Top 10

10 Pérolas Esquecidas do PlayStation 3

Todo mundo carrega uma lista de jogos queridos, mas esquecidos no tempo. Junte-se a nós e brinde a nostalgia em nosso top 10 de jogos esquecidos no PS3.



Recentemente a Sony revelou que o PlayStation 3 registrou a incrível marca de mais de 1 bilhão de jogos vendidos. Com a difícil tarefa de dar continuidade ao legado de sucesso de seu antecessor, o PS3 teve um lançamento morno em 2006, entregando poucas opções de jogos, mas foi questão de tempo até a fornalha de jogos esquentar e pegar um ritmo absurdo de produção de franquias de sucesso.


Infelizmente todo console carrega sua lista de jogos esquecidos por diversos motivos, sejam eles problemas com a desenvolvedora, baixa receptividade do público geral, entre outros. Deixando no ar aquela sensação de que poderia ter sido algo muito maior e melhor. Motivados por isso, nós do Gameblast elaboramos uma lista com os principais títulos que ficaram esquecidos. Vale ressaltar que a lista a seguir reflete a opinião do autor, podendo entrar em desacordo com outras opiniões e que alguns títulos podem ser relançados para outras plataformas.

10 - Lair (2007)


Lair é um claro exemplo de como apostas erradas podem arruinar ideias promissoras. Imagine-se na pele de um domador de dragões em uma terra devastada por vulcões, onde você deve tomar partido em uma guerra entre povos, montado em seu dragão gigante e distribuindo labaredas de fogo para todos os lados, é para matar qualquer Daenerys de inveja! O grande problema de Lair foi a escolha da Sony em basear toda a jogabilidade do título em sua, então nova, tecnologia o Sixaxis. Para os marujos de primeira viagem, trata-se de um sensor de movimento presente no joystick que não apresentou um aproveitamento satisfatório.

Aqui vemos uma ideia interessante de enredo, com um conceito pouco explorado, gráficos até bonitos para época e uma trilha sonora muito bem orquestrada. Entretanto, tudo isso foi manchado por conta do Sixaxis. Acertar inimigos específicos no mapa era uma verdadeira prova de contorcionismo. Embora um patch de correção tenha sido lançado posteriormente reduzindo drasticamente o seu uso, já era tarde demais para corrigir o estrago causado.

9 - 3D Dot Game Heroes (2009)


Esse é o tipo de jogo que faz valer o sentido de nostalgia em um título. 3D Dot Game Heroes une conceitos clássicos de games da antiga, apresentando um mundo "pixelado" repleto de dungeons a serem exploradas no melhor estilo The Legend of Zelda. O ponto que mais chama atenção é a construção dos personagens realizada de forma minuciosa, dando margem para versões "pixeladas" de acordo com o que a sua imaginação e tempo permitirem. Não se enganem pela aparência, pois desafio foi outro ponto muito bem referenciado aqui. Não é a toa que a From Software esteve por trás da publicação do jogo. 

8 - Motorstorm: Apocalypse (2011)


Motorstorm era um prato cheio para os amantes de jogos de corrida arcade. A franquia oferecia corridas frenéticas regadas a nitro, boa variedade de veículos, trilha sonora com muitos dubsteps remixados, pistas muito bem caracterizadas com cidades devastadas e sendo alteradas o tempo inteiro por terremotos e explosões, bem no clima pós-apocalíptico. Era uma excelente pedida para aquela disputa local com os amigos e até mesmo a opção online que funcionava muito bem para a época.

7 - Dragon's Crown (2013)


Temos aqui uma pérola do gênero Beat 'em Up, Dragon's Crown traz elementos característicos de clássicos como Dungeons & Dragons e Knights of the Round. E como todo jogo desse estilo que se preze, ele traz experiências multiplayers off-line e online muito gratificantes, podendo ser jogado em até quatro pessoas. Apesar das personagens parecerem criadas por um tarado, devido ao apelo sexual, o jogo traz um conceito artístico de cair o queixo, com cenários pintados à mão e artes sobrepostas para gerar o efeito de profundidade. Mesmo com uma campanha curta, novos níveis de dificuldade e caminhos paralelos são liberados após a conclusão das fases, aumentando sua longevidade.

Felizmente, o título foi adicionado a lista de jogos da PSN no dia 15 de maio de 2018 com suporte a resolução 4K, nova trilha sonora orquestrada e a opção de cross-play com as versões de PS3 e PlayStation Vita. 

6 - Little Big Planet Karting (2012)


Pegue toda a fórmula criativa e inusitada da série Little Big Planet e junte com elementos de Mario Kart. O resultado é um jogo de corrida simples em sua mecânica e infinito em suas possibilidades. A  regra aqui permanece a mesma da franquia: jogue, crie e compartilhe. Embora longe de alcançar seu principal concorrente, LBP Karting foi um excelente quebra galho para jogatinas casuais com amigos, repletas de gentilezas ódio.

5 - Folklore (2007)


Por conta do choque cultural que ocorre entre ocidente e oriente, grandes títulos acabam não recebendo o devido destaque. Considero Folklore um desses casos, pois é o tipo de jogo que cumpre muito bem o seu papel como um excelente RPG de ação. Com um enredo original, aqui encaramos a pele de um dos dois personagens jogáveis: o jornalista investigativo Keats ou a jovem universitária Ellen. Ambos são atraídos até a cidade de Doolin, na Irlanda, onde irão se deparar com uma trama envolvendo assassinatos, mistérios e mitologia Celta.

Os elogios não ficam só pela trama bem elaborada, merecendo destaque por seu gameplay fluído em cenas de combate contra criaturas mitológicas. Colete suas almas para aumentar seu arsenal de ataques e variações. O visual encanta os olhos, mostrando que bons gráficos estão mais relacionados a uma boa direção de arte com ambientes imersivos.  

4 - Resistance (2011)


Imaginem um cenário utópico onde após os conflitos da Primeira Grande Guerra, a raça humana deixaria suas diferenças de lado e uniria esforços para evitar recorrências. Um verdadeiro paraíso na Terra a ser arruinado com a vinda da raça Quimeriana, extraterrestres especializados em escravizar outras raças, expandindo seu poderio. Em meio ao caos generalizado, entramos na pele do sargento Nathan Hale para deter o avanço da invasão a todo custo em Resistance.

O ponto alto aqui fica cargo da boa ambientação, retratando cenários conhecidos da Europa totalmente destruída pela invasão e de seus tiroteios rápidos, marca registrada de shooters como Doom e Quake. O clima de tensão é constante graças ao bom trabalho da Insomaniac Games em transmitir a sensação de passar por lugares devastados por uma guerra perdida, com a incerteza do que encontraremos pela frente.

3 - Puppeteer (2013)


Se acomode bem e aprecie um maravilhoso espetáculo. Capturado pelo temível rei Urso, o jovem Kutaro é transformado em marionete e tem sua cabeça devorada. Com a ajuda de sua amiga Pikarina, uma fadinha de personalidade forte e da poderosa tesoura Calibrus, que irão guiá-lo em sua jornada repleta de obstáculos para salvar outras crianças e livrar-se da maldição do maléfico rei. 
Através dessa estória somos apresentados a uma das narrativas mais criativas e bem feitas. Todo conto é narrado e apresentada na forma de teatro de marionetes, com direito a plateia interagindo!

Tudo acontece de forma tão fluída e divertida, incentivando a ir cada vez mais fundo nesse conto de fadas que parece vir da cabeça do Tim Burton em um filme da Disney. Os cenários são recheados de detalhes e através da tesoura mágica, Kutaro irá recortar - literalmente - pelas mais variadas fases, enfrentando desde tigres raivosos, até bruxas do mal no melhor estilo de jogo plataforma.

2 - Playstation All-Stars Battle Royale (2012)


É quase impossível imaginar a Sony ou até mesmo a Microsoft criando um jogo que faça uso de seus personagens sem parecer estranho. Desde o Nintendo 64 que a Nintendo faz isso majestosamente bem com seu título de luta mais famoso: Super Smash Bros. O que parecia improvável tornou-se realidade quando a SuperBot em parceria com a Santa Monica Studio trouxeram sua versão intitulada Playstation All-Stars Battle Royale.

O elenco impunha respeito e unia personagens realistas com figuras fofinhas, como Kratos e Ratched & Clank. Eram ao todo 24 lutadores selecionáveis entre exclusivos da Sony e convidados de franquias conhecidas: Big Daddy de Bioshock e Sweet Tooth da série Twisted Metal. A mecânica do jogo funcionava com batalhas em até 4 jogadores disputando quem contabilizava mais kills com especiais devastadores que eram um show a parte.  As lutas aconteciam em fases marcantes de títulos da Sony, com mudanças interativas ocorrendo em segundo plano.

Mesmo com o dever de casa bem feito para uma estreia, o game sofreu críticas pesadas, foi taxado de plágio do principal concorrente na Big N, sendo descontinuado pela Sony.

1 - Heavenly Sword (2007)



Hack and Slash é um dos gêneros mais queridos pelo público geral. Em meio a toda essa popularidade, franquias de peso nasceram e continuam ativas até hoje, sendo reinventadas e ampliando ainda mais sua base de fãs. Em contrapartida, muitos títulos surgiram, trouxeram seu brilho, mas foram esquecidos com o passar do tempo. Heavenly Sword é um desses casos.

A trama gira em torna da profecia da espada divina. Uma arma poderosa capaz de dizimar exércitos e controlar o curso do mundo que acaba caindo na terra após o embate de uma entidade poderosa contra um ser demoníaco. Após numerosos conflitos, a espada é finalmente protegida pela tribo de Nariko, uma habilidosa artista marcial que busca provar seu valor e acredita na profecia de que a divindade reencarnaria no escolhido para mais uma vez empunhar a espada e combater o mal imposto pelo exército do maligno Rei Bohan.




Em termos de combate, utilizamos três variações da espada: normal, pesada e rápida, cada uma mais propícia para determinado tipo de oponente. Além disso, era possível arremessar objetos, controlando sua trajetória em um eficiente sistema de ricochete. Há momentos no jogo em que controlamos a personagem Kai, uma jovem da tribo e admiradora de Nariko, com ela enfrentamos os inimigos à distância com sua besta, variando a mecânica de gameplay.

Além disso, o game marca pelo esmero da Ninja Theory que soube explorar muito bem os recursos do PS3 apresentando cenários ricos em detalhes, um sistema de combate fluído e personagens carismáticos em meio a uma trama bem estruturada. Vale enfatizar o memorável trabalho, até para os dias de hoje, com captura de movimento, contando com grandes nomes como Anna Torv (Fringe) e Andy Serkis (Senhor dos Anéis), que inclusive dirigiu essa etapa do processo.


Embora não tenha apresentado grandes inovações, Heavenly Sword soube utilizar todas as características desse estilo de jogo e foi um grande chamariz para o PS3 em seu lançamento. Uma trilogia foi planejada para época, não chegando a sair do papel devido ao foco da desenvolvedora em outros títulos e que hoje pertence a Microsoft, tornando ainda mais improvável as chances de uma continuação. 

O PS3 ficou longe de quebrar recordes e descansou na sombra do que foi o PS2, entretanto, merece seu lugar de destaque por nos apresentar a títulos inesquecíveis e que deixaram saudade no coração de muitos gamers.

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Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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