Top 10

Qual pode ser a próxima aposta da Square Enix após Final Fantasy VII Remake?

Com um vasto catálogo de jogos, selecionamos dez títulos com potencial para receber uma atenção da Square Enix para uma nova abordagem após a ótima recepção de Final Fantasy VII Remake (PS4).

Recentemente tivemos o prazer de finalmente experimentar o remake de Final Fantasy VII, e o resultado foi recebido de forma positiva pela maior parte da mídia especializada e, principalmente, pelos fãs. Ver o que a Square Enix fez com um jogo originalmente lançado em 1997, numa época em que o simples fato de ser um jogo com ambientação em 3D já surpreendia muito, foi excelente.


Mas a Square Enix é casa de inúmeros títulos consagrados, principalmente RPGs, seu ponto forte, e a tendência dos remakes continua forte na indústria, com títulos consagrados de vários estúdios sendo gradualmente refeitos para a nova geração de consoles e PC.

Sendo assim, enquanto esperamos – espero que não tanto – que a história de Cloud, Tifa, Aerith e companhia possa continuar, selecionamos 10 títulos do vasto catálogo da Square Enix que poderiam receber uma atenção da empresa para voltar à ativa e aproveitar o que a tecnologia de hoje tem a oferecer em questão de gráficos, som e jogabilidade.

10 – Drakengard (PS2)

Vamos começar lembrando de Drakengard. Este RPG de ação foi lançado em 2003 e nele acompanhamos a história de Caim, um príncipe deposto que que cria um pacto com Angelus, um dragão vermelho. Em meio a um período de guerra entre o Império e a União, Caim e seu novo aliado lutarão juntos para se vingar das forças imperiais que o tiraram do poder.


A jogabilidade de Drakengard conta com duas abordagens distintas: no chão, como em um hack 'n' slash, e no ar, com uma pegada semelhante a Star Fox. Com um gameplay bem truncado, movimentação pesada e visual muito mecânico, uma nova abordagem do título trazendo elementos mais atuais para esses estilos de jogo poderia ser o principal destaque de um possível remake.


O título recebeu duas sequências, em 2005 ainda no PlayStation 2 e em 2013 para o PlayStation 3, e desde então a série permanece adormecida. E uma curiosidade! Vocês sabiam que NieR é um spin-off de Drakengard?

9 – Grandia III (PS2)

Em 2019 a série Grandia voltou a dar as caras com a remasterização de seus dois primeiros jogos, Grandia e Grandia II, originalmente lançados em 1997 e 2000, respectivamente. Mas o terceiro jogo, lançado em 2005 permaneceu “esquecido” e até desconhecido para quem nunca teve contato com a série antes, limitando-se ao contato com as remasterizações lançadas no ano passado.

A série Grandia tem como destaque os combates em tempo real com foco em combos de golpes e magias. Grandia III trouxe uma evolução interessante no sistema de batalhas, deixando-as visualmente mais atraentes e dinâmicas. Uma releitura dessa mecânica já seria algo interessante para ser abordado em uma nova versão do game, além de uma renovada da parte artística, que se mostra bem datada para os padrões atuais.

8 – Parasite Eve (PS)

Lançado em 1998 para o PlayStation, Parasite Eve é um RPG de ação que à primeira vista tem uma cara e uma pegada bem Resident Evil, por também ser um survival horror, mas com uma jogabilidade própria que exige menos ação e mais estratégia do jogador.

Aya Brea é uma novata na polícia de Nova York – engraçado como nessa época esses policiais novatos sempre se envolviam em tramas cada vez mais aterrorizantes, não é? – que se vê envolvida em uma trama assustadora envolvendo uma criatura mutante chamada Eve após um incidente ocorrido na véspera de Natal.


O título foi desenvolvido como uma sequência de um livro com o mesmo nome, de Hideaki Sena, e contou com grandes nomes na produção, como Hironobu Sakaguchi e a compositora Yoko Shimomura. Os que tiveram a oportunidade de jogar Parasite Eve sempre imaginaram se um dia um remake do título poderia surgir. Talvez já esteja chegando a hora de algo na linha de survival horror, além de Resident Evil, receber um remake.

7 – Xenogears (PS)

Durante séculos, uma gigantesca guerra entre as nações de Aveh e Kislev assolou o continente de Ignas. As duas nações estavam a mercê de uma descoberta que poderia virar totalmente a maré do conflito: enormes e gigantescos veículos de combate, chamados de Gears. Grandiosas máquinas metálicas e superpoderosas, os Gears possuem capacidade de destruição suficiente para dizimar hordas de soldados e criar verdadeiros massacres.


Considerado uma das obras-primas dos JRPGs, Xenogears foi o pontapé inicial de uma mitologia que se seguiu nos jogos da série Xenosaga e alguns outros jogos da Monolith Soft que herdaram algo dele, como Xenoblade Chronicles, que receberá uma versão definitiva para o Switch em 29 de maio. Mas se tratando do primeiro, Xenogears tem motivos de sobra para receber atenção da Square Enix e ganhar uma releitura. O visual, os combates e até mesmo as cutscenes ficariam lindas numa nova versão do game.

6 – Valkyrie Profile 2: Silmeria (PS2)

O segundo título da franquia é na verdade uma história independente que se passa centenas de anos antes do primeiro jogo. Alicia é a princesa de Dipan e hospedeira mortal da alma da valquíria Silmeria, que traiu o deus Odin e lá permanece como prisioneira. Na trama, Alicia, guiada pela alma da guerreira, foge de sua execução e se envolve em uma trama que envolve traições e reviravoltas tendo as divindades asgardianas como principais envolvidos.


Lançado em 2006 para o PlayStation 2, VP2 possui uma direção de arte que sobrevive ao tempo e uma jogabilidade em plataforma com puzzles que também não deixa nada a desejar. O destaque fica mesmo para o sistema de batalha desafiante executado em um ambiente totalmente em 3D, como uma arena, possibilitando várias abordagens diferentes do jogador em cada batalha contra os inimigos e principalmente os chefes.


Um remake do game seria um excelente retorno para um estilo dentro dos RPGs que anda perdendo espaço para os que possuem foco maior em ação.

5 – Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars (SNES)

Aos que possuem um amor incondicional por Paper Mario, não quero parecer rude, mas esta colaboração da Square com a Nintendo ainda é um dos melhores RPGs que já criaram na história dos videogames. Lançado em 1996 para o Super Nintendo, Super Mario RPG foi a primeira vez em que Mario saiu de sua zona de conforto e protagonizou uma aventura totalmente diferente de tudo o que já foi apresentado no universo do herói até então.

O que começou como mais um resgate da Princesa Peach, rapidamente se tornou uma gigantesca aventura para salvar todo o Reino do Cogumelo e ainda apresentou novos e carismáticos personagens, como o fofo Mallow e o mago Geno. Com um sistema de combate contendo elementos clássicos dos jogos tradicionais do encanador, como os pulos e cascos, ainda contávamos com novas e divertidas maneiras de lutar contra os inimigos.
Mallow e Geno
E por falar em divertido, Super Mario RPG tinha algumas das mais engraçadas situações e personagens que jamais vimos em outro lugar, como Booster, Valentina e os Axem Rangers. Um revival dessa grande aventura totalmente refeita com seus sons, cores e luzes seria um verdadeiro presente não só para os fãs de Mario, mas para os jogadores de um modo geral.


Infelizmente, essa decisão necessitaria da colaboração da Nintendo, que é sempre muito restrita sobre trabalhar com terceiros usando suas propriedades intelectuais. Mas não custa nada sonhar e não poderíamos deixar de lembrar desta pérola.

4 – Final Fantasy Tactics: The War of the Lions (PSP)

Hora de começar a colocar outros Final Fantasy no páreo, e vamos começar com The War of the Lions. Lançado em 2007 para o PSP, o game é uma versão melhorada do Final Fantasy Tactics original, lançado em 1997 para o PlayStation. O game se passa no mundo de Ivalice, o mesmo em que os eventos de Final Fantasy XII – que já recebeu uma remasterização – ocorrem e é um RPG tático de turnos, como os jogos da série Fire Emblem, da Nintendo.

Um ponto que tornaria um remake desse game interessante é o gênero tático, que hoje é mais abordado em algumas franquias específicas, como XCOM. E vendo como Fire Emblem: Three Houses (Switch) evoluiu dentro do gênero, esta seria uma ótima oportunidade de mostrar que Final Fantasy também tem bons frutos dentro dos RPGs táticos. Além da direção de arte e musical, que estão entre as mais interessantes dentro da franquia.

3 – Vagrant Story (PS)

Já com 20 anos de idade, a história de Ashley Riot continua sendo um título inovador para sua época. Um jogo tão técnico quanto bonito, além de possuir uma personalidade única. Considerado por muitos como um dos grandes RPGs da época do primeiro PlayStation, Vagrant Story é um forte candidato a merecer ser refeito.

Com uma trama política intensa cheia de conspirações e reviravoltas, este é outro título dentro do vasto catálogo da Square Enix que se aproveitaria muito da tecnologia atual, desde o refino de seu sistema de batalha e, principalmente, no departamento artístico, um dos pontos mais característicos de um dos primeiros games do milênio.

2 – Final Fantasy VI (SNES)

Hora de colocar um grande na briga. O último título antes da era 3D da famosa franquia de RPGs é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores entradas da série, ocupando lugar de destaque nas listas de RPGs favoritos de todos os tempos de muitos jogadores.


Final Fantasy VI – numerado como III no ocidente – segue a história de Terra Branford, uma mulher capaz de interagir com seres mágicos chamados Espers, permitindo-a fazer uso de magia, algo que só é possível de forma artificial com o uso de tecnologia magitek. Sem memórias sobre quem é ou o que aconteceu com sua vida, é encontrada por um caçador de tesouros chamado Locke Cole, simpatizante de um grupo rebelde que está constantemente em luta contra o Império.


Assim como Final Fantasy VII, o mais cultuado título da franquia, Final Fantasy VI conta com um grande elenco de personagens, um vasto mundo rico em personalidade e mitologia, e um vilão icônico, Kefka Palazzo. Com todas essas semelhanças, a melhor coisa que poderíamos imaginar para uma nova versão deste clássico deveria ser, ao menos, algo que pudesse chegar aos pés do que vimos em Final Fantasy VII Remake (PS4).

1 – Chrono Trigger (SNES)

Encabeçando nossa lista de candidatos está o clássico intocável. Depois de ver o que a Square fez com Final Fantasy VII, temos que dar o braço a torcer e começar a rever nosso conceito de intocável. Com 25 anos de idade, chega a ser poético dizer que Chrono Trigger é um clássico atemporal. Mas uma nova abordagem de um título tão aclamado e ainda usado como referência em vários aspectos pode sim ser, ao menos, discutida.

O máximo de melhorias que Chrono Trigger já recebeu foi um relançamento no PlayStation com adição de cutscenes animadas e vários ports desta versão para diversos sistemas, o que inclui portáteis, smartphones e PC. Uma versão realmente remasterizada ou mesmo um remake nunca foi feita ou cogitada oficialmente pela Square Enix e chega a ser um tabu para a comunidade que é fã do jogo.


Chrono Trigger é, sem dúvidas, um clássico que desafia o tempo. E depois do que vimos acontecer com seu “primo” Final Fantasy VII e com outros títulos cult como Metroid, DuckTales e Resident Evil 2, sabemos hoje que, nas mãos certas, novas obras-primas podem surgir. Um remake de Chrono Trigger poderia ser o que realmente precisamos não só para resgatar o que um bom JRPG pode oferecer, mas também acrescentar à experiência positiva que os remakes proporcionam há tantos anos para os jogadores.


Que outro jogo da Square Enix você acha que merecia um remake? Deixe sua sugestão nos comentários e confronte seus amigos, questionando qual jogo da empresa eles gostariam de ver novamente, totalmente refeito!

Revisão: Thiago Monte

Fã de Castlevania, Tetris e jogos de tabuleiro. Entusiasta da era 16-bit e joga PlayStation 2 até hoje. Jogador casual de muitos e hardcore em poucos. Nas redes sociais é conhecido como @XelaoHerege
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