A Aperture Science ainda tem muitas histórias de robôs maníacas para contar: como seria Portal 3?

em 10/11/2013

Ninguém esperava o sucesso que Portal alcançou. Começou como um simples mod de Half-Life 2, lançado no pacote The Orange Box, e hoje já é... (por Gabriel Toschi em 10/11/2013, via GameBlast)

Ninguém esperava o sucesso que Portal alcançou. Começou como um simples mod de Half-Life 2, lançado no pacote The Orange Box, e hoje já é uma das franquias de peso da Valve, que recebeu uma perfeita continuação, que perdura até hoje com seu valor replay altíssimo, graças ao criador de fases single e multiplayer do jogo. Tudo parece tão bem colocado em seus lugares que não precisaria mexer em nada. Não. Fãs do mundo todo clamam por novas aventuras nos laboratórios da, ao mesmo tempo, temida e amada Aperture Science.


O episódio original da série veio ao mundo em 2007 e o segundo episódio só veio a tona em 2011, quatro anos depois. Não sabemos quanto tempo leva para a ciência evoluir ao ponto de formar um épico finale para esta trilogia (e quanto demoraria compor uma música tão boa quanto Still Alive e Want You Gone), mas é hora de dar os nossos chutes. Pegue sua Bola de Cristal de Quartzo Automatizada Aperture Science e venha conosco neste Future Blast!

E antes que você nos pergunte, sabemos que a Valve tem algum problema com o número 3. Mas, mesmo assim, é bom sonhar. E vai que “os sonhos se tornam realidade” e todos fiquemos felizes jogando Portal 3? Aliás, muita atenção: o texto contém spoilers de Portal e Portal 2!

Portal 3: quem será que fará os testes de GlaDOS desta vez?

Toda a história da franquia (e a da própria Aperture Science) está voltada às famosas câmaras de teste: todas as fases e puzzles dos jogos são ambientadas nelas. E sempre alguém tem de fazer o trabalho de concluí-las para que os estudos científicos não parem. Durante as campanhas single-player, você toma o controle de Chell; as partidas cooperativas entre dois jogadores contam com os simpáticos robôs Atlas e P-Body. E é aí que chegamos na primeira questão: quem irá fazer as câmaras de teste agora?

Ao fim da campanha para um jogador de Portal 2, Chell finalmente consegue sair dos laboratórios da Aperture Science e depois da única vontade de GLaDOS de que ela vá embora, é bem provável que ela não volte a ser cientista tão cedo. Sobra então à campanha cooperativa a possível resposta (não, não é 42) para a nossa questão: ao fim dela, Atlas e P-Body são explodidos e uma grande câmara de encubação é mostrada. Encubação de humanos.


A nossa robô maníaca preferida tem seres humanos ao seu controle. Porquê? Fazer testes, claro! Provavelmente, cansada de ter apenas Chell para usar depois de matar todos, ela queria que a eficiência das pesquisas alcançasse níveis um pouco maiores. Talvez nem tenha matado ninguém: todos os seres incubados parecem ser adultos e não crianças; ou ela está cuidando deste pessoal a mais tempo que imaginamos, ou eles são os antigos funcionários da Aperture, que deveriam ser mortos pelas neurotoxinas de GLaDOS há anos. Entre eles, estava o pai de Chell e uma trama familiar poderia ser formada aí, com nossa heroína voltando para resgatá-lo.

Porém, esse lance de família pode estar com nada e isto pode ser o indício de uma nova jogabilidade MMOs, com várias pessoas ao mesmo tempo resolvendo puzzles, algo parecido com GTA Online. Já que online é uma tendência, ela acaba por se tornar uma possível resposta ao fim do co-op de Portal 2 e como a Valve sempre tem algo inesperado, esperamos responder isto melhor em uma prévia (e não em um Future Blast como esse).

Já que não tem o 3, que tal um 0?

Outra coisa que podemos pensar é que nunca existirá um Portal 3 mesmo e que a Valve deve ter algum problema com este número, realmente. E agora, perdemos a esperança? Quem poderá nos defender? Talvez uma parte da trama de Portal 2 possa nos responder.

Imagine a sua situação: você percorre com um robô durante diversas câmaras para tentar escapar e ele só precisa se ligar à central de comando do laboratório para abrir a porta. Mas não, ele fica maníaco e você é jogado ao subterrâneo da Aperture. E o que você encontra? O passado, a antiga Aperture Science (com direito a narração por Cave Johnson).


Talvez a história seja a resposta para o nosso problema: revisitar os destroços do laboratório antigo foi muito legal, mas conhecer o passado, com todas as pessoas, seria realmente muito bom. Não precisamos de uma continuação, precisamos de uma prequela, contar o que aconteceu antes do acidente com a neurotoxina, algo antes de do primeiro game da série. Já que o 0 é o número natural antecessor ao 1 e é a forma de um portal, já temos até o nome e um slogan. “Se já temos portais para viajar no espaço, porquê não podemos viajar no tempo? Portal 0.”

Pode parecer meio estranho, mas pode ser uma boa saída para uma história que parece que acabou. Contar a história real da antiga Aperture e como tudo aconteceu, além de cair nas belíssimas teorias de viagem no tempo, bem-vindas em qualquer ficção científica (e na série Zelda), teríamos novos elementos para os puzzles: as antigas invenções da Aperture Science Innovators, assim como podemos usar os géis.

Não sabemos se esta será a saída para Portal 3 (ou 0), mas é uma possível, mesmo que nunca tenham sequer citado a possibilidade de viagem no tempo no universo da série. Talvez esta seja a tarefa dos humanos incubados: testar um novo protótipo de GLaDOS para criar, além de portais, buracos de minhoca. É, só o tempo pode nos revelar isso, realmente.

Agora a bola da vez é da Valve

Por mais que tentemos decifrar, o futuro da série Portal está nas mãos de seus desenvolvedores. A única coisa que temos certeza é que o trabalho que será visto no fim da trilogia da Aperture será um ótimo jogo, assim como já vimos antes.

O que achou de nossos palpites: plausíveis ou totalmente impossíveis? Qual é a sua ideia para um novo jogo da série Portal? Deixe sua opinião nos comentários!

Revisão: Ramon Oliveira de Souza
Capa: Vitor Nascimento
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sempre com projetos criativos, estranhos ou os dois ao mesmo tempo. desenvolvedor de software, game designer e escritor sobre as coisas que eu gosto.
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