Ni no Kuni II: Revenant Kingdom (PS4/PC): um novo toque de magia

Segundo jogo da série promete aprimorar sistema de batalhas, além de trazer novamente gráficos fantásticos.

No mesmo evento onde a Bandai Namco anunciou Eddy Gordo em Tekken 7 e pudemos testar Ace Combat 7 em VR, também tive a chance de ver um pouco mais das novidades de Ni no Kuni II: Revenant Kingdom, segunda parceria entre a desenvolvedora LEVEL - 5 e o Estúdio Ghibli.

Infelizmente não pudemos colocar as mãos nos controles. Todo o gameplay foi demonstrado por um funcionário da Bandai Namco, enquanto ele nos falava das novidades nesse segundo título. A primeira delas já foi possível notar logo de cara: a navegação pelo mapa mundi do jogo. Ao contrário do primeiro Ni no Kuni, o World Map tem gráficos mais detalhados, fugindo da arte de desenho. Por outro lado, os personagens seguem o formato “chibi”. Bem vagamente, essa mistura me lembrou de RPGs antigos, da época PS/PS2. E, como esperado, os gráficos estão muito bonitos.



Seguindo pela demo, nos foi mostrada a primeira dungeon do jogo. Nesse momento, os gráficos voltam ao padrão já conhecido, com as belas artes do Estúdio Ghibli. Os inimigos ficam espalhados pelo cenário e o contato com eles dá início a uma luta. E acredito que seja na parte das batalhas que morem as alterações mais marcantes desse título em relação ao seu antecessor.

O sistema de familiares, no qual você caçava monstrinhos para te ajudar no combate, foi removido. Evan, o protagonista, controla pequenos bandos de criaturinhas, uma espécie de pequenos elementais. Na luta, o personagem podia usar até quatro tipos de elementais, dando ordens a eles, ao mesmo tempo em que aplicava os próprios golpes. Na batalha com o chefe, foi possível ver os elementais atraindo a atenção do inimigo, enquanto o resto do grupo dava dano no monstro.

Esses elementais também têm outras utilidades. Seus poderes específicos podem ser usados para se chegar a lugares mais altos ou abrir rotas bloqueadas, por exemplo. Outra mudança é que somente Evan tem o controle dessas criaturas. Os outros personagens do grupo, pelo que tudo indica, não terão esse poder, lutando somente com suas armas tradicionais (você pode trocar o comando para qualquer um deles durante a luta). Algumas coisas, contudo, ainda não tem resposta: o jogador poderá coletar elementais de diversos tipos durante a história ou terá sempre os mesmos o jogo todo; cada grupo é composto por diversos bichinhos, caso eles morram, eles voltam automaticamente ou é necessário fazer algo para tê-los de volta?

Li vários comentários de que essas criaturas lembravam Pikmins. Eu só conseguia pensar naqueles pequenos seres do filme Princesa Mononoke. Visualmente, pelo menos, achei bem parecidos.
De qualquer forma, vejo essas mudanças como sendo bem positivas. Gostei muito do primeiro Ni no Kuni, mas seu sistema de batalha (e as falhas da inteligência artificial) me cansou, e acabei nem terminando o jogo. Com todas essas reformulações nas mecânicas, são boas a chances de que Revenant Kingdom tenha um desempenho muito melhor.

Se você estiver preocupado com a história, por não ter jogado o primeiro, fique tranquilo. Será uma trama totalmente independente, sem relações com o primeiro episódio. Por fim, uma localização dos textos para nosso idioma ainda está sendo avaliada, mas nada confirmado. Quanto ao lançamento, a promessa é que seja ainda em 2017, mas sem uma data exata. Ni no Kuni II: Revenant Kingdom sairá para PlayStation 4 e PC.


Formado em Game Design, desistente da Matemática Aplicada e atualmente cursando Jornalismo. Ainda aguardo o retorno triufal da Sega, fã de Metal Gear, Dark Souls e várias coisas vindas lá do Japão.
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