Meus jogos favoritos de 2025 — Victor Vitório

Os redatores do GameBlast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.

em 05/12/2025

O ano de 2025 foi recheado: até novembro, publiquei 68 análises (você pode conferi-las no meu perfil do OpenCritic). Nesse meio, tive experiências incríveis com jogos, algumas ótimas surpresas, muita diversão satisfatória e, também, certas decepções.

Hoje, a ideia é mostrar meu top 10 do ano e, como o número é baixo, comentar menções honrosas. Para finalizar, indicarei os meus jogos mais aguardados de 2026! Quem conhece minhas análises aqui já sabe que pode esperar muitos metroidvanias na lista, mas tem de outros estilos também!

10 – Yooka-Replaylee


Yooka-Replaylee finalmente cumpriu o que o jogo original prometeu há quase uma década. Mais bonito, mais ágil, mais divertido, mais recheado de conteúdo e com uma progressão agora livre de empecilhos, jogá-lo é só alegria em forma de plataforma 3D.

9 – Botany Manor


Com puzzles envolvendo o cultivo de plantas fantásticas, Botany Manor usa o contexto histórico de uma estudiosa vitoriana para construir um engenhoso jogo de quebra-cabeças de exploração, gerando aquela prazerosa satisfação de resolver enigmas ao mesmo tempo que ilustra uma percepção histórica sagaz representada pela menosprezada vida intelectual da protagonista. Tanto a narrativa quanto a gameplay são solucionadas em nossas mentes por suas pistas e fragmentos, fazendo do jogo um todo belo e digno que é maior que a soma de suas partes.

8 – Cabernet

Mais um jogo narrativo com foco em escolhas e mecânicas de RPG na lista, Cabernet segue a história de uma jovem recém-tornada vampira. Habitando uma nova cidade e seguindo um calendário de noites, ela deverá conhecer as peculiaridades de sua nova não-vida, relacionar-se com mortais e vampiros muito bem escritos, iniciar romances improváveis e realizar escolhas que definirão a fronteira entre manter algo de humano em si ou se tornar um monstro. Entrei com expectativas moderadas e saí muito satisfeito por ter encontrado um jogo muito melhor e humanamente envolvente do que imaginava.

7 – Somber Echoes


Como um metroidvania a bordo de uma nave espacial saída diretamente da antiga Roma, Somber Echoes me surpreendeu positivamente com seu visual muito caprichado, a exploração recompensadora e a movimentação enriquecida pela habilidade de se lançar ao ar em qualquer direção, adquirida logo no início. Tem tudo para agradar aos mais interessados em vasculhar um mundo belo e muito bem estruturado.

6 – Ghost of Yōtei


Lá vou eu falar novamente sobre exploração do mundo: Ghost of Yōtei é incrível nisso e cria jornadas naturais pelo mundo aberto, movidas pela curiosidade e pela topografia cuidadosamente feita para atrair nossa atenção aos pontos de interesse. Uma beleza como a das terras virtuais de Ezo é raramente encontrada em videogames, levando-me a parar para olhar os arredores com grande frequência, sem cansar de me surpreender com novas paisagens.

5 – Pipistrello and the Cursed Yoyo


É muito bom ver um jogo brasileiro acertar em tudo que se propõe. No caso de Pipistrello and the Cursed Yoyo, é muita diversão, puzzles, desafios e uma exploração precisa, misturando progressão de metroidvania e de Zelda-like. As referências e o humor alternado entre crítico e bobo deixam tudo com mais sabor nesse jogo memorável sobre um morcego com ioiô em meio às ironias da vida no capitalismo contemporâneo.

4 – Chronicles of the Wolf


Esse é um daqueles que, na superfície dos trailers, não me apeteceu muito. No entanto, decidi confiar mais nos elogios que no fan game anterior da Migami Games, Castlevania: The Lecarde Chronicles 2, e não me decepcionei nem um pouco com Chronicles of the Wolf. Ao contrário, deparei-me com um metroidvania de exploração desafiadora, daquelas em que as descobertas são recompensas em si mesmas. A excelente trilha sonora foi um bônus muito bem-vindo, aprofundando ainda mais a atmosfera marcante.

3 – Citizen Sleeper 2: Starward Vector


Assim como seu antecessor, Citizen Sleeper 2: Starward Vector é ficção científica de grande qualidade, que consegue se aprofundar em diversos aspectos humanos essenciais sem se perder no texto nem nas mecânicas de RPG e na urgência das muitas escolhas que surgem diante de nós. A diferença é que, agora, a jornada se solta no espaço e segue em boa companhia, como um bom grupo de RPG deve ser.

2 – Hollow Knight: Silksong


Talvez, o mais impressionante de Hollow Knight: Silksong seja como conseguiu se manter relevante e atender às altíssimas expectativas, mesmo após uma demora silenciosa de mais de seis anos desde seu anúncio oficial. A jornada de Hornet exala qualidade e, mesmo que eu ache que certas mecânicas punitivas sejam ultrapassadas e que o dano elevado tenha atrapalhado a experiência, não pude resistir à excelência, elegância e grandiosidade que marcam cada detalhe.

1 – Clair Obscur: Expedition 33


Clair Obscur: Expedition 33 foi exemplar em tudo: um anúncio espetacular com cenas de gameplay, seguido por menos de um ano de espera até seu lançamento e uma experiência que buscou a grandiosidade sem concessões, seja nos visuais exuberantes, na dublagem excelente, nas batalhas por turnos cinematográficas, no enredo complexo e agridoce e na trilha sonora digna de todos os elogios possíveis. Eu gostei tanto que escrevi mais cinco artigos sobre ele, com dicas e também a história completa.

Menções honrosas

  • Lone Fungus 2: Melody of Spores: eu até joguei o primeiro em antecipação a esse lançamento e nenhum dos dois decepcionou: são metroidvanias com ênfase em plataforma e muita exploração não-linear;
  • Ender Magnolia: Bloom in the Mist: mesmo sem alcançar a profundidade da atmosfera melancólica de seu antecessor, a sequência melhora tudo que ele deixava a desejar, especialmente no mapa e no superprático sistema de viagem rápida;
  • The Talos Principle: Reawakened: Eu comecei nessa série de jogos de puzzle pela sequência, que é uma das obras mais profundas que já vi em qualquer mídia — um jogo perfeito, ouso dizer. O primeiro título é como um modesto esboço dele, mas ainda é mais do que o suficiente para fazer valer a pena um remake bonito e inteligente;
  • Little Kitty, Big City: não apenas metroidvanias têm boa exploração a oferecer! O jogo do gatinho nos dá um pequeno mundo aberto urbano com muito a descobrir, muito charme e muita diversão felina.


Mais aguardados de 2026

O ano de 2025 foi ótimo para mim, mas o show tem que continuar e olhar para o futuro. Honestamente, ainda não tenho muitos títulos aguardados para 2026 (nem mesmo certo blockbuster que vai parar a indústria, mas cuja série nunca teve meu interesse).

Assim, todos os meus mais aguardados para o próximo ano são metroidvanias ou aparentados: Well Dweller, o próximo jogo de Kyle Thompson, lidera a lista pela consistência da qualidade que ele entrega no gênero. Os seguintes são MIO: Memories in Orbit e seu belo 2.5D (será lançado logo, em 20 de janeiro), e também Lucid, um “celestoidvania” que promete muita plataforma de precisão frenética. O parente próximo é o lindissimamente desenhado à mão The Eternal Life of Goldman.

Continue conosco para mais centenas de análises de jogos de todas as proporções e estilos!

Revisão: Vitor Tibério
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Victor Vitório
Admiro videogame como uma mídia de vasto potencial criativo, artístico e humano. Jogo com os filhos pequenos e a esposa; também adoro metroidvanias, souls e jogos que me surpreendam e cativem, uma satisfação que costumo encontrar nos indies. Veja minhas análises no OpenCritic.
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