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Análise: Aí vem um furacão, tem corrida, avião e os caçadores de aventuras em DuckTales Remastered (PC)

Se você foi uma das felizes pessoas que logo reconheceram a canção no título desta análise, já deve saber o que esperar por aí. DuckTales ... (por Gabriel Toschi em 23/08/2013, via GameBlast)

Se você foi uma das felizes pessoas que logo reconheceram a canção no título desta análise, já deve saber o que esperar por aí. DuckTales (a.k.a. desenho do Tio Patinhas) foi uma das animações mais queridas nos anos 80, contando a história do pato mais rico do mundo e seus amigos caçadores de aventuras em busca de tesouros pelo mundo. E o jogo homônimo lançado para o NES se tornou um dos clássicos do console e faz sucesso até hoje.

Foi então que a Capcom decidiu lançar um trailer em 2013, quase 30 anos depois do lançamento do desenho nos EUA. Tudo começava como se fosse um grande lançamento, uma aventura épica, algo realmente muito interessante… Até que o tema de DuckTales começasse a tocar e o que podíamos esperar disso? Uma versão totalmente remasterizada do jogo para o console da Nintendo, lançado neste mês para Xbox 360, PlayStation 3, Wii U e PC, cuja versão analisaremos agora.

Tudo como era antes, só que melhor

Antes de tudo, DuckTales Remastered é um remake. Ou seja, em tese, a sua única obrigação era trazer o mesmo jogo do NES com os gráficos em HD e uma trilha sonora mais moderna. Felizmente, a WayForward é tão fã dos caçadores de aventuras quanto nós e fez um trabalho exímio na produção do jogo. Está tudo lá, como você conhecia e como também nunca imaginou.

Logo ao abrir o menu principal, você já começa a ouvir sua música. Parece que ela passou por Pokémon antes de entrar no jogo e deu aquela evoluída básica. Na realidade, todas as canções do jogo ainda trazem a mesma melodia, ainda com sons em chiptune, mas com outros instrumentos, trazendo uma beleza especial às músicas.

Outra coisa que foi realmente bem pensada foram os gráficos. A maior parte dos cenários foram criadas em um 3D cartunesco muito bem feito, porém, todos os personagens foram desenhados à mão. Sim, transformaram gráficos de NES em belíssimas animações feitas manualmente. Ver Tio Patinhas correndo pelos cenários é realmente lindo. DuckTales Remastered é realmente lindo.


Lembra que o NES só tinha dois botões e um direcional? Você não vai precisar muito mais que isso para jogar a nova versão. Um botão pula, o outro faz com que ele use sua bengala, a combinação dos dois cria o famoso “pogo jump”. Uma jogabilidade simples que afronta as complicadas formas de se jogar dos jogos next-gen.

A moedinha de ouro que colocaram no pacote

Como eu disse, Remastered era pra ser só um remake. Era. Muitas coisas foram adicionadas à esta versão, formando um pacote completo para os fãs do desenho ou de um bom jogo de plataforma. Primeiramente, uma fase tutorial, que se passa na famosa Caixa-Forte do Tio Patinhas, uma ótima forma de se acostumar aos controles.


Encaixada nesta fase, uma história para juntar as demais fases em vez do simples “saia pelo mundo caçando tesouros”. Parece que os Irmãos Metralha estavam atrás de um mapa do tesouro, escondido em um dos quadros da Caixa-Forte. Tio Patinhas consegue resgatar o mapa e, ao colocá-lo em seu supercomputador, consegue a localização dos cinco tesouros escondidos na Amazônia, na Transilvânia, nas Minas Africanas, no Himalaia e na famosa Lua. Toda a história é contada com diálogos em cutscenes bem engraçadas e totalmente traduzidas para o português (assim como os menus do jogo). Tiveram até o cuidado de usar os nomes originais dos personagens que eram usados no desenho. Capricho: a gente vê por aqui.


Em Remastered, cada uma das fases é dividida em duas partes, sendo necessário coletar um número de itens durante a primeira parte para conseguir avançar à segunda, onde se encontra o caminho para o chefe e o tesouro tão cobiçado. Isto aumenta a longevidade do jogo, já que não se pode apenas sair andando por aí e o quesito “exploração”, tão presente no desenho, ganha níveis astronômicos durante a nova versão.

Com o dinheiro conseguido durante as fases, você ainda pode comprar artes conceituais, fotos dos personagens e outros conteúdos na galeria do jogo, encontrada em um dos pontos da sala principal da Caixa-Forte. E se a nostalgia não tiver sido grande demais (ainda), você pode mergulhar na piscina de dinheiro do Tio Patinhas. Um desejo realizado?

“Por isso a garotada só quer DuckTales!”

Só para não falar que DuckTales Remastered é um jogo perfeito, só é possível ter um único save de cada vez, o que impossibilita que duas pessoas consigam prosseguir com duas aventuras distintas. Além disso, as cutscenes só podem ser puladas ao abrir o menu e selecionar a opção para tal. Por mais que este processo dure apenas alguns segundos, isto começa a irritar depois que você morre muitas vezes e precisa começar a fase toda de novo.


Ah, eu realmente não falei que a dificuldade continua a mesma do NES. Ela foi balanceada um pouco e permite a escolha de um modo Fácil (onde você não perde vidas), mas ainda dispõe de modos mais difíceis que o jogo original. Isto não é um ponto negativo, mas o jogo realmente pode ser difícil se você está acostumado a jogos mais atuais.

Depois de tudo isso, só uma única recomendação vale por toda a análise: não perca tempo e vá se divertir com DuckTales Remastered! Um jogo ótimo para se jogar, para se ver, para se ouvir e para relembrar toda a sua infância com os patos mais famosos do mundo.

Prós


  • Gráficos lindos desenhados à mão;
  • Trilha sonora que ainda traz nostalgia e modernidade;
  • A mesma jogabilidade do NES que tanto amamos;
  • Uma divertida história para juntar as fases;
  • Você pode mergulhar no cofre do Tio Patinhas.

Contras


  • Só pode ter um save de cada vez.

DuckTales Remastered - PC - Nota: 10,0

Revisão: Bruno Nominato

sempre com projetos criativos, estranhos ou os dois ao mesmo tempo. desenvolvedor de software, game designer e escritor sobre as coisas que eu gosto.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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