Disponível em Open Beta desde 22 de maio, Splitgate 2 é um FPS multiplayer competitivo que combina tiroteios em arena com uma mecânica criativa de portais — sim, portais no melhor estilo Portal da Valve. A proposta é clara: oferecer partidas rápidas, estratégicas e cheias de ação em equipe, em mapas pensados para premiar a movimentação inteligente e a coordenação entre jogadores.
FPS com DNA clássico e boas referências
Jogando, senti que Splitgate 2 bebe direto da fonte dos grandes FPS de arena. A movimentação lembra Halo, o ritmo das trocas de tiro remete a Call of Duty, e as armas têm uma pegada que lembra Quake. Mesmo assim, o jogo não parece uma colcha de retalhos: ele tem identidade, graças ao bom design dos mapas e aos portais que realmente mudam a dinâmica da partida.
As lutas não se resumem ao "spray" de perto. A troca a média e longa distância é comum, exigindo mais posicionamento e visão de jogo. A movimentação moderna, com direito a slide, ajuda muito nesse ritmo mais fluido.
Portais que mudam tudo
A mecânica de portais não é só um diferencial estético. Durante as partidas, eles se mostram centrais para o ritmo do jogo, permitindo desde flancos criativos até fugas inesperadas. Dá para usá-los ofensivamente, criando ângulos improváveis; defensivamente, sobrepondo os portais inimigos; ou estrategicamente, na movimentação do time.
O sistema é intuitivo, mas com profundidade: quanto mais você joga, mais percebe o potencial tático escondido ali. A depender da criatividade, pode-se esperar até um metajogo de portais por mapa em um cenário competitivo.
Mapas e modos: altos e baixos
O beta de Splitgate 2 trouxe quatro modos principais:
- Arena: o modo principal, no formato 4v4, com mapas menores e uma rotação de submodos clássicos como Mata-Mata em Equipe, Splitball, Zona da Bala, Dominação, entre outros;
- Big Head Snipers: um modo descontraído e divertido no qual todos os jogadores estão com cabeças gigantes e só usam fuzis de precisão — mas que, por conta da pouca procura de jogadores, tornou difícil encontrar partidas;
- Takedown: um modo competitivo no qual, a cada rodada, sua equipe deve eliminar completamente o time adversário antes que um deles consiga reviver;
- Highwire Havoc: três equipes em mapas gigantes, com combates massivos e bastante caos.
Sobre os mapas, os do modo Arena são, disparadamente, os mais bem desenhados. Compactos, bem distribuídos, cheios de rotas, ângulos e espaços para usar os portais de forma criativa. As gunfights ocorrem de todos os lados, com áreas centrais abertas que favorecem confrontos intensos.
Já no Highwire Havoc (modo 24v24), sinceramente, não me agradou. Achei os mapas confusos, grandes até demais, e o radar — que funciona super bem nos mapas pequenos — aqui não ajudava em nada. Parecia que eu estava sempre perdido, procurando onde estava a ação. Talvez, para quem é muito fã desse estilo de combate em larga escala, funcione, mas, para mim, não se alinhou tão bem com o restante da experiência.
Ação constante e decisões rápidas
Teve partida de mata-mata decidida na última kill. Teve Splitball em que roubei a bola da base inimiga, ativei o poder do personagem, corri usando portais e garanti a vitória para o meu time. E essas são as coisas que fazem Splitgate 2 ser tão divertido: o jogo recompensa sua criatividade e sua capacidade de pensar fora da caixa — além da mira afiada, claro.
Entre portais e headshots: o que esperar?
Splitgate 2 é, acima de tudo, um jogo divertido — e isso não é pouco. Ainda que não reinvente o gênero FPS, ele adiciona uma camada de criatividade que falta em muitos títulos da atualidade. É aquele tipo de jogo perfeito para abrir depois do trabalho, jogar algumas partidas com os amigos e sair com boas histórias para contar.
Se você curte Halo, Call of Duty ou até Quake, vale o teste. Se os desenvolvedores continuarem nessa linha e ouvirem a comunidade, o futuro parece promissor.
Atualização quente: durante a Summer Game Fest, em 6 de junho, a desenvolvedora anunciou um modo Battle Royale gratuito para Splitgate 2. Ainda não tivemos a chance de testar, mas fica a dica: o jogo segue crescendo e promete ainda mais variedade nos próximos meses — e, claro, a GameBlast segue de olho em todas as novidades.
Revisão: Ives Boitano