Com lançamento previsto para setembro, uma demo está disponível agora no Steam, dando uma visão inicial do que o jogo terá para oferecer. Tivemos acesso a ela e vamos discutir um pouco da proposta e nossas primeiras impressões aqui.
Em um mundo de faz de conta
Na Scarlet Devil Mansion, Remilia e Flandre estão entediadas. Para lidar com essa situação, Patchouli sugere um jogo novo que ela conseguiu: um livro dentro do qual Reimu parte em uma aventura em que as três e a empregada Sakuya tomam decisões para guiá-la.Na história do livro, Reimu e Marisa haviam combinado de se encontrar para poderem ver as estrelas juntas. Porém, Marisa não apareceu, fazendo com que Reimu fosse até a sua casa procurá-la. Dentro de uma sala selada, a sacerdotisa do Santuário Hakurei encontra um livro misterioso de tamanho gigante que a leva para uma espécie de biblioteca.
Lá nesse lugar, ela terá que encarar situações curiosas e inimigos monstruosos. Inspirado pelos gamebooks e por RPGs de mesa, a obra envolve tomar decisões e rolar dados para explorar as possibilidades da história e tentar sobreviver aos desafios.
Um meta-RPG
A aventura de Marisa of Liartop Mountain é uma experiência metanarrativa na qual vemos a jornada de Reimu e a forma como o grupo da mansão conduz sua história. As personagens comentam suas impressões e opiniões sobre os eventos enquanto o jogador toma decisões que podem, em algumas ocasiões, estarem mais alinhados aos desejos de uma delas.As páginas de história são mostradas no canto direito da tela com diálogos e descrições lidas em voz alta por uma voz em japonês que emula o conceito de Game Master. Acompanhando isso, temos um tabuleiro com os personagens sendo representados como estatuetas de jogo. Já na demo, é possível ver que a obra faz uma boa direção de câmera para destacar os elementos relevantes de tempos em tempos.
Podemos escolher ações para poder avançar, seja interagindo com objetos e NPCs ou se movimentando entre salas. Em algumas ocasiões, as quatro personagens da mansão Scarlet têm vontades diferentes e cabe ao jogador escolher uma delas. Curiosamente, essas opções não apenas afetam a forma como a trama se desenrola, mas também geram pontos de influência para cada personagem, um ponto curioso a ficar de olho para o jogo completo.
A força dos dados
Como um RPG, temos confrontos contra criaturas em Marisa of Liartop Mountain. O sistema de combate é baseado em turnos, sendo possível escolher como proceder. Já em uma das primeiras batalhas, é possível ver um pouco de engenhosidade como opção, sendo possível chutar um inimigo para um buraco em vez de depender da força bruta de ataque de Reimu.Em todos os casos, o combate envolve o uso de dados de seis lados que definirão a nossa capacidade de executar ações e podem levar a situações diferentes. Empurrar o inimigo pode ser mais fácil do que causar dano, fazendo com que o número necessário seja menor e haja uma probabilidade muito alta de sucesso.
Porém, nem todos os dados são iguais. Um elemento de Marisa of Liartop Mountain é que podemos desbloquear mais opções com o tempo e as faces deles podem ser bem diferentes, como dados viciados. Podemos aproveitar esse fator de forma estratégica para aumentar as nossas chances e evitar os piores resultados.
De forma geral, Marisa of Liartop Mountain é um RPG narrativo com grande potencial e a demo já demonstra bem as suas qualidades. Vale a pena ficar de olho para ver o que a obra completa irá entregar.Revisão: Vitor Tibério
Texto de impressões escrito com cópia digital da demo cedida pela Alliance Arts