O ano de 2025 foi um período em que joguei pouco, por diversos motivos, e a maior parte do que experimentei acabou sendo decepcionante. No entanto, um jogo conseguiu despertar minha ansiedade e empolgação desde o anúncio: Pokémon Legends: Z-A. Quando ele foi revelado em fevereiro de 2024, durante um Pokémon Presents, vi ali a oportunidade de finalmente acompanhar o lançamento de um título da franquia em tempo real, algo que não acontecia comigo desde Ultra Sun e Ultra Moon, especialmente porque demorei a adquirir um Nintendo Switch.
Também não cheguei a jogar Pokémon Legends: Arceus, mas sabia que o título era amplamente apontado como um dos melhores da série. Isso fez com que minhas expectativas para Z-A ficassem ainda mais altas.
O jogo se tornou mais especial por ter sido um presente do meu melhor amigo. Nos conhecemos desde os sete anos de idade, hoje temos 38, e ambos compartilhamos um grande carinho pela franquia Pokémon. Para tornar a experiência ainda mais completa, optei por comprar o jogo em uma loja física. Ele chegou às minhas mãos cerca de uma semana após o lançamento, mas foi muito gratificante reviver a sensação de adquirir a mídia física de uma série que acompanho há tanto tempo. Como forma de agradecimento, ainda consegui um código de um Koraidon Shiny para presenteá-lo.
Assim que cheguei em casa, fui direto jogar. E logo de início ficou claro que a experiência seria muito diferente de tudo o que eu já havia vivido na franquia. A cidade de Lumiose, por exemplo, pouco lembra sua versão em Pokémon X e Y. Agora, ela é muito mais viva, com Pokémon voadores pousando em postes e outros no topo de edificações. Além disso, as Wild Zones, áreas com Pokémon selvagens para captura e batalhas, introduzem os Pokémon Alfa, criaturas maiores e mais fortes que as versões comuns e que me deram bastante trabalho nas primeiras horas de jogo. Ainda assim, é durante a noite que tudo se torna mais intenso.
No período noturno, as Battle Zones são liberadas. Nelas, o jogador enfrenta outros treinadores para subir no ranking do Z-A Royale e, ao alcançar o nível A, ter seu desejo realizado. Achei muito interessante a mecânica de coletar cartas para obter pontos extras, assim como a possibilidade de surpreender outros treinadores ao atacar seus Pokémon de forma inesperada. É durante a exploração dessas áreas e das Wild Zones que se entra em contato com a maior inovação do jogo: o novo sistema de batalhas.
Em Pokémon Legends: Z-A, os combates se aproximam bastante do que vemos no anime e nos mangás. O tradicional sistema de batalhas por turnos dá lugar a confrontos mais dinâmicos, quase corpo a corpo, nos quais é possível ordenar ataques em tempo real. Desde que acompanho os monstrinhos de bolso, sempre sonhei com um jogo nesse estilo e finalmente pude vivenciar essa experiência.
As batalhas contra os novos Pokémon Mega também foram um grande acerto. Elas exigem habilidade e paciência, além de atenção constante, já que é preciso desviar dos ataques inimigos para evitar ser derrotado não porque seu Pokémon caiu, mas porque o próprio personagem foi nocauteado.
Outro ponto que gerou grande expectativa (e me incluo nisso) foram as Mega Evoluções. Gostei bastante da Mega Dragonite, que causou estranhamento em parte da internet, e achei excelentes os anúncios da Mega Victreebel e da Mega Malamar. Inclusive, até hoje, sempre que vejo imagens deste último, imediatamente me vem à cabeça: “meu amigo Malamar”.
Pokémon Legends: Z-A foi um jogo que valeu muito a pena esperar. Ele me fez lembrar porque acompanho essa franquia há tanto tempo. Desta vez, as inovações vão além de uma simples nova mecânica; é como se a Pokémon Company quisesse compensar a ausência de Pokémon Z, a versão aprimorada de X e Y que muitos fãs aguardavam. Em um tom ainda mais pessoal, o jogo também me ajudou em momentos nos quais eu precisava me desconectar um pouco do mundo. Agora, fico ainda mais ansioso pelos próximos passos da franquia, torcendo para que continuem evoluindo e, quem sabe, finalmente atendam aos fãs brasileiros com a tão esperada localização em português do Brasil.
Ainda não finalizei o jogo, mas já me aproximo do desfecho. Tenho aproveitado cada momento ao máximo e, quando os créditos finalmente subirem, sei que essa jornada ainda continuará com o DLC.
Revisão: Beatriz Castro





