Blast Test

Impressões: The Dark Pictures Anthology: House of Ashes (Multi) traz lendas sumérias e demônios em um jogo de terror promissor

Testamos um pouquinho do próximo jogo de terror da Supermassive Games e da Bandai Namco.

Desenvolvido pela Supermassive Games (Until Dawn), The Dark Pictures Anthology: House of Ashes é o próximo título da franquia a ser publicado pela Bandai Namco. Tivemos a oportunidade de jogar uma versão demo antecipada de seu conteúdo no PC e trazemos aqui as nossas impressões.

Vale destacar que a série The Dark Pictures Anthology foi iniciada em 2019 com Man of Medan e seu segundo título, Little Hope, foi lançado em 2020. O conceito da antologia é apresentar jogos narrativos independentes entre si, não sendo necessário jogar os outros para aproveitar melhor a experiência. Curiosamente, esse foco em enredo não restringe as obras a experiências individuais, existindo também modos multiplayer local e online.

Lendas sumérias em meio a uma guerra

House of Ashes se passa em ruínas subterrâneas da civilização suméria. Após ser atacado, um grupo de soldados norte-americanos acaba caindo nesse lugar sem ter nenhuma forma de comunicação com o exterior e cabe ao jogador guiar os personagens para que eles possam encontrar seus companheiros e uma forma de sair em segurança.

A demonstração alterna entre as perspectivas de três grupos. Conforme os soldados exploram as cavernas, é possível encontrar itens que retratam uma história antiga do local, assim como o contato que outras pessoas tiveram com os horrores que lá habitam. Mais do que um simples túnel decrépito, o lugar parece estar relacionado a lendas sumérias.

Apesar de se tratar de resquícios de uma antiga civilização, o local ainda tem rastros de vida. O problema é que, ao invés de humanos, os personagens entram em contato com criaturas horrendas de aparência demoníaca que os perseguem. Confesso que fiquei curioso para saber qual explicação o jogo oferecerá para a existência desses monstros e entender mais detalhes da trama.

Sobrevivência e o impacto das escolhas

Em termos de gameplay, a demonstração segue o mesmo modelo dos jogos anteriores. Durante os diálogos, o jogador tem opções de resposta para oferecer às outras pessoas e, dependendo de suas escolhas, os personagens poderão melhorar ou piorar suas relações uns com os outros, assim como alterar as características de sua personalidade que se sobressaem.

Há também trechos de quick-time event (QTE), ou seja, momentos em que tomar determinadas ações requer apertar rapidamente os botões corretos. Antes que esses trechos ocorram, há um rápido alerta na tela para que o jogador fique atento. Esses sinais não são novidade de House of Ashes, já tendo aparecido em Little Hope, mas são um elemento importante de gameplay tendo em vista que o timing para as ações pode ser bem curto.

Tanto as escolhas quanto os QTE impactam no desenrolar da trama. Joguei a demonstração duas vezes testando as possibilidades e observei a morte de pessoas diferentes de acordo com as minhas escolhas. Não consegui manter todos os personagens vivos em ambas as tentativas e me pareceu que pode ser mais difícil de fazer isso em House of Ashes do que nos seus antecessores.

Uma coisa que me chamou a atenção em particular é a subversão do que normalmente se associa com os sistemas dos jogos. Na demonstração, existem momentos em que simplesmente seguir um quick-time event mostrado na tela pode implicar em um resultado ruim. Ou seja, é realmente importante pensar antes de agir e avaliar se tomar aquela ação pode implicar em alguma consequência indesejada.

Da mesma forma, fiquei intrigado para testar como os relacionamentos entre os  personagens impactam os eventos da história. Mais especificamente, será que fazer escolhas que coloquem os soldados em uma relação ruim pode ajudar a subverter os seus destinos da próxima vez? Isso me deixou bastante curioso para o jogo final.

Mais um título envolvente de terror vem aí

A demonstração foi curta, tendo por volta de uma hora do jogo, porém, me deixou bastante instigado para saber mais e ter acesso à obra completa. Com sua inspiração na mitologia suméria e um sistema de escolhas e ações que pelo visto irá punir jogadores puramente reativos, o título promete ser, no mínimo, tão interessante quanto seus antecessores.

The Dark Pictures Anthology: House of Ashes será lançado para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X|S no dia 22 de outubro. Dada sua data de lançamento, poderá ser uma bela pedida para quem quiser uma obra de terror inédita para o Halloween.

Revisão: Juliana Paiva Zapparoli
Texto de impressões produzido com demonstração cedida pela Bandai Namco


é formado em Comunicação Social pela UFMG e costumava trabalhar numa equipe de desenvolvimento de jogos. Obcecado por jogos japoneses, é raro que ele não tenha em mãos um videogame portátil, sua principal paixão desde a infância.
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