Entrevista

CCXP 2019: entrevistamos Priscila Queiroz, gerente de Produto e Publishing da Riot Games no Brasil

Ela fez um balanço da participação no evento, falou sobre os lançamentos de produtos oficiais e abordou outros assuntos.



Após seis anos ausente de eventos no Brasil, a Riot Games escolheu a Comic Con Experience (CCXP) para voltar a ter contato mais próximo com o público. Além de um estande que transportou os fãs diretamente para Summoner's Rift, o estúdio responsável por League of Legends ofereceu diversas oportunidades especiais — como a chance de os visitantes serem um dos primeiros jogadores no mundo a experimentar o novo Wild Rift, versão mobile do MOBA.


No último dia do evento, a equipe do GameBlast conversou com Priscila Queiroz, gerente sênior de Produto e Publishing da Riot Games no Brasil. Além de fazer um balanço da participação na CCXP, ela também falou sobre o lançamento de materiais oficiais, planos para o futuro e mais. Confira todo esse bate-papo logo abaixo:

GameBlast: Como você avalia a participação da Riot Games na CCXP 2019?

Priscila Queiroz: Nos cinco dias — contando a Spoiler Night — tivemos uma resposta super positiva do público. Nós já não participávamos de eventos há algum tempo, o último foi em 2013, então também sentíamos falta de ter mais contato com a comunidade. A resposta foi demais, o pessoal deu um feedback muito positivo do estande, gostou de estar em contato conosco, curtiu as ativações e ficaram felizes por termos pela primeira vez parceiros lançando produtos de League of Legends, como a Riachuelo e a Piticas. Para nós, foi uma participação muito positiva mesmo.

GameBlast: Há alguns meses, ocorreu o evento que comemorou os 10 anos de League of Legends. Nele, foram mostradas várias novidades, porém uma delas parece ter ficado guardada para a CCXP. Como foi trazer para um palco brasileiro a revelação da Riot Forge, um anúncio de interesse global?

Priscila Queiroz: Para nós é muito legal ter a chance de oferecer algo exclusivo aqui no Brasil, eu acho que destaca para a comunidade o compromisso que temos com o público local. É uma região super importante para a Riot e esperamos que isso tenha reforçado essa nossa visão. Foi um trabalho que durou algum tempo, conversamos bastante com o time de Riot Forge, que desde o começo estava bem empolgado com a possibilidade de participar do maior evento de cultura pop do mundo. Estávamos trabalhando há algum tempo com eles e conseguimos fazer acontecer.



GameBlast: Também tivemos durante a Comic Con Experience um painel com a presença de Toa Dunn, líder da Riot Music. Entrando um pouco nessa parte musical, recentemente, a skin True Damage do Ekko recebeu a voz do cantor Emicida. Isso foi algo pontual, pelo fato de o artista já ter contato com o League of Legends — tendo, inclusive, se apresentado na final do CBLoL de 2018 —, ou podemos esperar ações semelhantes para futuras bandas do game?

Priscila Queiroz: Tudo vai depender muito do que serão os novos projetos. O Emicida foi uma opção pelo contexto, já que o Ekko True Damage tem um apelo para o hip hop e rap. Além disso, essa skin é muito específica porque o campeão fala cantando. Aliás, ele não fala, mas sim canta. Então, achamos que nesse caso faria sentido termos alguém que pudesse entregar a voz que proporcionasse uma experiência incrível para o jogador. Decisões como essa no futuro dependerão bastante desse contexto, a experiência precisa se encaixar e fazer sentido para o jogador.

GameBlast: Na CCXP, foram lançadas as camisetas de LoL nas lojas Piticas e Riachuelo. Essa coleção vai aumentar no futuro? Em relação às estampas, os parceiros têm liberdade para criação das artes e depois mandam para aprovação na Riot? Ou vocês que sugerem os temas/campeões?

Priscila Queiroz: Sim, vocês podem esperar novas camisetas e outros produtos para o futuro. Queremos lançar não somente camisetas, mas linha casa, canecas, tapetes, enfim, o céu é o limite. Já o trabalho de design do produto é uma colaboração, os parceiros têm muita liberdade de propor, inclusive, os encorajamos para que façam isso. Depois, nós aprovamos e acaba sendo um processo super colaborativo. Quando eles propõe algo, podemos ajudar explicando alguma coisa sobre um campeão ou outro detalhe específico. A coleção atual tem um mix, com algumas estampas que já existiam antes e outras que foram desenvolvidas pelos parceiros. No futuro, queremos que cada vez mais o parceiro possa dar o seu toque original para a coleção que ele está lançando.





GameBlast: Outro produto que estava disponível para compra no evento eram as HQs da Ashe e Lux. Quais são as próximas publicações planejadas?

Priscila Queiroz: O livro Reinos de Runeterra será lançado no ano que vem, sendo que a pré-venda deve começar em breve. Já a próxima minissérie é a do Zed, que também chega em 2020. Além disso, há os cadernos que estarão nas lojas em janeiro.

GameBlast: A Comic Con Experience sediou um campeonato de Teamfight Tactics (TFT), algo que também estava acontecendo no All-Star. Podemos esperar um fortalecimento do cenário competitivo desse game?

Priscila Queiroz: Ainda estamos desenvolvendo essa questão. Já identificamos que claramente existe uma demanda para o competitivo de TFT e o time de eSports está trabalhando em como entregar essa experiência para o público.



GameBlast:  Sobre a presença do Wild Rift na CCXP, foi difícil conseguir trazê-lo? Afinal, poucas pessoas no mundo inteiro tiveram a oportunidade de testar o jogo e isso aconteceu aqui no Brasil.

Priscila Queiroz: Foi uma colaboração com a equipe de Wild Rift. Na nossa cabeça, a presença da Riot no evento tem muito haver com o tipo de experiência que podemos oferecer para o público brasileiro. Assim, trabalhamos para trazer algo que fosse bem exclusivo e atuamos em conjunto com o time de Wild Rift para fazer isso acontecer. Foi bem bacana porque a resposta está super positiva e quem jogou saiu bastante empolgado. Para nós, foi muito legal poder oferecer essa experiência para o público.

GameBlast: Na edição mais recente do Pergunte Qualquer Coisa (PQC), você mencionou que gostaria muito de uma dublagem em português, além do áudio original em inglês, no lançamento da série Arcane. Com isso em mente, aproveitou que a Fernanda Bullara, responsável pela voz da Jinx (uma das protagonistas da animação), esteve na CCXP para pedir que ela já reservasse um espacinho na agenda? 

Priscila Queiroz: Teremos mais informações sobre o Arcane em breve (risos).

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.
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