A Netflix, Inc. e a Warner Bros. Discovery, Inc. anunciaram hoje (5) um acordo para a aquisição da Warner Bros. pela Netflix. A transação envolve os estúdios de cinema e televisão, o catálogo histórico da companhia, a HBO Max e a HBO, unindo o alcance global da Netflix ao legado centenário da Warner.
A transação em dinheiro e ações está avaliada em aproximadamente US$ 82,7 bilhões. Com esse valor, a aquisição ultrapassa a compra da Activision Blizzard King pela Microsoft (US$ 75,4 bilhões) e assume o posto de maior transação corporativa da década no segmento de entretenimento e tecnologia.
A fusão das empresas reforça a batalha por conteúdo no cenário de streaming e mídia, garantindo que franquias como DC, Game of Thrones e Harry Potter se juntem ao portfólio da Netflix, que inclui Stranger Things e Round 6.
Embora o foco principal do anúncio seja em filmes e séries, a aquisição da Warner Bros. inclui toda a sua divisão de games (WB Games). Isso transfere os direitos de propriedade intelectual (Mortal Kombat, Batman Arkham e Hogwarts Legacy, entre outras) e todos os estúdios de desenvolvimento para a Netflix.
Os principais estúdios envolvidos são:
- NetherRealm Studios: Mortal Kombat, Injustice;
- Rocksteady Studios: Batman Arkham, Suicide Squad;
- Avalanche Software: Hogwarts Legacy;
- WB Games Montréal: Batman: Arkham Origins, Gotham Knights;
- TT Games: LEGO Batman: Legacy of the Dark Knight.
Além dos games, a Warner Bros. é fundamental na história de Hollywood, sendo responsável por definir a cultura e o entretenimento por mais de um século com títulos como Casablanca, O Mágico de Oz, O Exorcista, Os Imperdoáveis e Mad Max: Estrada da Fúria, entre outros. Sua divisão HBO também moldou a TV de prestígio, com séries icônicas como The Wire e The Sopranos.
O co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, buscou acalmar as preocupações sobre o destino dos lançamentos cinematográficos, especialmente as produções de grande orçamento da Warner Bros.:
"Eu não vejo isso como uma mudança de abordagem para os filmes da Netflix ou para os filmes da Warner.Acho que, com o tempo, as janelas de exibição evoluirão para serem muito mais amigáveis ao consumidor, para poderem encontrar o público mais rapidamente... Digo que, neste momento, você deve contar com tudo o que está planejado para ir aos cinemas via Warner Bros. continuará a ir aos cinemas via Warner Bros., e os filmes da Netflix farão os mesmos progressos que fizeram, que é: alguns deles terão uma curta exibição no cinema. Mas nosso objetivo principal é levar filmes de primeira exibição aos nossos membros, pois é isso que eles procuram."
A preocupação é que a Netflix diminua o tempo de exibição dos filmes da Warner nos cinemas para beneficiar o público do streaming, o que poderia causar danos irreparáveis à indústria cinematográfica.
Por isso, as intenções reais da companhia devem se limitar às promessas de manter o status quo até que o acordo passe pela aprovação dos órgãos reguladores do governo americano. Esse processo deve se estender durante todo o ano de 2026. A conclusão da transação é esperada para ocorrer somente após a separação da divisão Discovery Global da WBD (prevista para o terceiro trimestre de 2026).
Além disso, o acordo enfrenta a possibilidade de uma oferta hostil (onde a oferta é feita diretamente aos acionistas). Rumores do mercado sugerem que a Paramount / Skydance ainda têm a chance de tentar uma manobra, oferecendo um valor ainda maior pela companhia na tentativa de atravessar a compra da Netflix.
A aquisição da Warner Bros. pela Netflix representa um marco histórico para o entretenimento, com um dos estúdios mais históricos de Hollywood sendo adquirido por uma gigante da nova era do streaming. Apesar das aprovações regulatórias e das ameaças de ofertas concorrentes, a união destas duas potências promete definir o futuro da mídia global nas próximas décadas.
A aquisição da Warner Bros. pela Netflix representa um marco histórico para o entretenimento, com um dos estúdios mais históricos de Hollywood sendo adquirido por uma gigante da nova era do streaming. Apesar das aprovações regulatórias e das ameaças de ofertas concorrentes, a união destas duas potências promete definir o futuro da mídia global nas próximas décadas.
Fonte: Netflix






