Blast Test

Trigger Run (PC): conhecendo um interessante hero shooter brasileiro no beta fechado

Testamos o divertido FPS brasileiro Trigger Run.

Desenvolvido pela 2Axion e publicado pela OnGame, Trigger Run é um hero shooter. Assim como o popular Overwatch, o jogo combina FPS com elementos de MOBA. Com uma grande variedade de personagens e a possibilidade de ser jogado em computadores mais modestos, o jogo demonstra potencial para ser uma divertida alternativa do gênero.

Uma miríade de personagens estilosos

No beta fechado, tive acesso a um treinamento e três modos competitivos. No treinamento, é possível aprender como os personagens se movimentam e sentir um pouco de suas funcionalidades na prática. Existem quatro grandes grupos: Ataque, Tank, Support, Defesa. Ao todo, o jogo apresenta 12 personagens, cada um com suas habilidades próprias e essa divisão ajuda a organizar equipes equilibradas.


Como minha primeira vez jogando um título do gênero, testei um pouco de cada personagem em busca de qual estilo melhor funcionaria para mim. Descobri que tenho mais facilidade com um dos tanks, Tagaloa, resultando em partidas melhores. Mesmo mais lento, sua habilidade de criar um grande escudo resistente continuamente e seu ataque especial que paralisa oponentes realmente ajudam muito.


Glider, o garoto do jetpack, tem uma movimentação vertical excelente e um ataque que é um campo elétrico de dano contínuo. Jack tem um ataque de investida paralisante e um especial que gera algo que se assemelha a um miniburaco negro, atraindo os inimigos com sua gravidade.

Lars tem um ataque básico bem rápido, uma granada, cura pessoal e uma metralhadora como especial. Valkyrie usa uma espada como ataque básico, o que força ela a estar mais próxima do inimigo, com uma habilidade de pulo para reduzir a distância e um especial em que ela gira a espada como um tornado.

Carmen tem a capacidade de curar seus aliados e seu especial a torna invulnerável além de restaurar a vida de aliados próximos. Scarlett é uma garota com tiros de gelo, uma mina que congela os inimigos e a capacidade de invocar um campo congelante ao seu redor.


Angel tem uma capacidade automática e lenta de cura, além de um especial que revive seus aliados. O tiro dela é rápido, ela consegue aumentar a agilidade de seus aliados próximos e ela tem uma bomba também. Por sua vez, a sniper Alice é pensada para ataques sorrateiros à distância, podendo melhorar a precisão da sua mira, ficar invisível, teleportar e seu especial localiza todos os inimigos no mapa.


Dragos tem uma arma que causa dano a curta distância, mas que se mantém reduzindo a vida do inimigo. Seu especial permite que ele absorva o dano recuperando vida, e ele pode se transformar em morcego por um curto período. Loki é mais focado em ataques explosivos à distância. Seu especial causa bastante dano e ele também tem uma técnica que o torna temporariamente invulnerável e depois lança um ataque de volta contra o adversário.

Por fim, Vincent é um ninja de ataques rápidos. Além do tiro básico, ele pode atordoar um inimigo, realizar um golpe de espada rápido (mas um tanto complicado em termos de posicionamento), escalar paredes. Quando ele derrota os inimigos, eles deixam orbes de energia que podem ser usados para se recuperar. Seu especial o torna ainda mais rápido.

Sinergia e organização


Todos os personagens têm seus próprios estilos e é divertido testá-los para encontrar o que melhor encaixa com o seu estilo, mas o mais importante nas partidas é garantir que a equipe tenha boa sinergia. Afinal, é um jogo de equipes e a organização dos jogadores pode fazer a diferença entre ser massacrado e ter uma vitória bem executada.

Das modalidades que estarão presentes no jogo final, tive a oportunidade de testar três estilos de partida online: escort, capture e arena. A primeira envolve uma equipe que deve empurrar um carrinho e outra que deve evitar que isso aconteça. Como o caminho do carrinho é fixo, o seu condutor vira alvo fácil dos inimigos. Sem cobertura da sua equipe, é muito improvável o sucesso.

A fase também conta com corredores laterais, que são estratégicos para ambas as equipes como caminhos rápidos para atravessar o território inimigo. Com eles, os defensores podem rapidamente criar duas frentes de ataque, enquanto seus adversários podem lançar investidas mais organizadas ao invés de só partir para cima de forma direta.
Já capture envolve assumir o controle de duas estátuas. Ao se aproximar de uma delas, inicia-se um processo de transformação da área para a cor da equipe. Cada grupo tem uma barra que é enchida com o tempo de domínio das estátuas e vence o que completá-la primeiro. Coordenar o grupo para lidar com essas duas frentes simultâneas é bem importante, implicando, por exemplo, em saber dividir o time para proteger uma estátua já dominada e atacar outra sob domínio da equipe adversária.


Por fim, arena é só pancadaria até eliminar o time inimigo. Coordenação da equipe ainda faz parte, mas é um modo bem mais direto ao ponto. Sem respawns, um único jogador bem posicionado pode fazer um grande estrago.


Apesar de inicialmente achar o conceito das missões, como "empurrar um carrinho", um pouco tosco, confesso que me diverti com os três. O que vejo de problemas são detalhes técnicos que podem muito bem ser resolvidos para a versão final.

Primeiramente, o lag me incomodou bastante, com ocasiões em que a movimentação dos inimigos claramente tinha sido cortada, dando a impressão de que eles teleportaram. Encontrei bugs de interface envolvendo menus que não abriam ou se sobrepunham, e senti falta de variedade nas fases, que eram apenas uma por modo e tinham um visual genérico que não chamou a minha atenção.

No meu tempo com o jogo também havia poucas pessoas jogando, o que fez com que as partidas demorassem a começar, tivessem menos participantes (em uma delas, cheguei a jogar 1vs1). Até acabei entrando em uma partida que já estava em andamento há um bom tempo.

De forma geral, como o primeiro título que tive contato do gênero, o saldo foi positivo. Existe uma boa variedade de personagens estilosos e, com uma equipe bem coordenada, dá para aproveitar bem as sinergias entre os seus tipos. Considerando que um dos focos dele é rodar também em computadores mais fracos, parece ser uma boa alternativa para quem tem interesse no estilo. Especialmente com mais modos e fases, além da correção dos probleminhas, deve valer a pena dar uma conferida no jogo final.


Matéria produzida durante o teste beta fechado disponibilizado pela OnGame Entretenimento.

é formado em Comunicação Social pela UFMG e costumava trabalhar numa equipe de desenvolvimento de jogos. Obcecado por jogos japoneses, é raro que ele não tenha em mãos um videogame portátil, sua principal paixão desde a infância.
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