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Análise: DmC Devil May Cry: Definitive Edition (Multi) prova que nem toda remasterização é uma má ideia

Após ouvir as críticas em 2013, a Capcom e a Ninja Theory tornaram o reboot de Devil May Cry ainda mais incrível!


Quando a Capcom se uniu à Ninja Theory para criar um reboot para Devil May Cry em 2013, muitos fãs torceram o nariz. As mudanças drásticas no visual de Dante, somadas a uma ambientação completamente diferente do que todos estavam acostumados assustou tanto quanto os visuais cartunescos de The Legend of Zelda: The Wind Waker em 2001.


Felizmente, as desenvolvedoras calaram a boca de quase todos os céticos e entregaram um jogo excepcional. DmC: Devil May Cry não só possuía uma história extremamente bem contada como também uma jogabilidade fora de série.



Hoje, dois anos depois, o título recebeu sua edição definitiva! DmC: Devil May Cry: Definitive Edition consegue pegar tudo o que foi acertado na geração passada e melhorar de acordo com todas as pequenas críticas que o título recebeu naquela época. E o resultado é excelente!

Rebelde com causa

Exceto por alguns diálogos retrabalhados, nada mudou no enredo de DmC. Dante, um garoto rebelde que leva uma vida completamente inconsequente, vê seu universo mudar após a aparição de um demônio que deseja destruí-lo a todo custo. Acostumado com esse tipo de situação, mesmo sem saber muito o porquê delas, Dante enfrenta o demônio e sai vencedor.


Contudo, o rapaz conhece A Ordem, um grupo de rebeldes (não confundir com os Vitorianos de The Order: 1886) que deseja destruir Mundus, demônio supremo que na Terra assume o papel de um banqueiro poderosíssimo que controla toda a corrupção mundial. O líder da Ordem, Vergil, logo se revela irmão de Dante e lhe conta que sua mãe foi assassinada por Mundus, fato que o herói não se lembrava. Com uma boa causa para lutar, Dante decide se juntar ao grupo e vingar de todo o mal que o vilão causou à sua família.

Lutando com estilo

Apesar do visual levemente melhorado, o maior destaque de DmC Devil May Cry: Definitive Edition são as melhorias em seu gameplay. O jogo, que já possuía um dos sistemas de combates mais elegantes do gênero, se tornou ainda melhor com tais adições. Rodando a 60 quadros por segundo cravados, o combate está muito mais fluido do que o que nos foi entregue há dois anos, em que o jogo tinha dificuldade de se manter em 30.



Além disso, agora é possível aumentar a velocidade do jogo em 20%, o que torna a ação ainda mais frenética, estilosa e divertida. Para os que sentiam falta do sistema de travamento de mira nos inimigos dos jogos anteriores da franquia, podem dormir em paz! DmC conta tanto com o sistema de lock-on, como também uma barra de energia dos inimigos.

Tais melhorias são fundamentais para honrar o subtítulo do jogo, afinal, de nada vale uma remasterização de um jogo tão recente se ela sequer melhora a experiência do jogador (Tomb Raider, estou olhando para você).

O calcanhar de Dante

Apesar de estar mais bonito do que no jogo de 2013, DmC decepciona um pouco neste quesito. Contando com texturas em baixa resolução e modelos de personagens praticamente idênticos, a Ninja Theory aprimorou apenas os efeitos de luz do título e a sua resolução, que agora é Full HD. Para agradar os fãs puristas, foram incluídas skins clássicas dos personagens principais do jogo, o que é um retrocesso, já que acredito que o reboot foi acertado e que os visuais antigos nem combinam com a nova proposta da franquia.


Além da campanha

Algumas outras adições como novos modos de dificuldade também tornam o pacote mais atrativo, mas a inclusão do DLC Vergil’s Downfall e o modo Bloody Palace para o irmão de Dante são os principais destaques. Vergil’s Downfall é uma pequena campanha em que o jogador controla o irmão de Dante logo após os eventos finais da campanha principal enquanto Bloody Palace coloca o jogador em uma arena para derrotar hordas de inimigos cada vez mais desafiadores.


Uma remasterização de respeito

Ao contrário do que muitos esperavam, DmC Devil May Cry: Definitive Edition é uma excelente remasterização para um grande jogo de 2013. Melhorando praticamente tudo o que foi criticado há dois anos, esta edição definitiva faz jus ao seu nome e traz uma experiência muito refinada para os jogadores. Divertido, fluido, com excelentes controles e ambientação, DmC: Devil May Cry veio para ficar, e por mais que os mais puristas reclamem, estamos diante de um clássico do gênero.

Prós

  • Ambientação e enredo espetaculares;
  • Combate fluido e inteligente;
  • Melhorias na jogabilidade em relação ao jogo de 2013;
  • Trilha sonora marcante.
  • Contras

  • Gráficos poderiam ter sido melhor retrabalhados;
  • Skins clássicas não adicionam nada ao título.

  • DmC Devil May Cry: Definitive Edition – Multi – Nota: 9.0

    Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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