceito que me fisgou desde o início: ele mistura beat ‘em up de jogabilidade técnica com elementos de roguelike que mudam tanto as habilidades quanto as rotas. Essas características, somadas a um universo ricamente construído e a um trabalho artístico excepcional, fazem com que a aventura seja difícil de largar. Até hoje estou aprendendo combos novos e explorando as várias possibilidades de seu mundo, e já aguardo ansiosamente as várias adições que foram prometidas para o futuro.Hollow Knight: Silksong
Hollow Knight: Silksong finalmente foi lançado e os anos de espera valeram a pena. A jornada de Hornet pelo reino de Fiarlongo é fenomenal, equilibrando com maestria plataforma, combate e exploração. Gostei, em especial, da atenção aos pequenos detalhes e da escala gigantesca de coisas para ver e descobrir — conversar com amigos trocando informações e estratégia foi um dos pontos altos para mim. A dificuldade punitiva me cansou em muitos momentos e alguns trechos poderiam ser mais diretos, porém, no fim, é uma experiência sem igual.Clair Obscur: Expedition 33
Como fã de RPGs, fiquei de olho em Clair Obscur: Expedition 33 desde sua revelação. Depois, ao jogar, fui surpreendido de maneira muito positiva. O título de estreia da Sandfall Interactive me conquistou com sua ambientação incrível em um sombrio mundo de fantasia inspirado na cultura francesa, com sua trilha sonora excepcional, com seus personagens cativantes e com sua narrativa envolvente e agridoce.Além disso, o combate por turnos se revelou bem profundo, combinando customização de heróis com elementos em tempo real que trazem dinamismo e impacto aos embates. Não é revolucionário, mas é justamente sua interpretação tão cuidadosa de conceitos clássicos que o torna especial.
Menções honrosas
Mais alguns jogos de 2025 que me agradaram bastante:- ENDER MAGNOLIA: Bloom in the Mist, continuação espiritual de Ender Lilies, mantém a atmosfera melancólica e jornada com toques de soulslike. Não inova quase nada, no entanto é muito competente;
- Die in the Dungeon é um roguelike de posicionamento de dados que se revela mais profundo e criativo do que parece, um título para ficar de olho;
- Pipistrello and the Cursed Yoyo, um adorável título brasileiro de aventura que remete ao tempo áureo do GBA. O humor e a grande quantidade de coisas pra fazer são os pontos altos;
- Ninja Gaiden: Ragebound me agradou com sua ação acelerada e descomplicada no estilo arcade;
- Shinobi: Art of Vengeance é o retorno da série clássica do ninja em uma aventura belíssima com ótimo combate e algumas pitadas de metroidvania;
- Moonlighter 2: The Endless Vault é uma sequência que muda muitas das coisas do jogo original, resultando em uma aventura mais ágil, mas sem deixar de lado o viciante ciclo entre administração de loja e exploração de calabouços. Divertiu-me bastante, mesmo estando em acesso antecipado;
- Sektori, um shoot 'em up frenético e pulsante;
- Constance é um metroidvania agradável que explora temas de saúde mental de forma bela e suave. Faltou um pouco de profundidade para se destacar mais, porém vale o tempo;
- Octopath Traveler 0, a mais nova entrada da série de RPGs HD-2D, introduz algumas novidades interessantes no combate, apesar de ainda ter exploração simples demais. Mesmo assim, é um ótimo RPG.
Planos para o futuro
Depois de um 2025 recheado, eu sinto que 2026 está menos interessante. Dos lançamentos já anunciados, quero muito experimentar Slay the Spire 2, Control: Resonant, Saros, Pragmata, At Fate’s End e The Eternal Life of Goldman. De resto, espero ser surpreendido com títulos não anunciados e, quem sabe, aproveitar a calmaria para avançar no backlog.E para vocês, caros leitores? Como foi o ano de 2025? Tiveram a oportunidade de experimentar o que joguei? O que me recomendam?
Revisão: Beatriz Castro













