Hands-on

CCXP 2019: League of Legends: Wild Rift esbanja potencial para ser a próxima grande febre mobile

Testamos a versão mobile de League of Legends e trazemos nossas primeiras impressões.



Na edição deste ano da Comic Con Experience (CCXP), quem visitou o estande da Riot Games dividiu a atenção entre as estátuas do Barão Na'Shor, Yasou e Riven; as recriações de cenários de Águas de Sentina e Freljord; e uma pequena sala — quase que escondida — em uma das extremidades do espaço. Era neste ambiente acanhado que League of Legends: Wild Rift estava disponível para testes do público. Foi a primeira vez que a versão mobile do MOBA pôde ser experimentada pelos jogadores em evento aberto.


A equipe do GameBlast teve a oportunidade de fazer algumas partidas — que duram cerca de 20 minutos — e ficamos bastante animados com o que vimos. O jogo impressiona pelo seu visual caprichado, fluidez e mecânicas simples de serem compreendidas. Nas seções que participamos, algumas pessoas não conheciam nada sobre LoL, mas bastaram poucos minutos para que estivessem colecionando abates pelas rotas de Summoner's Rift.

Antes de a batalha pela destruição do Nexus inimigo começar, os 10 invocadores são levados para a já conhecida tela de seleção de campeões. Na versão disponível na CCXP, não havia a fase de banimentos e nem era possível ver as escolhas da equipe rival. Algo semelhante ao que acontece nas partidas “às cegas” no PC, permitindo, inclusive, que o mesmo personagem esteja simultaneamente nos dois times. No patch usado no evento — que ainda não é o beta — havia 26 campeões:
  • Ahri
  • Annie
  • Blitzcrank
  • Ezreal
  • Fiora
  • Fizz
  • Garen
  • Gragas
  • Janna
  • Jax
  • Jinx
  • Lux
  • Malphite
  • Master Yi
  • Miss Fortune
  • Nami
  • Nasus
  • Olaf
  • Orianna
  • Shyvana
  • Soraka
  • Tryndamere
  • Twisted Fate
  • Vayne
  • Vi
  • Xin Zhao
No entanto, a equipe da Riot Games fez questão de deixar claro que essa lista não é definitiva e deve sofrer alterações até o lançamento do Wild Rift. Depois de escolhido o personagem, é o momento de ajustar as runas e feitiços para partir de vez rumo à batalha. O mapa é menor do que a versão de PC, mas mantém praticamente todos os mesmos elementos — tanto de monstros da selva quanto de estruturas.



A principal diferença está na base, onde não há inibidores, ou seja, quando a terceira torre da rota é destruída, os super minions começam a aparecer e permanecerá assim até o fim do jogo — já que a estrutura não se regenera com o passar do tempo. Também não existem as duas torres que protegem o Nexus, porém, em Wild Rift, ele não é inofensivo e ataca qualquer inimigo que se aproximar dele, como se fosse uma torre.

Para tornar o jogo mais rápido e facilitar os controles, o mapa é espelhado. Com isso, o time no lado vermelho também atacará de baixo para cima, entretanto os grandes objetivos da selva estarão com posições “trocadas” — com os dragões perto da rota superior e o Arauto/Barão da inferior.

Sempre que volta para a base, o jogador recebe sugestões de compras de itens sem precisar abrir a loja. Mas, se preferir, pode escolher montar a build da maneira que bem entender acessando a página completa com todas as opções disponíveis. Em Wild Rift, não há como adquirir poções e wards. Enquanto os itens de recuperação de vida são substituídos por Frutomel espalhado pelas rotas, pequenos pontos amarelos em algumas moitas fazem o papel das sentinelas depois que o campeão passa certo tempo parado sobre eles.

Só é possível andar com um único item ativável por vez. Por exemplo, se o seu personagem estiver equipado com a bota, surge um botão do lado direito para ser pressionado e aumentar a velocidade de movimento por poucos instantes. Caso o jogador compre outro item que tenha propriedades ativáveis, o ícone da bota será substituído pela nova habilidade.


Algumas mecânicas parecem mais fáceis em Wild Rift, por exemplo, a vida dos minions fica branca quando o próximo ataque básico de seu campeão for forte o suficiente para derrota-lo — auxiliando no farm. Também consegui caitar de maneira mais tranquila, me movimentando com a mão esquerda e usando a direita para atacar. Foram poucos os momentos que me confundi com os controles, em um deles, ao ser perseguido por um Garen, tentei usar a chuva de disparos da Miss Fortune para atrasá-lo, mas acabei disparando a ultimate para o lado errado.

Nem todos os campeões mantêm as mesmas habilidades existentes na versão de PC. Por exemplo, enquanto os ataques de Jinx são idênticos ao que já conhecemos, o “Q” da Miss Fortune se transformou em uma skill shot. Para acertar os disparos de precisão, basta pressionar e segurar o botão da habilidade, deslizar o dedo para mirar e soltar o tela. Já em situações que exigem escolher o inimigo/aliado que receberá a ação — como um Incendiar ou a cura da Soraka — é preciso apertar o botão referente a essa ação e depois arrastar até o "alvo" desejado.

A câmera é fixa e vai acompanhando a movimentação do seu campeão, já a comunicação com os demais companheiros de equipe era possível através de algumas frases pré-definidas no chat e pings para serem usados em situações de emergência ou pedidos de ajuda. Nesse teste, não existiam skins liberadas para nenhum personagem, mas isso é algo que deve estar disponível quando o jogo for lançado.



Comparado com outros MOBA para dispositivos mobile, como Arena of Valor, Wild Rift tem visual mais agradável, animações bem trabalhadas e fluidez — mantendo os 60 fps durante todo o teste. Mas, vale ressaltar, que isso aconteceu em ambiente controlado e usando o iPhone 8 Plus para rodar o game. A Riot diz que está trabalhando para que o jogo possa ser compatível com aparelhos a partir do iPhone 5S ou Android semelhante ao Galaxy A7.

Levando em consideração a alta qualidade e desempenho apresentados, somado ao fato de que boa parte do público tem o celular como principal meio de acesso aos games — segundo a pesquisa Game Brasil 2019, 83% dos brasileiros utilizam o smartphone para jogar —, não é exagero apostar que Wild Rift tem tudo para se transformar no próximo grande fenômeno mobile em nosso país.

O título tem previsão de lançamento para 2020 e, além dos smartphones, deve chegar também para consoles. Porém, as plataformas que o receberão ainda não foram divulgadas.

Durante os testes na CCXP 2019 não era permitido capturar imagens do gameplay

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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