Conforme a Paradox Interactive, usar DRM não é boa opção

Em conversa com o site GameSpot, o CEO da Paradox Interactive explica porque considera que usar DRM não é uma boa escolha contra a pirataria.


Eddie Makuch, um dos editores do GameSpot, conversou sobre pirataria com Fredrik Wester, CEO da Paradox Interactive, empresa responsável por jogos como Magicka e Hearts of Iron.


Assim como a posição já adotada anteriormente pela Projekt Red, responsável por The Witcher, e a opinião similar da Ubisoft, Wester afirma que o uso de DRM (sigla para Digital Rights Management) em jogos para PC é uma perda de tempo. Para ele, o uso de DRM pode ser uma tremenda dor de cabeça para os usuários e disse que há outros meios de convencer os jogadores a comprarem cópias legítimas dos jogos da Paradox.

Segundo Wester, o uso de DRM para combater a pirataria "pode punir os usuários que efetivamente compraram o jogo". Ele cita como exemplo um episódio vivenciado por ele:
"Eu me lembro de ter comprado Civilization III e não poder instalar pois eu tinha algo mais instalado. Eu precisei desinstalar dois programas diferentes, mudar as configurações, foi um incômodo. Se eu tivesse pego uma cópia pirata, eu teria tido acesso ao jogo mais rápido e de forma mais conveniente."
Wester diz que a Paradox não quer impor barreiras aos jogadores que transformem o uso de cópias legais em um inconveniente. Em sua opinião, instalar uma cópia legítima deve ser algo conveniente, sem problemas, que ofereça mais conteúdo e maior facilidade de instalação para o jogador que decidiu comprar o jogo legalmente.

Quando indagado por Makuch sobre como impedir que as pessoas pirateassem seus jogos, Wester respondeu que não impedem, pois ao invés de caçar os piratas, a Paradox está focada em oferecer uma melhor experiência geral em termos de gameplay, pois isso encoraja as pessoas a comprarem os jogos deles.
"Não tenho ideia de quantos jogos nossos são pirateados. Nós não temos realmente nenhuma intenção de descobrir ou de procurar essas pessoas [que pirateiam]. O que nós queremos é fornecer às pessoas que compram nossos jogos um serviço melhor e mais conveniente, com atualizações frequentes; é assim que nós lutamos contra a pirataria. Eu espero que funcione. Mantenho meus dedos cruzados."
Por fim, Wester ressaltou que a Paradox, que atualmente trabalha em Hearts of Iron IV, Magicka 2 e Runemaster, é uma empresa que já é altamente rentável, e iniciar uma campanha anti-pirataria a essa altura não faria sentido.

Fonte: GameSpot

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