Top 10

Os mods que viraram games completos

Nem tudo é só pela zoeira. Conheça agora as 10 modificações que resultaram em jogos exclusivos.

Mods, abreviação para modification (modificação em inglês), é quando um grupo de jogadores com algum conhecimento em programação (ou às vezes até mesmo a própria desenvolvedora) altera o código do jogo – o famoso hacking –, podendo assim acrescentar novos itens no game, mudar a aparência dos personagens e etc., incrementando a experiência de outros jogadores (ou simplesmente em nome da zoeira). Mods permitem desde inserir Pokémon no mundo de Minecraft até deixar os jogos visualmente mais bonitos, como em Skyrim, com seus patches de textura. Mas alguns mods se destacaram e acabaram dando origem a jogos completamente novos. Então, vamos conhecer agora alguns dos que mais fizeram sucesso.

10. DayZ (PC)

DayZ surgiu como um conteúdo adicional de Arma II, que o transformava em um MMO de sobrevivência. Mas por causa de seu sucesso, o mod acabou se desvinculando de Arma II, tornando-se um título próprio. Apesar de ainda estar na versão alpha, em pleno desenvolvimento, o jogo já conta com mais de um milhão de cópias vendidas. Dizem que tem zumbis nesse jogo, todavia, quando joguei, só me deparei com outros jogadores me fuzilando a cada 30 segundos.

9. Team Fortress (PC)

Seguindo a mesma pegada de Counter-Strike, Team Fortress surgiu de uma modificação do aclamado Quake. Inclusive, o jogo originalmente se chamava Quake World Team Fortress. As partidas baseavam-se na estratégia em equipe, tal como acontece nos atuais MOBAs. No entanto, cada personagem possuía uma classe específica (Soldado, Médico, Sniper) e o jogo se focava na cooperação entre seus membros para a derrota do time adversário.

8. Red Dead Redemption: Undead Nightmare (PS3/X360)

Então inventaram de pôr zumbis em GTA: Vice City, em um mod de hordas conhecido como Long Night. Ao que parece, a Rockstar Games acabou se inspirando nessa ideia e anos depois, em seu jogo ambientado no faroeste, a produtora criou um pacote de expansão que adicionava os mortos-vivos. Undead Nightmare acabou se tornando paralelo a Red Dead Redemption, com uma história nova, novos modos de jogo, novas armas, etc. Tanto que esse conteúdo adicional acabou sendo vendido separadamente de Red Dead Redemption, em um disco próprio, como se fosse um spin-off da série.

7. Counter-Strike (PC)

Half-Life é um jogo muito querido pelos jogadores da velha guarda, que até os dias atuais aguardam esperançosos pelo sonhado retorno da série, em um possível, porém remoto, terceiro episódio. Seguindo o mesmo esquema de DotA, ao introduzir um modo multiplayer  em rede em Half-Life acabou surgindo Counter-Strike. Mas ao invés de combatermos criaturas interdimensionais, são dois times, divididos entre policiais e terroristas, que pelejam entre si pela vitória. Graças a Conter-Strike que as lan houses se popularizaram, massificando outros jogos em rede.

6. Day of Defeat (PC)

Podemos dizer que Day of Defeat é o irmão de Counter-Strike, ambientado na Segunda Guerra Mundial. Depois que a Valve adquiriu os direitos sobre Team Fortress (alterando seu nome para Team Fortress Classic), a produtora aproveitou a mesma mecânica, porém utilizando o motor gráfico de Half-Life. No título, o jogador pode escolher entre jogar do lado dos Aliados ou do Eixo, mantendo o esquema de classes por personagem, assim como já era feito em Team Fortress.

5. The Stanley Parable (PC)

The Stanley Parable é mais um dos filhos de Half-Life 2 que se deram bem no mercado gamístico. A aventura filosófica e solitária de Stanley começou como um despretensioso mod do motor gráfico Source, o mesmo de Half-Life 2, e após a sua repercussão acabou ganhando um remake, deixando de ser um mod para virar um jogo completo, além de, é claro, ganhar gráficos remasterizados e uma história mais aprofundada. The Stanley Parable nos traz uma narrativa de interação, deixando a cargo do jogador construir a história e tentar desvendar os inúmeros finais alternativos.

4. Winning Eleven / Pro Evolution Soccer  (Multi)

Que o futebol é uma paixão nacional, isso todos nós sabemos. E essa paixão levou a modders brasileiros a criarem patches para o jogo futebolístico PES (Pro Evolution Soccer), que adicionavam os clubes, seus brasões, as escalações e os uniformes da série A e B do Campeonato Brasileiro de futebol, o famoso Brasileirão. A partir de PES 2013, a exemplo de seu concorrente direto, o FIFA da EA Sports, a produtora Konami adicionou ao jogo a Liga do Brasil, que contava com os 20 times brasileiros oficiais e licenciados, permitindo que os jogadores disputassem partidas com os seus times preferidos, como Botafogo, Corinthians e Flamengo.

3. Minecraft (PC)

Minecraft é um jogo que conta com uma infinidade de mods. Existem fóruns e comunidades especializadas exclusivamente na criação e disponibilização dessas modificações. Novos itens, mapas, ferramentas, construções e criaturas poderiam ser facilmente agregadas ao título ― inclusive alguns modders criaram aventuras complexas dentro do jogo. A versão alpha de Minecraft, de 2009, contava apenas com o Survival Mode, mas conforme atualizações foram saindo, outros modos como, por exemplo, o multiplayer, o Creative Mode, o Nether e até o Adventure Mode (além de dezenas de patches de textura que embelezavam o título) acabaram sendo implantados pela própria Mojang na versão completa, posteriormente lançada para consoles e dispositivos portáteis.

2. Garry’s Mod (PC)

Um game sobre mods. É estranho pensar sobre isso, mas é disso que Garry’s Mod se trata. O jogo é essencialmente uma ampla ferramenta de criação, baseada numa salada de conteúdos disponibilizados pela Valve, ou seja, conta com itens de Half-Life 2, Portal e Team Fortress 2. Garry’s Mod basicamente é uma caixa de brinquedos, sem objetivos predefinidos, uma combinação de sandbox com simulador de física onde o jogador pode soltar a imaginação e criar todo o tipo de situação irreverente, podendo inventar seus próprios minigames ou simplesmente se divertindo com os outros.

1. DotA – Defense of the Ancients (PC)

DotA “nasceu” de uma mistura dos mapas de Warcraft III com StarCraft. Warcraft III é um jogo de estratégia em tempo real (RTS). Assim como em outros jogos nesse estilo ― Civilization IV, Age of Mytology ― o jogador controla uma unidade principal, o herói, e com a ajuda de unidades descartáveis, os creeps, avança para destruir edificações inimigas. DotA basicamente acrescentou uma modalidade de combate em arena à Warcraft III, podendo até dez jogadores competirem em partidas multiplayer de cinco contra cinco. E foi DotA um dos precursores do gênero MOBA (Multiplayer Online Batte Arena).

Chegamos ao fim de nossa lista, mas se você, leitor, conhecer mais algum título que mereça estar nessa relação, não deixe de compartilhar aqui embaixo nos comentários. Até a próxima!

Revisão: José Carlos Alves

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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