Impressões: LEGO Voyagers quer fazer duplas de jogadores se sentirem como pecinhas de montar

Novo título do Light Brick Studio promete uma experiência agradável em co-op.

em 21/08/2025

Nos últimos anos, a imagem dos jogos associados à gigante dos brinquedos LEGO tem passado por grandes mudanças. Anteriormente conhecida mais pelos títulos de ação-aventura associados a franquias do cinema (como Indiana Jones e Star Wars, entre outros), a marca decidiu, no final dos anos 2010, investir em uma linha com um tom mais artístico, cuja atmosfera tranquila e histórias mudas remetem aos sucessos indie GRIS e Monument Valley.

LEGO Voyagers, com data de lançamento planejada para 15 de setembro, é o próximo passo dessa abordagem. Desenvolvido pelo Light Brick Studio, time próprio da empresa que estreou com LEGO Builder’s Journey, e publicado pela consagrada casa de indies Annapurna Interactive, a ideia é que você e um(a) amigo(a) controlem duas simpáticas pecinhas de plástico por puzzles e fases de plataforma, em plena interação com o ambiente ao redor.

O GameBlast teve a oportunidade de jogar uma demo curta exclusiva para a imprensa, retratando os primeiros 30 minutos de gameplay. O software que utilizamos pode não representar a versão final. 

Essa peça vai aqui…

O enredo simples gira em torno de dois amigos, um azul e um vermelho, que são vizinhos em uma ilha quase deserta. Um dia, um foguete cai perto de onde vivem, e a dupla decide que irá resgatá-lo. A jornada até o epicentro da queda é repleta de problemas a serem solucionados pelo trabalho em equipe, brincando com o conceito de ser uma peça de LEGO (em vez dos minifigs já existentes). 

As únicas palavras a serem encontradas no jogo, contudo, estão nos menus (que estavam obrigatoriamente em inglês na demo de imprensa, mas que terão tradução para português do Brasil até o lançamento). Isso faz com que qualquer comunicação verbal esteja restrita a possíveis conversas entre os dois jogadores, seja em pessoa, em uma chamada de voz, ou por texto. A trilha sonora ambiente e o design de som minimalista dão bastante espaço para tanto. 

Se nenhum desses meios para conversar estiver disponível a vocês, por outro lado, existe uma única forma de chamar a atenção de sua dupla dentro do jogo: aperte um botão para cantar uma curta melodia. A ação ganha contextos diferentes ao longo da jornada — “vem aqui ver isto!”, “aqui tem um bloco que podemos usar!”, “achei o caminho que temos de pegar!” etc. É simpático e combina com o tom geral.

Os quebra-cabeças da primeira meia hora se dividem em alguns tipos: montar estruturas simples, como pontes, usando blocos soltos do cenário; operar estruturas do ambiente ao se conectar a peças amarelas; realizar pequenos trajetos em plataformas de perspectiva fixa; e utilizar a curiosa física de ser um “Leguinho” para se movimentar por aí, às vezes por meios nada ortodoxos, mas com caos controlado. 

A dificuldade é amigável a iniciantes; contudo, caso você e seu(sua) parceiro(a) não tenham o mesmo nível de proficiência em jogos de plataforma, um pouco de paciência pode ser necessário. As fases encontradas na demo não demandam pegar impulso entre pulos, mas estes requerem apertar dois botões alternadamente. Para quem não está acostumado com o gênero (como quem vos escreve), pode ser um pouco mais complicado, mas não a ponto de frustrar a experiência.

Vamos brincar? 


LEGO Voyagers surfa na recente onda de títulos co-op com gentileza. Karsten Lund, do Light Brick Studio, disse durante a apresentação da demo que o time tentou “representar conexões humanas que permanecem mesmo após as pessoas se distanciarem” — duas pecinhas de LEGO, conectadas em um mesmo espaço-tempo. O começo dessa aventura pinta bem os contornos dessa ideia; agora é ver se o produto final segue fazendo jus a isso.

O título estará disponível para PC (via Steam e Epic Games Store), PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S e Nintendo Switch, além de contar com suporte para co-op local e online. A compra de uma cópia do jogo garantirá uma segunda gratuita, o “Passe de Amigo”, que pode ser enviado a outra pessoa para que possam jogar juntos. Até o fechamento desta matéria, não há confirmação a respeito de crossplay. 

Revisão: Ives Boitano
Texto de impressões produzido com chave de acesso cedida pela Annapurna Interactive

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Hiero de Lima
Jornalista formada pela PUC-SP e eterna apaixonada por videogames, especialmente aqueles japoneses de mistério. Sempre tem alguma redação gigante para escrever depois que zera um Yakuza.
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