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Análise: Chicory: A Colorful Tale (Multi) é um extraordinário livro de colorir tingido com muito amor

Este título independente dos mesmos criadores de Celeste é a experiência mais criativa e poderosa de 2021 (até agora).

Desenvolvido por Greg Lobanov e alguns dos mesmos criadores de Celeste (Multi) e Wandersong (Multi), e publicado pela editora Finji para PC, PlayStation 4 e PlayStation 5, Chicory: A Colorful Tale é um jogo de aventura 2D na forma de um livro de colorir e repleto de personagens maravilhosos, em que você deverá usar o poder da pintura para explorar, fazer amigos e solucionar quebra-cabeças na vibrante Província de Piquenique. Prepare sua paleta de cores para tingir um mundo monocromático desbotado por uma misteriosa corrupção envolvendo as inseguranças da renomada artista e detentora do pincel mágico.

O misterioso sumiço das cores

Uma distante terra multicolorida, conhecida apenas como Província de Piquenique e habitada por animais, insetos e até seres humanos disfarçados, é cuidadosamente colorida por um artista portador de um pincel mágico forjado há muitos anos. De tempos em tempos, o detentor dessa ferramenta escolhe o seu sucessor, fazendo-o passar por uma série de provações que mostram se ele deve ou não continuar esse legado.

Para se tornar um pintor nesse mundo afetuoso você deve, em primeiro lugar, ser um artista exemplar, enriquecido com as mais modernas e poderosas técnicas de pintura. Foi assim que a coelha Chicória se tornou pintora e desde então vem levando felicidade ao povo de Piquenique por meio de suas cores. Ela vive no lendário templo dos pintores, na parte central da província, onde existe uma exposição de todos aqueles que empunharam o pincel antes dela.

Como Chicória está, na maior parte do tempo, ocupada pintando o mundo desbotado e alegrando a comunidade, o templo é limpado por você, um simpático cãozinho super fã da artista, que recebe o nome de sua comida favorita. Decidi chamá-lo de Chocolate por motivos doces, mas caso não queira pensar muito, o título te dá alguns nomes predefinidos, como Pizza ou Brigadeiro.

Certo dia, você está varrendo um cômodo do templo e inexplicavelmente tudo fica preto e branco. As cores de toda a província misteriosamente desaparecem e você começa a ficar desesperado, porque isso nunca aconteceu antes. É preciso ir até o quarto de Chicória para ver o que está acontecendo, mas ao chegar à porta, você observa que o pincel mágico está jogado do lado de fora e a artista sequer responde, levando-o a pensar que ela poderia ter saído às pressas e perdido seu instrumento de trabalho pelo caminho.

Chocolate não sabe o que fazer e não tem certeza se deve pegar o pincel, mas ele sempre sonhou em ser pintor e essa ideia passa pela sua cabeça tão depressa e com tanto entusiasmo que ele decide levá-lo consigo em busca da pintora.

Ele então começa a explorar o mundo monocromático à sua volta em busca de respostas e vai até Gororoba, uma região da província dominada por animais excêntricos e completamente assustados pelo sumiço das cores. No entanto, assim que percebem que você possui o pincel, explicam tudo o que você pode fazer com ele, desde mudar de tom até apagar o que já foi colorido. Essa parte inicial serve como um pequeno tutorial, em que você irá aprender as mecânicas básicas de Chicory.

A maioria dos personagens secundários de Gororoba acredita que você pode resolver o problema por ter a ferramenta em mãos, mas outros o questionam sobre o motivo de estar com ele e ficam intrigados, porque você é um simples faxineiro e não entende absolutamente nada de arte. Apesar de todas as críticas, Chocolate acredita que merece empunhar a ferramenta, pelo menos até encontrar sua verdadeira dona.
Os animais têm razão em dizer que não entendo nada de arte, mas não importa, porque no jogo tudo é bom o suficiente. Tipo essa releitura da Chicória. (risos)
Ninguém sabe o paradeiro de Chicória, por isso dizem a Chocolate para ir até uma região próxima e falar com Amora, a antecessora da coelha. Chegando ao local designado, você conversa com a antiga pintora e descobre que uma terrível corrupção, relacionada às inseguranças dos personagens centrais, envolve a província, e que ela pode ser a responsável por apagar toda a cor. Amora o aconselha a voltar ao templo e falar com Chicória — que esteve esse tempo todo trancada no quarto —, porque só ela pode acabar com esse caos.

Ao retornar, a artista não responde os seus chamados de imediato, mas logo depois muda de ideia. Ela está sentada na beirada da cama, deprimida e insegura. O pobre cãozinho tenta ajudá-la e inspirá-la, mas sua grosseria é a única coisa que presencia. Chicória não quer mais pintar o mundo, está cansada demais para continuar fazendo isso e não encontra mais motivos para seguir em frente.


Ela passa o pincel a Chocolate e pede para que ele continue seu trabalho, mas a pequena criatura que controlamos não sabe se realmente merece fazer isso (embora esteja super empolgado), porque também não acredita muito em si. Tudo muda até ele ouvir mais algumas insistências da coelha e aceitar. Animado e um pouco dividido com seu novo emprego, nosso herói sai pela Província de Piquenique, com o objetivo de descobrir a origem da corrupção e encontrar um jeito de encorajar Chicória a voltar a pintar o mundo.

Chicory: A Colorful Tale é sobre sonhar e acreditar que você pode ser o que quiser no seu momento e à sua maneira. É um conto singelo sobre aceitar vulnerabilidades e estar ciente de que poderá segurar a mão de algumas pessoas e abraçá-las quando sentir que o mundo inteiro está desabando. Também é sobre ter empatia e entender pelo que o outro está passando em momentos atípicos.

Chicória foi extremamente grossa com Chocolate em algumas partes da aventura, mas ainda assim o pequeno personagem estende a mão para ajudá-la, seja defendendo a pintora em momentos inoportunos ou acreditando em seu potencial. Ouvir tais comentários ofensivos da artista só o encoraja a encontrar um jeito de mostrar para ela que independente de sua dor, ele está ali para auxiliá-la, mesmo não sendo igualmente perfeito.

Em um segundo momento, Chicory quer que você saiba que você é especial do seu jeito e que tudo que faz é bom o suficiente. Tive que preencher uma tela com algo que me passasse a sensação de alegria. Acidentalmente, acabei entregando a obra totalmente em branco e alguns personagens ficaram indignados ao ouvir uma professora de arte elogiar a minha representação do sentimento como uma folha em branco.

O roteiro do jogo é cheio dessas reviravoltas maravilhosas que fazem você se sentir importante. Você não é obrigado a pintar o mundo por completo, não precisa desenhar nada se não quiser e mesmo assim os animais da província vão adorar, porque é o seu estilo. Haverá críticas e opiniões negativas, mas todas elas são essenciais para tornar a narrativa ainda mais excepcional e chegar ao mesmo propósito.

Assim como Celeste, Chicory encontra um certo equilíbrio em sua história que explora diversos problemas humanos, como a depressão e o bloqueio criativo. Não há romantização ou exagero, e o conto é sempre convincente com boas doses de humor, fazendo você se sentir alegre, emocionado e com o coração aquecido.

A fábula é dividida em capítulos e é apresentada por meio de diálogos semelhantes aos das histórias em quadrinhos com balões pretos contendo as falas dos personagens. Esses comentários são totalmente traduzidos para o português brasileiro e é impressionante tamanha perfeição de localização.

Há também um recurso extra de acessibilidade de avisos de conteúdo. Essa opção serve principalmente para cenas com assuntos que podem ser difíceis de processar, geralmente por pessoas que apresentam sinais de depressão intensa.

Usando o poder da pintura para explorar e solucionar enigmas

Chicory: A Colorful Tale é um jogo 2D de visão assimétrica semelhante a The Legend of Zelda de 1986. O seu mundo nada mais é que um grande mural interconectado que vai sendo pintado e desbloqueado por meio da exploração; ao estar em um determinado cenário, você pode ir para várias direções e então sairá em uma nova área, que contará com novos segredos. E assim, de acordo com seu progresso, novas e misteriosas partes deste mundo vão aparecendo.
Mapa do jogo, dividido em cenários.
Não existem telas de carregamento durante essas mudanças e mesmo no PlayStation 4, que não suporta SSD, o tempo de transição leva menos de um segundo, o que é gratificante, já que a passagem entre áreas é feita com frequência. Por exemplo: se você estiver em uma ponta do mapa e precisar atravessá-lo, isso não será incômodo algum, já que é esse processo é sempre satisfatório, embora possa usufruir da viagem rápida.

A movimentação do personagem também é rápida e se faz por meio do analógico esquerdo do DualShock 4. É possível mover o pincel mágico simultaneamente por meio do analógico direito, mas exceto pelos chefões você não precisará usá-los ao mesmo tempo, o que é um alívio, porque esses controles são um pouco desajeitados e levará algum tempo até se adaptar.

Ao chegar a um novo cenário, ele estará totalmente em preto e branco. Isso significa que você terá que colorir certos elementos para atravessá-lo, alcançar presentes e coletar colecionáveis. A maneira como você pinta é indiferente e o jogo nunca te obriga a colorir tudo. Se você não deseja colorir todos os mínimos detalhes, pode ainda segurar R2 e manter o pincel fixo em um único lugar, o que fará com que cada espaço dentro das linhas pretas mais grossas seja preenchido com cor rapidamente.


Existem algumas texturas especiais que você vai desbloqueando no decorrer da jornada, como o formato de coração, estrela e círculo. Elas geralmente estão localizadas dentro de caixas de presentes enormes espalhadas em áreas de difícil acesso e nas extremidades dos cenários. Para alcançá-los, é preciso resolver alguns quebra-cabeças ou encontrar uma passagem em extensões interconectadas ao lado.

É possível criar sua própria marca e receber outras de personagens secundários. Ao seguir a história principal, por exemplo, você ganhará uma que permite pintar todo um espaço do cenário ao pressionar R2. Esse modo é ótimo para aquelas pessoas que queiram colorir tudo de uma vez só e de forma ultra rápida, pois a mecânica de pintura de cenários acaba ficando repetitiva e desinteressante depois de um tempo, devido à semelhança de elementos e da estrutura.

No começo, eu pintava tudo com paciência e adotava técnicas divertidas para tornar o mundo à minha volta super colorido e diferenciado, mesmo não sendo profissional. Entretanto, acabei desistindo por conta do tempo e da curiosidade em descobrir mais sobre a narrativa principal.

Com o pincel mágico em mãos, você terá que resolver criativos e desafiadores quebra-cabeças, como pintar áreas escuras com diamantes para iluminar o seu caminho e achar objetos, ou colorir e descolorir plantas para que você possa atravessá-las e chegar a áreas inacessíveis. Cada puzzle traz consigo muita originalidade.


Você terá acesso a habilidades especiais que serão desbloqueadas ao longo da campanha, como “nadar” pelo cenário colorido para subir nas paredes e atravessar locais estreitos. Essa mecânica é super divertida e é muito parecida com a de Splatoon (Wii U), em que você consegue navegar pela área rastejando na tinta. O jogo permite ainda que você explore oceanos, pântanos, rios e lagos com uma mecânica de nado bastante satisfatória.

Há também a habilidade de salto que permite atravessar estruturas. Para que essa mecânica não fique subutilizada, a equipe de desenvolvimento implementou alguns elementos e quebra-cabeças de plataforma, como pular entre nuvens para atravessar locais mais afastados. No entanto, a física desta habilidade não parece certa e ela frequentemente não funciona de maneira adequada. Os saltos não são muito precisos e você pode acabar tendo que refazer o trajeto várias vezes até acertar, o que pode deixar a experiência um pouco maçante.

Apesar dos impasses, Chicory: A Colorful Tale é mecanicamente satisfatório, oferecendo a você muitas formas de jogar, seja parando para colorir um cenário com calma ou ignorar tudo isso e partir para a resolução de puzzles criativos com habilidades únicas e divertidas de se usar.

Caso você trave no meio de um desafio e tenha dúvidas, pode ir até uma cabine telefônica próxima e ligar para seus pais, que darão dicas valiosas de como resolver cada um deles. Essa opção de acessibilidade é importante para que jogadores menos experientes tenham a chance de testar o jogo. Os desafios não são difíceis, mas também não são tão fáceis.

Cada capítulo da experiência culmina na batalha contra um determinado chefe, que reflete as inseguranças dos personagens centrais envolvidos na trama. Ao confrontar os medos de Chicória, por exemplo, uma sombra espelhada no formato da coelha aparece como chefão e você terá que usar as cores de seu pincel para abatê-la. Essas cenas apresentam um interessante contraste de cores escuras e sombrias com os traços alegres dos tons quentes e frios, o que retrata de maneira brilhante os traumas emocionais, a depressão e todas as características negativas presentes na obra.

Os confrontos entre chefes são desafiadores e ágeis, às vezes um pouco mais complicados do que se imagina, mas essa dificuldade é amenizada por alguns checkpoints que fazem com que você renasça momentos antes da última morte. Além disso, há outra opção alternativa acessível que permite que você aumente sua resistência para vencer o oponente com mais facilidade ou até mesmo que pule esses combates.

Dezenas de personagens afetuosos e muitas histórias

Enquanto você explora a Província de Piquenique, encontrará dezenas de personagens secundários para interagir, cada um deles com características específicas e também com nomes de comida. Há aqueles que gostam de seu estilo de pintar; os que criticam; os que estão falando sobre política, capitalismo e consumismo; os ansiosos e solitários, e mais.


Cada um desses seres únicos tem um grande coração, uma história própria que se conecta com a narrativa principal de uma forma tão interessante e brilhante que fará tudo ficar mais bonito. Existem cadeirantes, personagens LGBTIA+, recém-casados e outros. Eu acho maravilhoso como a equipe de desenvolvimento do jogo criou essas mini histórias exclusivas para cada animal e as tornou tão importantes quanto ajudar Chicória.

Em um momento da experiência, encontrei um desses sujeitos à beira de um rio olhando o horizonte. Ele me pediu para fazer um pequeno jardim para lembrar de seu melhor amigo, que faleceu e adorava flores. Construir esse memorial me trouxe uma breve sensação de pertencimento àquele mundo, como se meu coração tivesse se despedaçado por um segundo e depois voltado ao estado normal, muito mais quente que antes. Foi incrível ver o quão significativa era aquela ação para o animal, que ainda estava em fase de luto. Outros personagens apareciam para prestigiar o jardim e elogiavam meu trabalho. A província era um vislumbre de gratidão.

Em certas ocasiões é possível abraçar personagens para alegrá-los e dizer que independentemente de tudo que estão passando, há motivos de sobra para estarem aqui. Essas breves ações são sublimes, pequenos atos de amor e resistência que me deixaram com o coração em chamas.


Chicory é cheio de momentos assim e mesmo que existam animais com atitudes bobas e insensíveis, há sempre um motivo por trás. Só é uma pena que esses abraços quentinhos sejam limitados a algumas poucas cenas do jogo. Gostaria que tivessem implementado essa função com mais frequência.

Na maior parte do tempo, as fofas criaturinhas secundárias oferecerão uma quantidade atraente de tarefas: entregar cartas, criar camisetas personalizadas, logotipos de estabelecimentos, ajudar parentes próximos, traduzir a língua dos insetos, encontrar gatinhos perdidos e muito mais. Terminei a campanha em doze horas, mas existem muitas outras coisas a fazer na província e cada uma delas é muito especial e divertida.

Você pode explorar o cenário para achar caixas de presentes pequenas com peças de vestuário e personalizar o seu personagem. São itens como fones de ouvido, chapéus e camisetas. Outra possibilidade é ir ao cabeleireiro e mudar o seu visual da maneira que desejar. Pode ser algo fofo e minimalista ou algo que chame muita atenção. Tanto faz, desde que você se sinta bem.

Chocolate possui uma casa em Gororoba que pode ser decorada com móveis. Essas decorações podem ser obtidas por meio de recompensas de missões ou trocadas com uma felina que está jogando todas as suas coisas fora para abrigar gatinhos perdidos. Ao encontrar uma boa quantidade desses bichinhos indefesos em árvores, leve-os até lá e adquira essas peças para sua casa.

Chicory: A Colorful Tale está recheado de conteúdo, muitas vezes significativo e divertido de se fazer. Não são atividades obrigatórias, mas realizar boa parte delas torna tudo ainda mais interessante.

Diretor de arte: você

Quando os créditos finais subirem, você notará que o único diretor de arte do jogo é você, porque enquanto estiver explorando esse vasto mundo monocromático, é sua obrigação decidir quais cores utilizar. E mesmo sem cor, esse mundo criado pela equipe de desenvolvimento é fantástico e atraente.

Cada cenário foi desenhado para se conectar a outro, como uma grande tela de pintura, e há claras referências de histórias em quadrinhos. No entanto, eu adoraria ver Chicory como um livro de colorir no mesmo estilo de Jardim Secreto e Oceano Perdido da artista Johanna Basford.

Lena Raine merece muitos outros prêmios este ano. A premiada compositora de Celeste é a responsável pela trilha sonora aqui, entregando um trabalho esplêndido e com muita autenticidade. A música muda dinamicamente de acordo com a situação em que o personagem está envolvido. Quando o título trata de forma significativa os assuntos mais tensos como a depressão, a sonoridade é sempre mais profunda e pesada. Agora, quando se está colorindo e explorando, é algo mais natural e belo, com ótimos arranjos movidos a felicidade pura.

Complementando um visual e design de som excelentes, o jogo conta com opções de acessibilidade para essas duas características. Por ser uma aventura onde as cores desempenham um papel importante na narrativa e na jogabilidade, ele foi projetado de uma forma que o torna acessível também a daltônicos, porque você não precisa saber a diferença entre qualquer tom para resolver quebra-cabeças ou chegar a algum lugar — você sequer precisa colorir o cenário. Em relação ao som, Chicory elimina alguns sons irritantes, como o de uma explosão de tinta, permitindo que os jogadores com misofonia não precisem lidar com eles.

Um mundo tingido com amor

Chicory: A Colorful Tale é uma obra agridoce, poderosa e humana que não tem medo de demonstrar como a depressão engana. Tingido com cores neutras, frias e quentes, o título publicado pela Finji trata de medos e inseguranças, mas também nos lembra da importância de estarmos aqui seguindo em frente, porque absolutamente tudo o que fazemos é maravilhoso e sempre bom o suficiente.

Por meio de uma mecânica de pintura multifacetada, habilidades primorosas, quebra-cabeças sempre atraentes e uma abundante quantidade de missões secundárias, bem como personagens afetuosos, a equipe de Greg Lobanov criou algo novamente extraordinário, tão bom quanto Celeste.

Embora Chicory tenha falhas, elas não conseguem ofuscar toda a magia e a excelência do jogo, que para mim é uma das mais incríveis experiências deste ano e talvez até dos últimos anos. Ainda assim, eu gostaria de ter tido a oportunidade de receber ou doar mais abraços quentinhos.

Prós

  • Narrativa principal poderosa e humana sobre assuntos de importância significativa;
  • Grande variedade de missões secundárias e dezenas de personagens com histórias íntimas e maravilhosas;
  • Várias habilidades especiais interessantes para resolver quebra-cabeças envolventes e criativos;
  • Batalhas contra chefes desafiadores e ágeis;
  • Mundo interconectado surpreendente e belo com uma trilha sonora excepcional;
  • Opções de acessibilidade;
  • Alto fator de rejogabilidade.

Contras

  • Os controles são um pouco desajeitados e a habilidade de salto apresenta pequenos problemas de física;
  • A mecânica de pintura de cenários pode se tornar repetitiva depois de um tempo;
  • Não é possível dar muitos abraços quentinhos.
Chicory: A Colorful Tale — PC/PS4/PS5 — Nota: 9.5
Versão utilizada para análise: PS4
Revisão: Davi Sousa
Análise produzida com cópia digital adquirida pelo próprio redator

é entusiasta e apreciador de jogos com conceito artístico minimalista e narrativas de significado profundo. Acredita na potencialidade de cada experiência interativa e tenta extrair delas sentimentos humanos e existenciais. No GameBlast também escreve notícias, análises e especiais; no tempo livre produz roteiros autorais de séries e filmes. Criatividade, imaginação e curiosidade são algumas de suas características marcantes.
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