Resident Evil Requiem: tudo que sabemos

A franquia está voltando para Raccoon City, mas ainda em volta de muitos mistérios.

em 09/11/2025

A nona entrada da franquia Resident Evil está prestes a revisitar um dos lugares mais icônicos e temidos do terror nos videogames: Raccoon City. Envolto em segredos, Resident Evil Requiem marca o retorno às origens da saga, prometendo uma experiência que mistura nostalgia e inovação. 

Nos próximos tópicos, vamos mergulhar na história que envolve a nova protagonista, nas mudanças de jogabilidade que prometem redefinir o terror moderno e nas teorias que já estão fervendo entre os fãs.

Requiem

Ainda há muito mistério em torno da história de Resident Evil Requiem, porém alguns detalhes já foram revelados. Grace Ashcroft, a nova protagonista, é uma agente da inteligência do FBI encarregada de investigar uma morte misteriosa, provavelmente relacionada a uma doença, no Hotel Wrenwood, um local marcado por um trauma pessoal: foi lá que ela presenciou a morte da própria mãe. Esse mesmo caso promete expor verdades ocultas sobre o surto em Raccoon City, o desastre biológico que abalou o mundo.

Além de Grace, sua mãe, Alyssa Ashcroft, uma velha conhecida da franquia, também desempenhará um papel fundamental: sendo uma jornalista que testemunhou e sobreviveu à queda de Raccoon City, Alyssa está determinada a revelar os segredos da Umbrella. O trailer que mostra o passado das duas, oito anos antes dos eventos principais, é tenso e enigmático: mãe e filha fogem de um perseguidor no hotel, até que a cena é abruptamente cortada. Mesmo sem muitas respostas, fica claro que Alyssa é uma das chaves para os mistérios centrais do jogo.


A demo, amplamente destacada pela Capcom nos principais eventos de games, traz o início da jornada. Grace é sequestrada por uma entidade ou organização desconhecida, e os jogadores assumem o controle enquanto ela desperta presa de cabeça para baixo em uma cama. Após se libertar, ela precisa escapar de um ser monstruoso que a persegue por corredores estreitos e sufocantes, um vislumbre da experiência de horror intenso que o jogo promete entregar, pelo menos em seus primeiros momentos.

Segundo o diretor Koshi Nakanishi, Requiem não segue diretamente os eventos de Resident Evil Village. Em entrevista, ele afirmou que, embora seja “uma autêntica experiência Resident Evil”, o foco estará em uma nova história e em um novo elenco de personagens, sem descartar, no entanto, a possibilidade de que veteranos como Chris Redfield ou Jill Valentine estejam atuando em outras frentes. O objetivo, segundo Nakanishi, é retornar às origens do terror que definiram a série.


Terror e sobrevivência

Em Resident Evil Requiem, retornaremos a alguns dos locais mais icônicos de Raccoon City, agora cerca de 30 anos após o desastre. Segundo o diretor Koshi Nakanishi, a equipe tomou “liberdades criativas” ao reconstruir as ruínas da cidade, sem se prender às consequências reais que uma explosão nuclear causaria. Isso permitiu que certos pontos familiares, como a delegacia de polícia, vista rapidamente no primeiro trailer, permanecessem parcialmente intactos, um toque de nostalgia cuidadosamente preservado para os fãs de longa data.

A jogabilidade apresentada até agora se concentra em Grace Ashcroft, uma protagonista mais vulnerável que os heróis tradicionais da franquia. Na demo, essa fragilidade é evidente: Grace não tem experiência de combate e reage com pavor diante das criaturas, sendo forçada a fugir em vez de lutar. No entanto, conforme a história avança, ela se torna mais resiliente, superando seus medos e aprendendo a se defender com armas leves, como pistolas, vistas em imagens promocionais, mas ainda não em vídeos de gameplay.


A estrutura do jogo segue o estilo clássico de terror e sobrevivência, com forte inspiração em Resident Evil 2 e Resident Evil 7. Será necessário explorar ambientes interconectados, resolver quebra-cabeças, retroceder em áreas já visitadas e gerenciar recursos limitados. A grande novidade, confirmada pelo produtor Masato Kumazawa, é a possibilidade de alternar livremente entre primeira e terceira pessoa nas configurações, uma decisão pensada para agradar tanto aos fãs das novas gerações quanto aos que preferem o estilo mais tradicional.

Essa versatilidade visual também exigiu mudanças significativas na animação e no design. Determinadas ações de Grace variam de acordo com a perspectiva: em terceira pessoa, por exemplo, há momentos em que ela tropeça ou se desequilibra durante uma fuga, algo que não ocorre em primeira pessoa, já que o movimento de câmera seria artificial. Esses detalhes reforçam o compromisso da Capcom em oferecer uma experiência mais realista e imersiva, adaptada ao olhar de cada jogador.

Embora ainda tenhamos visto pouco do jogo em ação, a combinação das inspirações é extremamente promissora. Ao mesclar a exploração clássica e a atmosfera opressiva de Resident Evil 2 com o terror íntimo e visceral de Resident Evil 7, Requiem tem todos os ingredientes para entregar uma experiência aterrorizante que honra o legado da franquia enquanto introduz inovações significativas.



Os mistérios de Raccoon City

Uma das teorias mais discutidas entre os fãs sugere que o sangue de Grace pode conter anticorpos únicos, herdados da mãe, capazes de servir tanto como base para uma nova cura quanto para a criação de um novo vírus. Alyssa, por sua vez, pode ter um papel importante em flashbacks, explicando as origens desse segredo genético e seu envolvimento anterior com os incidentes biológicos da Umbrella.



Entre os novos rostos, o misterioso homem encapuzado tem despertado grande curiosidade: especula-se que ele seja uma vítima de queimaduras, possivelmente um sobrevivente de Raccoon City ou até Nikolai Zinoviev, cujo destino permanece incerto. Outro personagem misterioso, o homem na cadeira, é referido como “um escolhido” por Grace, embora sua identidade e motivações ainda sejam desconhecidas. O trailer também sugere uma relação direta entre esses dois personagens, com o encapuzado servindo a uma organização secreta que sequestra pessoas para entregá-las a uma figura superior.

Nos rumores mais recentes divulgados por Dusk Golem, o clássico Leon S. Kennedy pode retornar como personagem jogável e figura central da narrativa, mesmo sem aparecer no trailer inicial. A ideia é que o jogo apresente três campanhas interligadas: Grace representando o terror psicológico, Leon trazendo a ação e exploração, e Alyssa em segmentos de flashback. Além disso, o diretor confirmou que o monstro principal não é Lisa Trevor, embora os sons usados em testes tenham sido baseados em sua voz, uma clara referência para provocar nostalgia e especulação entre os fãs. Esses elementos reforçam a proposta da Capcom de misturar passado e presente da franquia em uma trama global que retorna às raízes do terror de Resident Evil.


Mas quando?

Falta pouco para o lançamento de Resident Evil Requiem, previsto para 27 de fevereiro de 2026. O jogo chegará ao PlayStation 5, Xbox Series X|S, Switch 2 e PC, com a pré-venda já disponível. Até lá, é provável que a Capcom revele novos vislumbres do título, especialmente durante o The Game Awards, evento com o qual a empresa mantém uma parceria próxima com Geoff Keighley. Há até especulações de que uma demo jogável possa ser lançada nos próximos meses, seguindo o padrão de divulgação adotado em títulos anteriores da franquia.

Enquanto isso, só nos resta esperar para descobrir o que mais Requiem guarda em seus segredos. Continue acompanhando a GameBast para mais novidades sobre o jogo e tudo o que envolve o retorno a Raccoon City.




Revisão: Thomaz Farias
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Matheus Bigai Ferreira
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