Meus jogos favoritos de 2019 — Pedro de Souza

Os redatores do GameBlast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.



Fim de ano, fim de década! E cá estou novamente, jogando muitos games, mas dessa vez, com a oportunidade de compartilhar com vocês minha lista pessoal de melhores jogos do ano. Eu não coloquei nada aqui em ordem nenhuma, e talvez eu não tenha me lembrado de um ou outro, mas com certeza os que mais marcaram vão estar aqui. Agora que os esclarecimentos foram dados, vamos ao que interessa: a lista!

Tales of Vesperia Definitive Edition

Eu joguei isso aqui no lançamento, lá em 2008. Depois de me desfazer do meu Xbox 360 e de se passar alguns anos, foi que caiu a ficha de que eu tinha jogado um dos melhores jrpgs de toda a minha vida e, de longe, meu Tales of favorito. Agora sem um 360, tudo que eu podia fazer era ficar triste vendo videos da versão de PS3, uma versão com muito conteúdo adicional que só saiu no japão. Mas com a versão definitiva, que saiu início desse ano, eu agora tinha todo o jogo (incluindo o conteúdo adicional) novamente em minhas mãos, e pude finalmente rejogar essa belezinha! um bom começo de ano.


Ace combat 7

Ok, o plot não é lá um Ace Combat 5, mas caramba! Como eu sentia falta da imersão que essa série faz quando te coloca na pele de um piloto de caça prestes a realizar façanhas incríveis para salvar um mundo em guerra. E aqui tem o pacote completo, com plot complexo de tramas políticas, envolvendo tecnologia e guerra; batalha entre rivais; e a famosa “missão do túnel”, que é a mais difícil da série até então. Triste que o modo de realidade virtual é apenas para algumas missões selecionadas, mas é um começo. No geral, o jogo é ótimo e vale pra quem curte o gênero.


Resident Evil 2

Esse remake consagra o que talvez venha a ser considerado o formato padrão para jogos de survival horror aos moldes clássicos daqui pra frente. É super interessante você ver como falhas antigas de jogabilidade, que acabavam por servir o propósito de criar desafio e tensão no jogador, foram substituídas por mecânicas e ideias que refletem com bem mais qualidade esses princípios: O efeito surpresa da câmera fixa foi substituído por falta de iluminação e ambientes claustrofóbicos; O controle restrito que dificultava sua vida, foi substituído por inimigos super resilientes e em grandes números. Um ótimo trabalho feito pela equipe da capcom e um jogo maravilhoso de jogar.


Kingdom Hearts 3

Uma pérola incompleta. Kingdom Hearts 3 dá indícios de que é um jogo incompleto no momento em que a história começa a avançar. Você viaja por mundos e vê suas histórias, mas a história que o jogo realmente quer contar demora demais pra acontecer, deixando a aventura com uma sensação esquisita de vazio. Mecanicamente o jogo tem algumas restrições que eu não gosto, mas no geral é extremamente divertido, com várias armas e magias diferentes, ataque especiais que parecem um show de luzes da Disney e um dinamismo que você só encontra em jogos da série. Não é perfeito, com certeza o fim dessa trilogia merecia algo melhor, mas não deixa de ser um bom jogo.


Sekiro: Shadows Die Twice

O título de “melhor sistema de batalha de todos os jogos” tem um peso muito grande, e é um título merecido que Sekiro leva aos olhos de muita gente. Ao ver os indicados a jogo do ano no Game Awards, imediatamente me voltei a Death Stranding e Smash, mas ao ouvir um pouco sobre Sekiro e começar um novo jogo, percebi que estava me equivocando ao não me atentar a ele. Sekiro marca por fazer muitas coisas certas dentre poucos e pequenos vacilos. A história do jogo é boa, o mundo é extremamente bem construído, a exploração é muito divertida e o combate? O combate faz você se sentir um verdadeiro mestre espadachim, desde o momento em que você está aprendendo o jogo, até você dominar completamente sua lâmina, e os inimigos diante dela. Quero uma sequência.


Team Sonic Racing

Uma mecânica de equipes que separa os corredores em quatro equipes de três integrantes é uma ideia muito maluca para colocar em jogo de corrida, mas são das ideias malucas que saem as coisas boas e como essa coisa é boa! Ao jogar Team Sonic Racing com dois amigos, tive um dos melhores momentos em jogos de kart na minha vida. Combinar táticas durante a corrida é muito divertido e o coop permite que até seu amigo menos habilidoso participe e se divirta na jogatina. Muito bom, quero mais.


Remnant: From The Ashes

Remnant experimenta com dois conceitos relativamente novos: Soulslike 100% em coop; e soulslike com arma de fogo. E ambas as coisas são boas, fazendo com que o jogo seja realmente único e divertido, principalmente com um amigo. Os mundos sofrem um pouco no level design pelo fato de ser tudo semi aleatório e procedural, mas no final ainda é divertido de se explorar. O combate funciona super bem, e é exemplar até se você observar outros jogos que tentam se inspirar em Dark Souls. Porém, dá pra dizer que o jogo peca um pouco nos chefes, que apesar de divertidos de se enfrentar (principalmente em coop) são pouco criativos, apresentando lutas em arenas sem graça na maioria das vezes.


Blasphemous

Esse jogo aqui eu gosto. Eu amo metroidvania, e apesar dele não ser necessariamente um metroidvania, ele escapa do gênero indo justamente pro lado que eu mais gosto: Ele elimina todas as barreiras de progressão por habilidades que um metroidvania tem, e te entrega um mapa enorme para você explorar como você quiser desde o início, encontrando chefes variados, passando por desafios de plataforma e sofrendo nas mãos dos desenvolvedores que se inspiraram na “mitologia” cristã não só na estética, mas também na penitência. Um jogo feito para que você pague seus pecados.


Indivisible

Apesar de ter sérios problemas com sua dificuldade (ou com a falta dela), Indivisible me cativou com sua temática e estética bem executada, segmentos de plataforma diferenciados e divertidos, e seu plot que apesar de básico, entrega o que se propõe. Além disso, com atualizações prometidas para arrumar a dificuldade e adicionar os personagens de crossover (como Shantae e Shovel Knight), é garantido que em algum momento eu vou pegar esse jogo de novo para jogar.


Death Stranding

Esse jogo aqui foi um hype crescente desde o anúncio até a galera na internet começar a desacreditar nele. Eu mantive minha fé o máximo de tempo possível, mas no finalzinho da espera eu assumo que dei aquela vacilada, erro meu e de todo mundo que duvidou do Kojima e da sua equipe. Death Stranding se resume a ser o único e verdadeiro walking simulator que atualmente existe nos games, isso porque aqui, as mecânicas complexas são realmente sobre andar por aí, catar cavaco e rolar montanha abaixo. Uma obra prima, mal posso esperar pra ver o que a Kojima Productions vai lançar depois.


Agora o que nos resta é esperar o ano que vem, pra jogar mais e continuar sendo feliz! Obrigado a todos que leram e até a próxima!

Revisão: Mariana Mussi S. Infanti 


Absoluto fã de Sonic, entendedor de games, mas jogador casual. Futuro game designer (se tudo der certo). Videogames para TODOS! Apoie a diversidade no nosso meio!
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