Final Fantasy XII The Zodiac Age: dicas para iniciantes

Um dos títulos mais grandiosos da franquia traz uma enxurrada de sistemas e mecânicas para aprender, mas não precisa se assustar.

em 21/09/2025

Lançado em 2018, Final Fantasy XII: The Zodiac Age é um remaster do clássico da Square Enix. Baseado na versão internacional de PS2 (International Zodiac Job System), ele chegou trazendo várias melhorias de qualidade de vida: possibilidade de atribuir mais de um job para cada personagem, aceleração do jogo em até 4x, além de ajustes gráficos e de interface que deixam a experiência mais fluida.

Já em seu lançamento original, esse RPG se destacava pela escala. Seus equipamentos variados, como armas, armaduras e acessórios, caçadas contra inimigos poderosos, sistemas de roubo de itens raros, exploração com baús de aparição aleatória, além de uma gama enorme de efeitos de status. Para quem chega agora, a quantidade de conteúdo pode parecer esmagadora.

Mas calma: reunimos aqui algumas dicas essenciais para suavizar a curva de aprendizado e tornar sua jornada por Ivalice muito mais tranquila.

Exploração

A exploração em Final Fantasy XII: The Zodiac Age é um dos pontos altos da experiência. O mundo de Ivalice é vasto e interligado, repleto de regiões que se expandem conforme a história avança. Desde o início, o game encoraja o jogador a desviar da rota principal para conhecer áreas opcionais, encontrar baús escondidos e desbloquear novos caminhos. Esse ritmo mais aberto é parte da identidade do jogo e dá liberdade para montar sua própria jornada.

As sidequests desempenham um papel fundamental na construção desse ritmo. As caçadas, por exemplo, introduzem a inimigos especiais e recompensas únicas, além de serem uma ótima maneira de aprender a usar os sistemas de combate mais a fundo: como buffs, debuffs ou fraquezas. Elas podem parecer opcionais no começo, mas rapidamente se tornam indispensáveis para conseguir equipamentos e gil (dinheiro).


Outro detalhe é que nem toda exploração vai resultar em vitória imediata. É comum encontrar inimigos muito mais fortes do que seu nível atual. Nesses momentos, o melhor é aprender a recuar, voltar mais tarde e transformar aquela frustração em um objetivo. Isso reforça a sensação de progressão e conquista, já que cada retorno a uma área pode revelar novos segredos.

Por fim, a exploração é também a forma mais eficiente de se familiarizar com os cenários e sistemas. Andar sem pressa, testar estratégias contra monstros diferentes e observar como os baús reaparecem ajuda a evitar frustração. O ritmo pode parecer lento para iniciantes, mas logo se percebe que é justamente essa cadência que dá charme ao jogo.


Equipamentos

No começo é comum sentir-se limitado pelas armas e armaduras básicas, mas algumas peças dão um salto enorme de poder logo cedo. A Broadsword continua sendo uma boa primeira compra para personagens físicos, enquanto um escudo simples ajuda bastante na defesa contra inimigos iniciais. Para ataques à distância, o Short Bow, vendido cedo nas lojas, já facilita o enfrentamento de monstros voadores.

Mas a arma que realmente chama atenção no início é a Gladius, uma adaga com atributo de vento. Ela pode ser roubada do inimigo raro Lindbur Wolf no Westersand, antes mesmo dos eventos no Palace. Para fazê-lo aparecer, é preciso eliminar 20 Wolves na região e depois seguir para o beco sem saída chamado Shimmering Horizons em Galtea Downs. O Lindbur Wolf surgirá lá.


O truque para farmar é simples, mas exige cuidado: use Protect em si mesmo, lance Blind no Lindbur Wolf e atraia-o até a linha de zona, para que possa atravessar e se curar sempre que necessário. Como a chance de roubo é apenas 3%, pode levar um tempo até conseguir a Gladius. Mas vale a pena: equipada em um Shikari, ela praticamente “carrega” o começo do jogo.

Outro equipamento poderoso obtido cedo é o Burning Bow, que pode ser roubado de inimigos como o Dive Talon em áreas acessíveis ainda na primeira parte do jogo. Combinado a Fire Arrows, ele se torna devastador contra inimigos fracos a fogo. Ao alinhar esses equipamentos raros com os jobs certos, como Shikari e Archer, o jogador ganha uma vantagem enorme e pode economizar gil para outras prioridades.



Experiência

Ganhar experiência exige estratégia. Apenas enfrentar monstros comuns nem sempre é eficiente. Logo no início, muitos jogadores recorrem ao famoso Dustia Farm, que acelera bastante o crescimento da equipe.

O Dustia é um inimigo morto-vivo encontrado no deserto de Dalmasca Westersand, na região de The Midfault, logo após sair de Rabanastre. O segredo é que, por ser morto-vivo, ele morre instantaneamente quando atingido por Phoenix Down, Raise ou magias de cura. Assim, um inimigo perigoso se transforma em uma mina de experiência.


O método mais comum funciona assim: com Vann e Penelo na party, deixe um deles com até 10% de vida, entre na área, use uma Phoenix Down assim que o Dustia aparecer, e atravesse a zona imediatamente. Ao voltar, ele estará de novo no mesmo lugar, pronto para repetir o processo. Esse ciclo pode ser feito quantas vezes quiser, garantindo níveis altíssimos logo no início. Além da EXP e LP, o Dustia pode dropar o Book of Orgain, que gera muito gil quando vendido, tornando o farm duplamente vantajoso.

Outra forma poderosa de ganhar experiência e loot é aproveitar o sistema de Chains. Ao derrotar vários inimigos do mesmo tipo em sequência, sem trocar de alvo, o jogo começa a formar uma corrente (chain). Quanto maior a chain, melhores as recompensas: o inimigo passa a dropar mais itens, com chances maiores de saírem versões raras. Esse método é ótimo para farmar loot específico para o bazar ou até mesmo gil, e de quebra rende bastante EXP e LP. Por exemplo, encadear Wolves no Westersand ou Skeletons nas Lhusu Mines é uma forma eficiente de upar logo no começo.




Muito mais por aí

A riqueza de Final Fantasy XII: The Zodiac Age vai muito além do combate e da progressão. O jogo oferece uma sensação de mundo vivo, onde cada cidade tem sua própria atmosfera, música e elenco de NPCs que contribuem para a imersão. Andar pelas ruas de Rabanastre, por exemplo, já é uma experiência memorável por si só.

Outro aspecto que amplia a diversão é o sistema de gambits, que permite programar o comportamento da equipe em batalha. Essa mecânica dá ao jogador controle estratégico, ao mesmo tempo em que reduz a repetição de comandos. Dominar os gambits transforma a maneira de jogar e cria um fluxo de combate muito mais natural.


Além disso, há sempre segredos espalhados pelo mapa, desde baús escondidos até monstros raros que aparecem em condições específicas. Para os jogadores mais curiosos, o game se transforma em uma grande caça ao tesouro, recompensando cada detalhe observado. Essa sensação de descoberta constante é o que mantém a jornada fresca, mesmo depois de dezenas de horas.

Por fim, The Zodiac Age é uma experiência que cresce junto com o jogador. À medida que as mecânicas se tornam familiares, é possível perceber como cada sistema se conecta e como tudo faz sentido dentro da estrutura do jogo. O começo pode assustar, mas a recompensa é um RPG profundo, variado e inesquecível.


Revisão: Johnnie Brian
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Matheus Bigai Ferreira
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