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Diário de bordo E3 2014: Nintendo mostra suas cartas e a E3 finalmente começa

Nintendo abre a E3 2014 com seu Digital Event e dá continuidade com uma série de eventos online. Enquanto isso, lançamo-nos no primeiro dia da feira pelos mais diversos estandes e empresas.


E finalmente chegou o grande dia! Nos aventuramos por Los Angeles, pegamos nossas credenciais e vibramos com todas as conferências pré-E3. Agora foi o momento de a Nintendo encerrar as apresentações com seu Nintendo Digital Event e, enquanto seus diversos outros programas aconteceram, a E3 em si finalmente começou. Vários e vários estandes das mais diversas empresas de videogame nos deixaram deslumbrados. Depois de testar tanta coisa, vamos ao saldo do dia.

As cartas na manga da Nintendo

Depois de Microsoft, EA, Ubisoft e Sony, toda a nossa expectativa voltou-se para a apresentação online da Nintendo. Mas, antes disso, chegamos mais cedo no Los Angeles Convention Center (local onde ocorre a E3) e adivinha com quem nos deparamos? Com o próprio Shigeru Miyamoto! Foi difícil conseguir uma foto com o ícone, mas deu para improvisar e acabou que conseguimos sair com o inventor de Mario, Link e Donkey Kong numa foto.

Acho que não precisa de legenda, né?
A Big N expandiu a estratégia usada em 2013 ao trocar as tradicionais conferências em palco por apresentações online. Usando o já consagrado modelo de streaming do Nintendo Direct, a Nintendo apresentou a todos mais sobre os novos Super Smash Bros. e Hyrule Warriors (Wii U), oficializou detalhes e nomes de Yoshi's Wolly World (nosso desaparecido Yarn Yoshi) e Xenoblade Chronicles X (o misterioso RPG da Monolith) e apresentou novidades interessantes, como Mario Maker (Wii U) e Kirby and the Rainbow Curse (Wii U). Foi também impressionante ver o novo The Legend of Zelda para Wii U pela primeira vez e a Nintendo apostando num novo projeto: Splatoon (Wii U).



Mesmo com todo o bom humor da apresentação, a Nintendo deixou a desejar com as novidades. Embora muita gente mesmo tenha preferido a Nintendo nessa E3, acho que nem mesmo as cartas na manga da Nintendo superaram a pompa das conferências da Sony e Microsoft. Ainda assim, na prática a apresentação da Big N foi muito mais do que o Digital Event - uma estratégia extremamente positiva.

Logo após o evento online principal, a empresa deu início a uma edição especial do Nintendo Minute, um programa em tempo real da Nintendo Treehouse, o campeonato ao vivo de Super Smash Bros. for Wii U e a mesa redonda sobre esse novo crossover de luta da Nintendo. Esses "extras" trouxeram nada mais do que informações cruciais sobre jogos já revelados e grandes anúncios, como Mario Party 10 para Wii U e Pac-Man como lutador do novo Super Smash Bros. Por falar no Super Smash Bros. Invitational, foi lá que Reggie Fils-Aime e Masahiro Sakurai deram as caras, além de Zelda Williams com uma Majora's Mask e outros atores e atrizes.

Corre que a fila é grande!

Após o Nintendo Digital Event, as portas dos dois pavilhões da E3 2014 foram abertas e, com eles, uma avalanche de jornalistas, jogadores e lojistas correram para testar seus jogos preferidos, entrevistar as principais figuras de cada empresa e se deslumbrar com a grandiosidade do evento. Para mim, que já compareceu às duas últimas edições do evento, o espaço estava incrivelmente familiar. A distribuição dos estandes pelos dois pavilhões continuou a mesma, permanecendo ainda uma área focada nas três first-party (Microsoft, Sony e Nintendo) e outra reservada às third-party (Ubisoft, EA, Square-Enix, Capcom, etc.). Não apenas isso, mas a estrutura interna dos estandes também permaneceu a mesma em muitos casos.

Os estandes das first-party continuam gigantescos como sempre
Como sempre, nenhuma das empresas mediu esforços em decoração, brindes e outros atrativos. Por exemplo, a Capcom permitia tirar uma foto com uma arma de Monster Hunter 4: Ultimate (3DS), enquanto a Warner Bros. esbanjou uma réplica em tamanho real do Batmóvel do novo Batman: Arkham Knight (PS4) e a Atlus sorteava um 3DS temático de Persona Q: Shadow of the Labyrinth (3DS). Tudo isso gerava muitas filas e multidões. Jogar games como Sunset Overdrive (XBO) e os grandes lançamentos da Ubisoft exigia uma boa espera.



Na seção da Nintendo, as novidades podiam ser apreciadas a todo vapor. Estandes com os de Super Smash Bros. for Nintendo 3DS & Wii U borbulhavam de fãs empolgados para experimentarem a nova versão da série de luta de Masahiro Sakurai. Além da atração principal, várias TVs estavam dispostas para permitir demonstrações curtas de Mario Party 10, Captain Toad: Treasure Tracker, Mario Maker, Project Giant Robot, Project Guard, Hyrule Warriors, Wii Sports Club, Bayonetta 2, Just Dance 2015, Splatoon, Yoshi's Wooly World e Kirby and the Rainbow Curse.

Infelizmente, a participação dos novos remakes de Pokémon acabou só nisso

O lado verde da E3

Logo que a E3 começou, me foquei no estande da Microsoft (mas não se preocupe, traremos a cobertura de todas as outras empresas). Lá, o Xbox One reinava, tirando os poucos traços de Xbox 360 que ainda chegamos a ver na E3 2013. Pudemos testar jogos de peso, tais como Fable Legends (XBO) e Alien: Isolation (XBO). E muitos outros ainda nos aguardam, como Killer Instinct e Dying Light. Outros games mais conceituais também estavam presentes e chamavam bastante atenção Ori & the Blind Forest (XBO) e Fru (XBO). Infelizmente, ainda não deu para pôr as mãos no emocionante Sunset Overdrive, mas logo logo testaremos essa belezinha.


Uma das coisas mais interessantes do estande da Microsoft foi, sem dúvida, o Project Spark (XBO). Com ele, jogadores e desenvolvedores estreitam os laços em uma plataforma que permite criar jogos facilmente, compartilhá-los, baixá-los, modificá-los e, é claro, jogá-los. O software me chamou bastante atenção e fiquei vários minutos aprendendo o básico da ferramenta de criação. Trata-se de algo muito prático e intuitivo.

Indies e smartphones derrubando muros

Mesmo com foco em consoles e nos jogos das grandes empresas, a E3 tem sido cada vez mais flexível com jogos para celulares e tablets e títulos de estúdios independentes. Esse ano, isso ficou bem claro. No estande da Gameloft, deu para ver que a desenvolvedora não está de brincadeira com jogos mobile. Nada de aplicativos simples e caça-níqueis, o que vimos foram belos gráficos e ideias interessantes. A empresa adaptou bem a série Asphalt às plataformas móveis com Asphalt: Overdrive, trocando as tradicionais corridas por vários mini-games e missões envolvendo dezenas de carros. Vimos também o Modern Combat 5 como uma boa alternativa de FPS para celulares e um novo jogo do Homem-Aranha trazendo todo o universo do herói da Marvel para o típico gênero runner dos tablets. 

Mas o mais interessante foi a área dedicada a jogos indie, que trazia um espaço bem descontraído no qual desenvolvedores e jogadores curtiam jogos juntos, trocavam experiências e riam das criações. Lá, havia bonecos pelo chão, jogos de carta e brinquedos de montar. Tudo isso unido a unidades de PS4, Xbox 360, Wii U e PCs, nos quais rodavam games conceituais. Um era mais criativo do que o outro e todos nos faziam pensar se um local como esse não merecia mais destaque num evento como a E3.


Considerações do primeiro dia da E3 2014:


Confira como foram os dias anteriores da Equipe GameBlast na E3 2014:
Dia 1. Diário de bordo E3 2014: chegada da equipe, The Witcher 3, Game Dude, Santa Mônica e mais
Dia 2. Diário de bordo E3 2014: Toda a grandiosidade das conferências pré-E3
Revisão: José Carlos Alves
Capa: Hugo H. Pereira

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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