Análise: Hidden Cats in Rio de Janeiro te leva a um passeio turístico com gatos escondidos pelo caminho

Viaje para uma das principais cidades do Brasil, com direito à cartões-postais famosos, sósias a cada esquina e muitos felinos para serem descobertos.

em 02/12/2025
Gosta de gatos? Do Rio de Janeiro? De esconde-esconde? Então Hidden Cats in Rio de Janeiro é a escolha certeira para você que quer conhecer a cidade maravilhosa enquanto procura por diversos felinos escondidos em cada canto de belas paisagens.

Este é um dos mais recentes títulos da Nukearts, que já levou gatinhos fofos para diversos lugares do mundo, como Paris, Londres, Nova Iorque, Roma, Berlim, Tóquio e até na vila do Papai Noel.

Conhecendo a cidade “Miauvilhosa”

A proposta de Hidden Cats é simples: em uma paisagem em preto e branco, como se fosse um livro de colorir, devemos procurar os gatos que estão escondidos pelo espaço. À medida que vamos encontrando os bichanos na tela principal, o desenho vai sendo colorido aos poucos até completarmos o panorama inteiro. 

Alguns dos animais liberam cartas especiais, que, quando encontradas, abrem novas telas: Mercearia, Boteco, Bondinho, Morro dos Miados, Jardim Botânico, Maracanã e Carnaval. Além disso, assim que os pontos turísticos ganham cores, também liberamos uma carta informativa sobre eles, o que é sempre um toque bem interessante e que agrega conteúdo ao jogo.

Ao percorrermos o desenho, podemos utilizar o zoom para aproximar e afastar a câmera e usarmos dicas, que nos dão sempre a posição do gato mais perto. Se o jogador quiser encontrar todos eles sem nenhum tipo de ajuda, é só prestar atenção nos miados. Quanto mais alto, mais perto estamos de encontrar o felino.

Os demais mapas são bem menores do que o da cidade do Rio de Janeiro, porém mantêm a mesma jogabilidade, só que em escala reduzida. Alguns deles podem ser resolvidos até mesmo sem o zoom, como é o caso do Boteco e da Mercearia, o que os tornam fases bem rápidas de serem concluídas.

Em contrapartida, há outros que possuem gatos tão pequenos que fica até difícil enxergá-los em meio aos objetos, como o Maracanã e o Carnaval, mas isso também não tira o esforço criativo por trás deles.

Outro ponto que pode ser negativo é que não há nada a ser feito após terminar todas as fases, e as mais curtas podem ser resolvidas em minutos, pois têm menos elementos que a tela principal.

Eu acho que vi cem gatinhos… e o Machado de Assis, o Chacrinha e o Tim Maia?!

Desde a época em que esse tipo de atividade era comercializada em livros, como no famoso “Onde está o Wally?”, é normal que os cenários tenham composições exageradamente coloridas e cheias de situações engraçadas. A conveniência deste Hidden Cats ser no Rio de Janeiro é que não precisamos de muito para entender as diversas referências, o que torna a procura ainda mais divertida.

No mapa principal, que traz os principais pontos turísticos do Rio, por exemplo, além de encontrar os gatos, também é necessário achar algumas pessoas. Algumas delas são apenas turistas e residentes comuns, porém outras são alusões a artistas famosos, cariocas ou não.

No meio da Cidade Maravilhosa, achamos presenças ilustres que se parecem bastante com: Cartola, Agostinho Carrara — personagem da Grande Família, interpretado pelo ator Pedro Cardoso —, Tom Jobim, Raul Seixas, Xuxa, Machado de Assis, entre outros, com as devidas liberdades de aparência, para não ficar muito na cara.

A do Maracanã também é ótima nas referências futebolísticas. Além de colocar torcedores do que parece (muito) ser um Flamengo x Botafogo, temos repórteres, técnicos, cartazes da torcida, os mascotes Fuleco (Copa de 2014) e Canarinho “Pistola” (Seleção Brasileira). Até mesmo um vira-lata caramelo aparece para comemorar a vitória rubro-negra.

Tudo isso é embalado por uma trilha sonora leve, mas que usa de maneira bem colocada os principais ritmos cariocas: a bossa nova, o funk e o samba. Não importa se você vai demorar minutos ou horas procurando os gatos, é inevitável não balançar a cabeça ao ritmo da música de fundo.

Talvez, de tudo isso, a única tela que não me agradou tanto foi a do Carnaval. Ela é a que traz mais pessoas para serem encontradas além dos gatos. Eu sei que expliquei acima que a graça desses cenários são várias coisas engraçadas acontecendo ao mesmo tempo para dividir a atenção do jogador, porém essa especificamente me pareceu mais uma bagunça qualquer, sem a mesma criatividade das demais.

Venha pelos gatos, fique pela diversão

Hidden Cats in Rio de Janeiro traz uma pitada de brasilidade devida a uma franquia que faz os jogadores rodarem o mundo procurando gatinhos. A escolha de cenários, situações e referências foi muito boa, fazendo com que esta entrada na série seja tão interessante quanto os demais jogos, além de ter um apelo especial para nós do Brasil.

Prós

  • As fases trazem situações divertidas, criativas, e diversas referências às personalidades brasileiras;
  • A tela principal do Rio de Janeiro consegue reunir bem os principais pontos turísticos da cidade;
  • Mais de 800 gatos para serem achados nos pontos turísticos do Rio de Janeiro;
  • Os cards com informações sobre os cartões-postais foram uma ótima sacada.

Contras

  • Baixo fator replay;
  • Em algumas fases, há gatos bem pequenos, difíceis de serem vistos até com o zoom no máximo;
  • A tela do Carnaval é um tanto confusa e bagunçada.
Hidden Cats in Rio de Janeiro — PC/PS4/PS5/Switch/XBO/XSX — Nota: 8.0
Versão utilizada para análise: PS5
Revisão: Alessandra Ribeiro
Análise feita com cópia digital cedida pela Silesia Games
OpenCritic
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Carlos França Jr.
é amante de joguinhos de luta, corrida, plataforma e "navinha". Também não resiste se pintar um indie de gosto duvidoso ou proposta estranha. Pode ser encontrado falando groselhas no @carlos_duskman
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