Overwatch (Multi) — Conhecendo a história: fundação

Embarcamos no mundo de novo sucesso da Blizzard para conhecer melhor sua história. Na primeira parte, falaremos da 1ª Crise Omnica e da formação da Overwatch.

em 01/10/2016
Não é apenas o incrível detalhamento e preocupação com o visual e design dos personagens que faz Overwatch conquistar tão facilmente. Existe toda uma história por trás de cada um dos heróis, contada por sua roupa e habilidades, mas também por informações que podem ser captadas nos cenários e em suas falas. E a Blizzard resolveu usar de outras mídias também, fazendo com que uma parte menos central da experiência do jogo, sua história, possa ser compreendida através de hqs, curtas, sites e imagens.


Vamos, ao longo das próximas semanas, contar essa história que está por trás do game e que muita gente não conhece. Também iremos, conforme for possível, especular sobre possíveis novos heróis e cenários. Antes de iniciarmos, é importante indicar que os personagens como aparecem no jogo, em suas skins default, representam como estão no presente daquele universo (algo em torno do ano 2080). Mas toda a história começa muito antes, por volta do final da década de 2020.

A crise Omnica

Por volta de 2028, uma companhia focada no ramo da robótica e da inteligência artifical começou a operar. A empresa, chamada Omnica Corp., revolucionou a produção de robôs e autômatos, inclusive desenvolvendo softwares com algoritmos que se desenvolviam a si mesmo ao longo do tempo e que controlavam as fábricas (os chamados omniums). A promessa era de uma era de riqueza sem precedentes e avança tecnológico.

Durante alguns anos diversos tipos de vida robótica - chamados de Omnicos - começou a fazer parte da sociedade global (já que a Omnica e seus produtos estavam em todos os continentes). Questionamentos começaram a surgir; religiosos pensavam se essas máquinas podiam possuir uma alma; filósofos identificavam nesse processo mais uma quebra de paradigma e um momento importante para a discussão sobre o próprio conhecimento e a razão; sociólogos e economistas estudavam os impactos no mundo do trabalho e da produção; o mundo todo conheceu uma realidade que mudava cada vez mais rapidamente.



Já próximo ao ano 2040, tudo começou a se mostrar diferente. O que foi prometido não havia sido cumprido de forma plena, os omniums começaram a dar problema, e análises demonstravam que o quadro pioraria a partir dali. Acusada de corrupção e fraude, a Omnica foi fechada e suas fábricas tiveram as atividades encerradas.

Cerca de cinco anos após o fechamento das operações da Omnica, os próprios omniums começaram a se ligar, retomando controle de fábricas e de outros omnicos, utilizando sua capacidade produtiva para gerar máquinas de guerra. Entre aviões e grandes máquinas, essas fábricas geravam um grande número de unidades de ataque e cerco. E é aqui que entra o primeiro personagem que conhecemos no jogo, já que Bastion é um desses robôs de ataque.
A crise se transformou em guerra e atingiu muitos países.
A unidade E54, nosso querido Bastion, só seria construída cerca de 5 anos depois do começo do conflito, mas é justamente um dos guerreiros que ocupavam a linha de frente dos exércitos omnicos. Ninguém sabe o motivo exato, e é comum que os humanos considerem que não fizeram nada de errado, mas os omniums resolveram atacar.

Nenhum país, mesmo o mais avançado e com exércitos mais preparados, conseguiu aguentar a eficiência dos omnicos em matar. O curta-metragem “The Last Bastion” nos mostra justamente como eram essas guerras, e o absoluto poderio das máquinas.

Mostra, também, duas coisa importantes. A primeira é que os robôs eram controlados e programados para matar pelos omniums. Isso fica claro no curta e também na história em quadrinhos de número 5, que mostra a Pharah, em um momento mais próximo de 2080, enfrentando uma dessas consciências artificiais divinas, o Anubis.

A segunda coisa mostrada que nos importa é a resistência isolada dos países. Mesmo a Alemanha, um país rico, com grande exército e uma incrível unidade conhecida como a Ordem dos Cavaleiros (da qual fazia parte, desde aquele momento, Reinhardt), não conseguia lidar com a investida das máquinas. Imagine um mar de “Bastions” em forma sentry, apoiados por aviões e outros grandes robôs! O mapa Eichenwalde mostra justamente o que sobrou desse conflito.
Um dos easter eggs mais legais do mapa é essa pintura que mostra as espécies de aves da região, dentre elas a do passarinho que acompanha o Bastion.
Um por um os países iam se desesperando, e a batalha chegando às cidades e aos civis. As Nações Unidas resolveram, então, adotar outra estratégia.

A Criação da Overwatch

Buscando guerreiros especiais que se destacavam em diferentes campos de batalha, a ONU montou uma nova organização para combater os omniums. Nasceu a Overwatch, encabeçada pela equipe de missões especiais formada por 6 grandes guerreiros: Gabriel Reyes, Jack Morrison, Ana Amari, Torbjörn Lindholm, Reinhardt Wilhelm e Liao, cujo nome completo desconhecemos, e não sabemos ao certo se é um homem ou uma mulher.

Esse indivíduos mostravam, mesmo durante as duras derrotas nas guerras omnicas, um alto grau de controle, pensamento estratégico e capacidade de execução. Torbjörn, por exemplo, era um engenheiro de primeira; já Ana demonstrava possuir liderança e mira perfeita; Reinhardt impressionava pela força física e senso de justiça; e Jack era um brilhante estrategista e comandante durante as operações. O líder da unidade era, entretanto, Gabriel Reyes, um excelente soldado que havia se destacado ao longo de sua carreira.

Através de missões secretas focadas em desligar diretamente os centros de comando e protocolo das máquinas, e principalmente os omniums, a equipe conseguiu colocar um fim à Crise Omnica por volta do início da década de 2050.


A Crise foi superada, mas ainda haviam muitos problemas ao redor do mundo. Robôs que formaram grupos paralelos, terroristas, violência, e mais uma infinidade de perigos que não dependiam diretamente da existência de omnicos voltados contra as pessoas. A ONU decidiu manter e ampliar a iniciativa Overwatch, que cresceria em número, pessoal e áreas de atuação.
Novos guerreiros em breve se juntariam à organização.
Isso marca o início da Era de Ouro da organização, que ajudaria diretamente em diversos campos do conhecimento e das ciências. Seus membros tornaram-se verdadeiras lendas e heróis para toda uma geração, jovens e crianças que cresceram com o ideal de uma organização heróica e correta, pelo menos até que as coisas começassem a desandar.

Talvez o começo dos problemas tenha se dado pela condecoração maior de Jack Morrison, que passou a ser o comandante da Overwatch. O futuro mostraria que, por um motivo ou outro, Reyes se tornou insatisfeito com parte dos rumos da organização e seu papel dentro dela.
As crianças se empurravam, se empoleiravam e, eventualmente, se ameaçavam para ver quem ia chegar mais perto. Os maiores ganhavam, através da violência, o direito de se aproximar da rua, apenas para ver muralhas de costas adultas e adolescentes à sua frente. A partir daí, não havia ação agressiva que pudesse lhes fazer ganhar daqueles maiores que eles. Sempre vai haver alguém maior, mais alto, mais velho, mais inteligente, ou mais qualquer outro adjetivo. Sempre vai haver alguém melhor.

A não ser que você fosse aquele homem gigante que tomava metade da Baker Street, a quem as pessoas gritavam e admiravam, esperando um olhar ou sorriso. Não havia ninguém mais forte que Reinhardt Wilhelm. Pelo menos não um humano… que bom que aquele tempo acabou.

Uma pequena garota conseguiu ver apenas um pedaço da armadura do herói, queria ver mais. Ela nunca ia ser a maior, ou a mais forte, ou a mais bela, como insistiam em lhe lembrar os maldosos garotos da escola, mas, das pessoas que conhecia, ela era a mais rápida.

Por entre as grandes pernas, mar de pernas que se moviam como algas no mar tampando o caminho a frente, a menina ia seguindo. Conseguiu correr tão rapidamente a ponto de encontrar um espaço bem próximo à grade. Os dois heróis vinham no meio da rua, cada vez mais perto. Lena Oxton então viu o que queria. Ana Amari sorriu para ela, ou assim a criança interpretou.

O destino de Liao

Dos seis fundadores, cinco são jogáveis no momento. Resta Liao, pessoa que não sabemos se está viva ou não. É possível que sua morte tenha sido um momento de tensão no grupo, e ao mesmo tempo é possível que tenha sido só uma morte aparente (vários personagens foram considerados mortos em algum momento da história, incluindo Ana e os próprios Soldier 76 e Reaper), se é que ele (ou ela) realmente morreu.

O que sabemos de Liao até o momento é que possui um sobrenome chinês, o que não garante uma conexão com Mei, mas também não descarta. É possível que ele seja o rapaz à esquerda da foto acima, já que mostra membros antigos da organização.


E algumas pessoas apontam que ele pode ser um desses:

Pessoalmente, acredito que ele não estaria no grupo dos indivíduos que o Winston pensa em chamar para remontar o Overwatch, já que imagino que ele está ou morto ou considerado morto. Mas, ainda assim, é possível que seja um destes.

Nós, provavelmente, teremos alguma resposta em novembro, quando o quadrinho Overwatch: First Strike for publicado. Ele mostrará a primeira equipe de ataques da organização, e é esperado que vejamos Liao.

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Semana que vem continuaremos com a expansão da Overwatch, a era de ouro e a queda da organização.
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