Top 10

Dez grandes jogos de 10 anos atrás

Vamos relembrar alguns grandes jogos que foram lançados em 2007 e que estão comemorando uma década de existência.

Mesmo ainda estando em janeiro, os grandes lançamentos de 2017 começam a despontar, além de tantos outros títulos que devem ser lançados ao longo do ano. As expectativas de encontrarmos novos jogos que nos divirtam e surpreendam sempre são altas. Aproveitando isso, que tal voltarmos um pouco no tempo e lembrarmos de grandes jogos que foram lançados há exatos 10 anos?




Claro que todos os anos são produzidos diversos títulos que marcaram época, mas, ao analisar os principais lançamentos de 2007, não tem como não notar que vários jogos desse ano mudaram consideravelmente a indústria e são influencia até os dias de hoje. Vamos, então a seguir, revisitar alguns desses magníficos jogos que completam uma década de vida em 2017.

10) Assassin’s Creed

Com os olhos de hoje, o primeiro jogo da série Assassin’s Creed tem vários defeitos, que foram corrigidos em suas continuações. Mas, na época, a então nova série da Ubisoft (que nasceu como um projeto de um novo Prince of Persia) foi um grande sucesso que, em parte, deve ser creditado à ótima adaptação temporal feita no jogo, retratando cidades do Oriente Médio na época das Cruzadas, período historicamente muito rico. Adicionando o confronto entre Templários e Assassinos e misturando fatos reais com ficção, não foi difícil conquistar a atenção do público.
Apesar de acabar sendo repetitivo, o primeiro AC deu as bases para os próximos passos da série

09) Rock Band

Houve um tempo onde jogos musicais eram os queridinhos da indústria. A Harmonix, responsável pela criação dos dois primeiros jogos da série Guitar Hero, foi comprada pela MTV Games e passou a trabalhar com a EA. Com a missão de trazer algo novo para o estilo, nasceu Rock Band. Dessa vez, o jogador não seria somente o guitarrista/baixista, mas poderia ter sua própria banda completa na busca pelo estrelato. Com suporte para até quatro jogadores ao mesmo tempo, a adição de microfone e da bateria trouxe um novo respiro para o gênero. Infelizmente, a quantidade de títulos do gênero acabou por esgotar o mercado de games musicais, mas isso não significa que juntar os amigos para uma banda de uma tarde ainda não seja divertido.
Pode colocar Iron Maiden ai!

08) God of War 2

Você vai notar que que todos os jogos dessa lista, não sendo exclusivos de PC, foram para consoles da sétima geração (Wii, PS3, X360). Mas, em 2007, o nosso amado PlayStation 2, mesmo estando no final do seu ciclo, ainda tinha forças para nos surpreender com God of War 2. Após ter se tornado o próprio Deus da Guerra, Kratos ainda não está em paz consigo mesmo e acaba arrumando confusão com todo o resto do Monte Olimpo. Mecanicamente, GoW 2 não inova muito, apenas adicionando mais conteúdo ao que já havia no primeiro jogo, o que não é necessariamente um defeito. Essa nova aventura de Kratos foi um dos melhores jogos de ação daquele ano, como tudo o que se esperava para a continuação da jornada do Deus da Guerra.


07) World of Warcraft: The Burning Crusade

Lançado em 2004, World of Warcraft foi e ainda é um dos MMOs mais influentes já lançados. E foi no começo de 2007, com a primeira expansão do jogo, The Burning Crusade, que a estrada para o topo tinha suas bases pavimentadas. Essa expansão retomava eventos que haviam acontecido no amado Warcraft 3: Reing of Chaos, levando-nos de volta a Outland, o que restou da finada Draenor, e trazendo icônicos inimigos de volta à batalha, como Lady Vash, Kael’thas Sunstrider e Illidan Stormrage. O sucesso da franquia crescia a passos largos.

Aqui cabe uma curiosidade: Após a derrota de Illidan, na raide Dark Temple, inesperadamente, um novo patch foi adicionado, trazendo Kael’thas novamente como adversário e Kill’jaden como inimigo a ser abatido em uma raide extra. Essa foi a primeira e única vez que a Blizzard adicionou conteúdo extra da história em uma expansão após a queda do grande vilão da expansão.

Sim Illidan, nós estávamos preparados!

06) Uncharted: Drake’s Fortune

Você se lembra quando dizer que um jogo “parecia um filme” era um dos melhores elogios que o título poderia receber? Isso era bem comum nos últimos anos de PS2, começo da sétima geração. E com certeza o jogo onde essa definição melhor se encaixou na época foi em Uncharted: Drake’s Fortune.

A primeira jornada de Nathan Drake remete muito aos grandes filmes de aventura dos anos 80/90. A comparação com Indiana Jones é evidente: um protagonista carismático, meio canastrão, meio bonzinho; mistérios do mundo antigo; uma busca por tesouro. Até os nazistas estão lá!

Mas Drake’s Fortune é mais do que isso. Graficamente, o jogo é lindo, e muito colorido, destoando da tendência do momento, que eram jogos mais escuros, com paletas de cores mais sombrias. As mecânicas de tiro são muito boas, com um bom uso do sistema de “cover”. O único ponto baixo é o uso do Sixaxis, mas ainda bem que isso ficou para trás.


05) Mass Effect

Mass Effect é considerado por muitos como um “Star Wars do século XXI”. E falo isso no sentido de ser uma obra que nos apresenta um universo (literalmente) tão rico e diversificado, com inúmeros planetas, raças e facções. Não só isso, mas a interação com outros personagens e as inúmeras ramificações que podem surgir por conta disso deixaram muitos maravilhados com a aventura do Comandante Sheppard. Mecanicamente, o primeiro ME não é ruim, mas ganharia melhoras significativas nos episódios seguintes. Ainda assim, foi aqui que as bases dessa epopéia espacial foram criadas, e nas quais provavelmente voltaremos com o vindouro Mass Effect: Andromeda.

O primeiro capítulo de uma épica trilogia

04) Call of Duty 4: Modern Warfare

Infelizmente, hoje a franquia Call of Duty é conhecida por não trazer novidades substanciais aos seus títulos. Mas nem sempre foi assim. Pelo contrário, já houve a época onde o FPS da Activision foi o grande responsável pela inovação do gênero.

Durante muito tempo na história do videogame, a maior parte dos jogos de tiro era ou baseado na Segunda Guerra Mundial, ou de algum futuro distante com tecnologia ultra-avançada. Modern Warfare fez algo inusitado para a época: trouxe a guerra para o presente, usando o nosso mundo contemporâneo como pano de fundo. Claro que esse fato, por si só não seria o suficiente, mas a Infinite Ward soube aproveitar bem esse contexto, produzindo um dos melhores jogos de tiro da sétima geração, tanto na campanha e sua ação ininterrupta e passagens marcantes, como no multiplayer que seria referência daquele ponto em diante dentro da indústria.


03) Super Mario Galaxy

O Wii foi lançado em 2006, mas só um ano depois, no final de 2007 recebeu seu primeiro título da série principal do bigodudo italiano. Apesar desse intervalo consideravelmente grande, a espera valeu muito a pena. Super Mario Galaxy estreou já como um dos melhores jogos da série, mantendo a essência dos antecessores e trazendo um ótimo trabalho de jogabilidade, com as mecânicas de gravidade e o “andar sobre planetas”, até mesmo por conta da utilização do controle do Wii.

É interessante notar que muitas das ideias que entraram em Galaxy já haviam sido desenhadas pela Nintendo muito tempo antes, antes mesmo em Super Mario Sunshine. Vários produtores do jogo já afirmaram que conceitos vistos aqui já haviam sido elaborados em protótipos do que deveria ser o sucessor de Super Mario 64. A tecnologia da época não permitia a execução de tais ideias, o que os obrigou a engavetar tudo até que houvesse hardware apropriado para colocar tudo em prática.


02) The Orange Box

Aqui vou dar uma leve “roubada” na lista. Isso porque falarei de três jogos em um único tópico. Para aqueles que não se lembram, a Orange Box foi uma coletânea lançada pela Valve que trouxe dois jogos já lançados na época: Half-Life 2 e Half-Life 2: Episódio 1 e mais três lançamentos:
  • Half-Life 2: Episódio 2 - Sim meu amigo, já fazem 10 anos desde que o mundo teve seu último contato com o universo de Half-Life. Dando prosseguimento aos eventos dos lançamentos anteriores, esta seria a segunda parte de uma trilogia que, como devem saber, não tem qualquer indício de que irá acabar.
  • Team Fortress 2 - Pergunte a qualquer um que tenha jogado TF2 para falar de suas experiências como o jogo e provavelmente você ouvirá diversas boas histórias. Com um visual cartunesco em um jogo de tiro multiplayer, classes bem distintas e uma jogabilidade muito divertida, Team Fortress 2 é até hoje um dos jogos mais divertidos para se jogar on-line
  • Portal - Sem muito alarde, a Valve decidiu colocar esse desconhecido jogo junto ao pacote. Embora fosse um jogo em primeira pessoa, não havia tiros, apenas portais, puzzles muito interessantes e uma das melhores vilãs do mundo dos jogos. O sucesso foi crescendo aos poucos e, após um tempo, tornou-se um dos títulos mais celebrados da história. Só não tinha bolo.
Uma imagem, três jogos, inúmeros sentimentos

01) Bioshock

Um “mito” comum naquela época era que jogos de tiro não tinham histórias complexas com uma narrativa chamativa. Óbvio, havia exceções, mas elas eram exatamente isso, exceções. Até que Ken Levine, criador do jogo, levou-nos ao mundo Bioshock, e nada mais foi o mesmo. Apresentando-nos ao fantástico e caótico mundo de Rapture, conhecemos uma sociedade utópica caída em sua própria desgraça. O que inicialmente aparenta ser somente uma aventura em busca de uma saída daquele lugar, logo se mostra uma complexa trama que nos faz pensar até que ponto nos deixamos manipular por vontades alheias à nossa. E também nos faz pensar como uma sociedade perfeita e igualitária é somente um sonho distante da nossa realidade.



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Agora fica a deixa para você, amigo leitor, quais outros jogos entram nessa lista na sua opinião? Compartilhe com a gente nos comentários.

Revisão: Jaime Ninice

Formado em Game Design, desistente da Matemática Aplicada e atualmente cursando Jornalismo. Ainda aguardo o retorno triufal da Sega, fã de Metal Gear, Dark Souls e várias coisas vindas lá do Japão.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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