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Análise: Greak: Memories of Azur (Multi) é uma bela e incrível aventura desenhada à mão

O título mistura vários gêneros em uma divertida e surpreendente experiência.

Desenvolvido pela Navegante e publicado pela Team 17, Greak: Memories of Azur nos desafia a ajudar três irmãos a desbravar as terras de Azur e fugir da invasão de monstros. Confira se esta grande mistura de aventura, plataforma, RPG e metroidvania vale a experiência.

Libertando Azur

Greak: Memories of Azur se passa na mágica terra de Azur, que está sendo invadida pelos terríveis Urlags. A história tem como protagonistas três irmãos que devem se reunir e se preparar para a luta contra os invasores. Começamos controlando Greak, o irmão caçula, que deve encontrar Andara e Raydel, seus irmãos mais velhos, para fugir de Azur e da ameaça dos monstros.


Enquanto desvendamos os segredos que essa terra mágica guarda, podemos conhecer mais deste belo mundo ao conversar com outros personagens, realizar missões e ler diversos livros. No meio do caminho, encontraremos aliados que irão beneficiar os heróis com novas habilidades e melhorias de inventário, além de oferecer missões secundárias.

Apesar da curta duração, o jogo oferece uma experiência divertida e desafiadora. O simples enredo conta uma bonita história sobre irmandade e união. Apesar de a família não ter muito conteúdo a oferecer para o enredo, podemos conhecer mais da interessante história de Azur e a longa rivalidade entre os Courines e os Urlags.

Luta em família

Conforme avançamos na história, reunimos Greak com seus dois irmãos para combater os Urlags e fugir da terra de Azur. Cada irmão possui habilidades específicas e diferentes formas de combate: Greak, o menor dos três, é ágil e pode entrar em lugares apertados; Adara utiliza magia arcana para levitar e atacar inimigos com tiros de energia; e Raydel, o mais velho, representa a força física e utiliza sua espada e seu escudo para eliminar monstros e defender seus ataques.

Novas áreas são acessadas conforme reunimos os irmãos, que dependem de cooperação para resolução de quebra-cabeças. É possível controlar cada personagem separadamente, inclusive cada um em uma parte diferente do cenário, ou simultaneamente, com todos respondendo aos mesmos comandos de pulos e ataques. 


Controlar os irmãos ao mesmo tempo, em momentos obrigatórios, será uma tarefa bem difícil e que exige bastante coordenação. Todos podem atacar juntos, mas devem se curar separadamente, o que deixa os demais vulneráveis enquanto isso. Alguns destes momentos de controle simultâneo em combate podem ser um pouco frustrantes até que se pegue o jeito.

Seria muito mais interessante se houvesse uma opção de multiplayer cooperativo, ao menos local, já que o jogo trabalha muito bem a colaboração entre personagens para solucionar puzzles e prosseguir a história. A pouca variedade de inimigos, na maior parte do tempo, deixa o jogo um pouco previsível após as primeiras horas.


Memories of Azur é uma grande mistura de gêneros: temos elementos de plataforma, quebra-cabeças, aventura, RPG e metroidvania. É possível conseguir novas técnicas para os personagens ao concluir missões secundárias, os heróis utilizam habilidade de pulo duplo, levitação ou gancho para alcançar plataformas, podemos comprar ou vender itens com comerciantes e cozinhar nossas próprias receitas de cura com ingredientes encontrados pelo mundo.

O visual 2D, todo desenhado à mão, é outro grande destaque do jogo. Cenários, inimigos e efeitos visuais chamam a atenção neste incrível mundo criado cheio de cor e detalhes. A trilha sonora, criada por uma orquestra ao vivo, também é muito boa, mas parece acontecer de forma aleatória. É comum ficarmos jogando quase no silêncio total (fora os sons de ambiente e ataques) por muito tempo até que, sem motivo aparente, alguma música começa a tocar.


Vale a pena

Greak: Memories of Azur surpreende ao misturar elementos de vários gêneros e nos belos gráficos desenhados à mão, tornando-se uma ótima pedida para fãs de estilos como plataforma e metroidvania. A jogabilidade é divertida na maior parte do tempo, mas o controle simultâneo de personagens em certos momentos pode frustrar um pouco. A trilha sonora, que acontece de forma aleatória, e pouca variedade de inimigos pode deixar a aventura um pouco monótona de vez em quando.

Prós

  • Belos visuais desenhados à mão;
  • Ótima trilha sonora;
  • Puzzles criativos que usam a cooperatividade entre personagens.

Contras

  • Comandar os heróis simultaneamente pode ser um pouco frustrante em certos combates;
  • As músicas tocam aleatoriamente, deixando alguns momentos um pouco monótonos;
  • Pouca variedade de inimigos.

Greak: Memories of Azur — PS5/XSX/PC/Switch — Nota: 8.0
Versão utilizada para análise: PS5

Revisão: Farley Santos
Análise produzida com cópia digital cedida pela Team 17


Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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