Discussão

Será que ainda é relevante jogar no Facebook?

Discorremos sobre as razões da queda de popularidade do Facebook para jogos!


Há pouco mais de cinco anos, vivíamos uma nova febre no nosso universo gamer. Ao que parecia uma mudança de plataforma social, a migração do Orkut para o Facebook, trouxe uma novidade: joguinhos! Não há como negar que, mesmo sendo uma plataforma inferior aos próprios jogos de PC e consoles, os games da rede social tinham seu charme.



Aqueles que perderam horas e horas em Mafia Wars, Castle Age ou FarmVille sabem do que estou falando. Alguns mais dedicados chegaram a adicionar centenas de pessoas que nunca tinham visto na vida apenas para conseguir mais gente para derrubar um chefão difícil. Mas quais serão os culpados para sua queda de relevância?

A famigerada energia

Com o passar dos anos, a velha fórmula de energia se tornou batida. Este sistema consistia em dar um valor a cada ação sua e, ao zerar estes pontos, é necessário esperar ou pagar com dinheiro real para continuar jogando. Por incrível que pareça, esta velha e desagradável mecânica ainda existe firme e forte, além de ter invadido os jogos mobile.

Por este motivo, a queda na relevância dos jogos de Facebook não pode ser colocada na conta da famigerada mecânica, que não apenas se manteve na rede social, mas se expandiu para outras plataformas. Será que o principal vilão seria a própria tecnologia aplicada aos jogos?

Faltou “mudernidade”?

Como toda a indústria de tecnologia, o mercado gamer também progride no desenvolvimento de suas ferramentas e de seus produtos finais. Devido a isso, é natural perguntar se a falta de adaptação de uma plataforma às tecnologias atuais pode ser o motivo pela sua derrocada. No entanto, até mesmo a plataforma de games do Facebook evoluiu e hoje permite títulos com maiores possibilidades na maneira de jogar.

Prova disso é a compatibilidade com a plataforma Unity, ideal para a criação de jogos tridimensionais em plataformas de navegador. Assim, os jogos baseados em texto ou criados em Flash que citamos no início do texto evoluíram bastante. Tanto que Mafia Wars, um dos maiores sucessos da Zynga, era tão dependente da estrutura antiga que sua sequência não emplacou e foi descontinuado.

Logo, títulos que carregavam estruturas das plataformas AAA, como o PC e os consoles, começaram a pipocar na rede social. O problema disso foi o lançamento de poucas ideias originais, dando espaço a cópias malfeitas dos maiores títulos de outras plataformas, como Counter-Strike e Call of Duty. Ou seja, será que modernidade demais acabou com a magia?

Facebook X Mobile: a batalha final

O algoz mais provável para a queda na popularidade do Facebook se encontra nos dispositivos móveis. Um dos feitos do mercado mobile está em sua estrutura de negócios similar e o transporte dos jogos mais conhecidos no Facebook para a tela do celular ou tablet. Títulos populares como Marvel: Avengers Alliance e Game of Thrones: Ascent, por exemplo, foram lançados no Facebook, mas já possuem versões para aparelhos com Android ou iOS.


Somado a isso, existe a integração com a própria rede social, na qual é possível convidar seus amigos a jogar, disponibilizar sua pontuação online e encher o Facebook dos amiguinhos de solicitações indesejadas, entre outras funções. Além disso, a falta da necessidade de pegar e ligar um computador acabou sendo um fator considerável para esta queda.
Contudo, ainda existem grandes empresas que apostam no Facebook e conseguem certo sucesso. Prova disso é Marvel: Avengers Alliance Tactics, lançado a poucos meses na plataforma trazendo os heróis da Marvel para um RPG tático ao melhor estilo XCOM: Enemy Within (PC). Então será que o Facebook realmente se tornou irrelevante? Será que os fatores citados são os únicos responsáveis? Ou, a despeito das aparências, a plataforma está mais forte do que nunca? Venha aqui dar seu pitaco sobre o assunto e vamos continuar essa conversa!
Revisão: Catarine Aurora
Capa: Diego Migueis

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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