Top 10

Os 10 apocalipses mais horripilantes do mundo dos games

Armageddon. Talvez nenhum outro tema tenha sido tão abordado na história dos jogos virtuais quanto este. De cataclismas naturais a heca... (por Unknown em 13/09/2013, via GameBlast)


Armageddon. Talvez nenhum outro tema tenha sido tão abordado na história dos jogos virtuais quanto este. De cataclismas naturais a hecatombes zumbis, a ideia de fim de mundo sempre esteve muito presente no imaginário popular. Como não poderia? Conceber um fim àquilo que consideramos eterno, de contemplar a fragilidade humana e ver que podemos ser vaporizados da existência num breve piscar de olhos, seja por uma bomba nuclear ou ainda por um super vírus qualquer. O tema é vasto e impactante.


Assim sendo, para apreciar melhor nossa própria extinção, o GameBlast preparou para você uma lista com os apocalipses mais aterrorizantes já concebidos no mundo dos games. Vai encarar?

---- Contém spoilers ----

10 - Final Fantasy XIV

Você pode estar se perguntando o que um MMORPG medieval faz nesta lista… Realmente, além de ser um péssimo jogo, o cenário em questão estava bem distante de qualquer coisa que coubesse nesta lista. Isso é: até a magistral sacada de alguém do departamento de marketing. Esqueça toda ladainha do plano de fundo de Final Fantasy XIV, ela pode ser resumida em: existiam monstros e heróis lutando. Isso basta. A questão é que o jogo era tão ruim, mas tão ruim que a Square Enix resolveu jogar tudo fora e recomeçar o projeto do zero. Tradicionalmente, um hard reset em um jogo desse porte seria uma carta de adeus ao servidor, uma mensagem no jogo e alguns meses de espera, mas, bem… Se tem uma coisa que a empresa pode se gabar é de suas CGs, e, se for pra cair, é melhor cair atirando.

Curiosamente, o encerramento de Final Fantasy XIV pode ser considerado o ponto mais alto do jogo. Não bastava criar uma história para justificar o fim, era preciso transformar essa mudança em algo glorioso e para isso nada melhor que um fim do mundo para agitar as coisas. Assim, como preparação para A Realm Reborn: Final Fantasy XIV, a empresa jogou suas fichas em um último vídeo de encerramento mostrando a destruição do antigo jogo. Seis minutos de fim do mundo e um Bahamut que fazem qualquer um ficar babando pela continuação da história e garantem a este apocalipse um lugar nessa lista. Genial!


9 - Diablo

As vezes são zumbis, as vezes são armas nucleares, as vezes é o cramunhão se erguendo das profundezas. Qual é? Até parece que depois de dominar Tristram o cara ia se contentar em ser prefeito de uma cidadezinha qualquer. Não a toa, na mais nova iteração da franquia, o tinhoso está de volta, junto com suas hordas e legiões para liberar o inferno na Terra. Em suma, Diablo é uma série que resistiu muito bem ao tempo, com uma temática religiosa intensa, profecias, cometas, anjos caídos e afins, se mantendo como uma das mais obscuras abordagens temáticas no mundo dos jogos, o que já lhe rendeu diversas controvérsias.

8 - Final Fantasy VI

Ao longo de sua existência nos anos do Super Nintendo, a série Final Fantasy sempre limitou-se a abordar mundos medievais, temas heróicos e outros. Foi com o sexto episódio da franquia que a série passou a abordar temas mais profundos. Com uma temática mais cyberpunk e um mundo largamente mecanizado, o jogo mostra a ascensão de Kefka ao posto de Deus, e a subsequente obliteração do World of Balance, agora World of Ruin. Além da grande influência na temática dos títulos posteriores da série, Final Fantasy VI permanece para muitos dos fãs um dos melhores e mais audaciosos episódios da franquia.

7 - Mass Effect

Espantado? Acompanhe. No primeiro episódio da série Mass Effect, o comandante Shepard é apresentado ao Sovereing, um ser de dimensões semelhantes a uma nave interestelar, enviado para destruir a cidadela e garantir a eficiência dos Reapers na aniquilação de todas as espécies inteligentes do universo. No decorrer da história, descobrimos que o ciclo de aniquilação não é um evento exclusivo, mas sim algo que se repete periodicamente, para evitar que o desenvolvimento de seres orgânicos fuja do controle e acarrete na entropia do universo. Para isso, antes de aniquilar toda vida orgânica, estes seres interestelares direcionam o desenvolvimento científico das raças com sua própria tecnologia, garantindo todo o conhecimento necessário para prever qualquer possível reação das raças menores, mas ainda salvando alguns exemplares de cada espécie, garantindo a estes a possibilidade de se integrarem à cultura dos Reapers.

Além de uma ampla superioridade intelectual, poderes de dominação mental e da obvia vantagem garantida pelo planejamento orquestrado em milhões de anos, os Reapers contam também com uma vastidão de naves e criaturas para garantir a máxima eficiência de seus métodos. Espetacular… e sinistro, ainda mais quando pensamos que eles realmente poderiam estar servindo a um bem maior.

6 - Resident Evil

Talvez um dos maiores pilares das temáticas apocalípticas no mundo dos jogos. No mundo de Resident Evil, o vírus que começou como um simples incidente em uma mansão isolada não tardou a tomar proporções globais, espalhando-se mundo a fora, modificando-se e mostrando os horrores que uma guerra biológica pode trazer para a humanidade. Ao longo da série, pudemos acompanhar diretamente os eventos que culminaram com a evolução do T-Vírus desenvolvido pela Umbrella, de simples mortos vivos a criaturas que encontram-se no limiar da sanidade e portam armas de fogo. Comparado aos horrores mais modernos, Raccoon City parece agora uma vizinhança bem amigável.

5 - Metro 2033

Esqueça o apocalipse nuclear, Metro 2033 é muito mais que isso. Adaptado da obra de Dimitry Gluckhovsky, em Metro 2033 parte da população humana conseguiu sobreviver ao bombardeio nuclear ao buscar abrigo nos subterrâneos dos metros Russos. Mais do que os horrores e mutações que habitam o mundo externo e se escondem nas sombras dos túneis, o título mostra distintas sociedades se formando a cada estação do metro. Quase como mini-cidades, cada estação tem seus habitantes, seus líderes, suas crenças e seus valores e, se não bastassem os monstros que tentam invadir os subterrâneos, existem ainda nazistas, lunáticos e toda sorte de vigaristas tentando dominar esta nova sociedade subterrânea.

Metro 2033 é um jogo charmoso, belo e opressivo, que transborda vida mesmo nos detalhes mais mórbidos, trazendo uma sociedade muito realista vivendo em meio a um dos mais intrigantes e bem ambientados mundos pós-apocalipticos.

4 - Half Life

O que acontece quando um experimento militar dá terrivelmente errado e abre um portal para outra dimensão? Pois é, a raça humana vai para o brejo. Ainda que a proposta não seja de todo original, é inegável que o mundo de Portal e Half Life é um dos mais bem construídos no universo dos jogos. Talvez seja a idéia de um experimento de grande porte dando errado, talvez seja a revolução trazida pela série, talvez seja a distopía estabelecida, ou ainda o conjunto da obra. O fato é que ao longo dos anos a série Half Life apresentou uma das mais interessantes histórias de fim de mundo, através dos olhos de Gordon Freeman, um personagem completamente mudo.

Tripods gigantescos, monstros escravizando a raça humana, rebeldes sendo perseguidos, grupos de resistência, cenas de fuga e perseguição. Half Life tem de tudo, e tornou-se, ao longo dos anos, uma das mais amadas e aguardadas franquias entre os jogadores de todo o mundo.

3 - Fallout

Não poderíamos falar de apocalipses nucleares sem falar de Fallout. Ambientado nos Estados Unidos do século XXII (ou no que sobrou dele…), o título, desenvolvido originalmente pela Black Isle Studios, mostra muito do que uma civilização pós terceira guerra deva encontrar. Monstros, mutantes, monstros mutantes, gangues, ladrões, corruptos, gangues mutantes, monstros ladrões corruptos e todas as outras possibilidades de combinação entre estes adjetivos, tudo isso temperado por um suave senso de humor e crítica social ao American Way of Life.

Vai uma Nuka Cola aí?

2 - The Last of Us

Um dos maiores jogos desta geração e que sem sobra de dúvidas merece lugar de destaque nessa lista. Ok, de certo modo The Last of Us traz novamente a já batida ideia de zumbis, mas acredite, isso é o de menos. Além da questão do super fungo que transforma seres humanos em aberrações com cabeças mofadas e de toda magnifica apresentação da trama, o maior destaque de The Last of Us fica para o conflito social entre os sobreviventes. Neste mundo não existem heróis, o mocinho um dia já foi o criminoso, parceiros não pensam duas vezes antes de trair os companheiros se a situação lhes for vantajosa e os distintos grupos, que disputam diretamente por território e alimentos, não pensam duas vezes antes de matar crianças ou desconhecidos para garantir sua segurança.

Canibais, soldados, rebeldes ou camponeses, não confie em ninguém. The Last of Us mostra com maestria, através de sua história e sua jogabilidade que, muitas vezes, o maior inimigo do homem é a própria natureza humana.

1 - The Legend of Zelda: Majora's Mask

Uma das regras não escritas do manual jornalístico gamer: qualquer Top 10 que se preze deve conter um Zelda, e aqui a história se mantém. Tradicionalmente reconhecida por abordar a tradicional formula dos contos de cavaleiros, a estréia de Eiji Aonuma na direção da série não poderia ter sido mais impactante. Fugindo da ideia de salvar a princesa em apuros, em The Legend of Zelda: Majora's Mask a lua está caindo sobre a terra, e Link tem três dias para evitar este macabro destino. Mais do que isso, três dias para conhecer a rotina, a vida, os amores e afetos de cada um dos personagens que habitam o mundo de Termina, três aterrorizantes dias a serem repetidos eternamente na tentativa de evitar a morte de todos a sua volta. Além da evidente criatividade no roteiro, é inegável que o jogo é uma daquelas grandes obras pelas quais os fãs esperam uma releitura. Já está na hora em?

Uma imagem vale mais que mil palavras
Sentiu falta de algum jogo? Pensou em um fim do mundo ainda mais espetacular? O espaço abaixo é de vocês.

Revisão: José Carlos Alves
Capa: Sybellyus Paiva

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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