Activision derrota ex-ditador panamenho em batalha nos tribunais

Ex-governante havia processado o estúdio com a alegação de uso indevido de sua imagem em Call of Duty: Black Ops 2



Ditador de um país da América Central declara guerra contra empresa dos Estados Unidos. Esse poderia até ser o enredo de algum game, mas na verdade é uma história real que começou quando Manuel Noriega, ex-ditador do Panamá, resolveu travar batalha judicial contra o estúdio Activision. O antigo governante alegou que sua imagem foi usada sem autorização em Call of Duty: Black Ops 2 e, por isso, processou os criadores do jogo.


Os advogados de Noriega levaram o caso para os tribunais dos EUA, afirmando no processo que o game se referia ao ex-ditador como "um raptor, assassino e inimigo do estado", além de usar a imagem dele em duas missões do jogo sem as devidas autorizações.

Porém, as coisas não deram muito certo para o panamenho, pois o Supremo Tribunal de Los Angeles julgou o caso e definiu que "Noriega falha em apresentar qualquer evidência de prejuízo à sua imagem". Os juízes também proclamaram que "dados os relatos de suas ações na década de 1980 e início da década de 1990, é difícil imaginar que tais evidências existam".

O tribunal decidiu também que como a presença de Noriega no game é limitada, somente em duas fases e com 30 linhas de diálogo, a Activision está protegida pela Primeira Emenda, que permite a liberdade de expressão.

O estúdio comemorou o resultado do julgamento e comentou que desde o início era um processo absurdo. A Activision considerou que sua vitória deve ser compartilhada com toda a indústria do entretenimento, em favor do direito à liberdade de expressão.

Fonte: Eurogamer

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.


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