Fortnite: a história de como o game se tornou o playground definitivo

Exploramos a origem de Fortnite que hoje é amplamente considerado o maior battle royale em termos de impacto cultural.

em 10/12/2025
Em 2025, Fortnite já deixou de ser só um jogo há muito tempo. Hoje um fenômeno com mais de 650 milhões de contas registradas e capaz de juntar 27 milhões de pessoas assistindo a eventos dentro do jogo ele torna possíveis revivermos as guerras de boneco da infância.


Em essência Fortnite é isso, uma brincadeira de criança. Misturar Barbie com Darth Vader, Homem-Aranha com Batman, dinossauro com Doom Slayer sem ninguém questionar. E pegou essa liberdade da imaginação infantil e transformou em experiência coletiva. Nascido como um experimento de sobrevivência em 2011 e se tornou a maior plataforma de entretenimento do mundo. Battle royale, criação livre, shows ao vivo, corridas, tudo no mesmo lugar. O playground definitivo, uma caixa de brinquedos sem fim que faturou US$ 5,4 bilhões só em 2018 e segue firme rumo aos US$ 6 bilhões anuais em 2025.

Origens e desenvolvimento inicial (2011-2017)

A história começou em 2011, em um evento interno da Epic Games logo após concluir o desenvolvimento de Gears of War 3. Os devs misturaram Minecraft com Left 4 Dead e criaram um modo cooperativo de montar bases para segurar ondas de monstros. O diretor da Epic Cliff Bleszinski anunciou o jogo nos Spike Video Game Awards como um PvE de sobrevivência. Só que o caminho foi cheio de curvas. O foco no MOBA Paragon ( que acabou descontinuado após o sucesso de Fortnite), pressão para virar um game como serviço e o lançamento foi sendo postergado.

Em Junho de 2017 vem a confirmação de que "em 2018, vai rolar mesmo!”. Early access em julho. O modo Salve o Mundo chegou pago (US$ 40), com visual lindo no Unreal Engine 4, tempestade que transforma gente em zumbis. Apesar do capricho gráfico, o game acabou não obtendo sucesso: vendas fracas e gameplay repetitivo. Mas ninguém imaginava que, poucos meses depois, um novo modo gratuito iria virar tudo de cabeça pra baixo.


O nascimento do Battle Royale e a explosão (2017-2018)

Em setembro de 2017, Fortnite Battle Royale chega de graça, bebendo direto na fórmula de PUBG. Cem jogadores pulam do Ônibus de batalha, caçam armas e lutam até sobrar só um. O diferencial era construir em tempo real, rampas, paredes e escadas no meio do tiroteio. O resultado foi 1 milhão de jogadores em três dias, 10 milhões em duas semanas. O modelo free-to-play com skins, emotes e passe de batalha explodiu. Em 2018 já eram US$ 2,4 bilhões no bolso, recorde absoluto entre jogos gratuitos.



Temporadas e capítulos

Fortnite virou sinônimo de nunca jogar o mesmo game. Mais de 30 temporadas, cada uma com uns três meses, mudando mapa, história e mecânicas.
  • Capítulo 1 (10 temporadas): mapa clássico;
  • Capítulo 2: introduziu rios, mecânica de natação, pesca e o buraco negro que “apagou” o jogo por um dia inteiro.
  • Capítulo 3: colocou o mapa literalmente de cabeça pra baixo.
  • Capítulo 4: mudança para o Unreal Engine 5 deixando os gráficos mais bonitos e detalhados.
  • Capítulos 5 e 6: biomas diversificados, armas com modificadores.
  • Capítulo 7: começou em novembro de 2025 com tema Terra dos Sonhos trazendo novas armas além e uma colaboração com o renomado diretor Quentin Tarantino. A Vingança de Yuki, o capitulo perdido da saga Kill Bill fez sua estreia em 30 de novembro.

O verdadeiro playground: modo criativo e experiências ao vivo

Do antigo Playground (2018) até o criativo atual com Unreal Editor for Fortnite, qualquer um virou criador. Lego Fortnite, Rocket Racing, Fortnite Festiva, tudo dentro do mesmo aplicativo. São milhares de mapas da comunidade incríveis. Só em 2025 o game conta com mais de 50 mil ilhas publicadas.

Com números absurdos os eventos dentro do jogo são certeza de sucesso. O DJ e produtor musical norte-americano Marshmello alcançou 10 milhões de espectadores dentro do jogo, Travis Scott 27,7 milhões, e ainda outros grandes astros como Ariana Grande, Eminem tiveram shows dentro do jogo. E no final da ultima temporada um buraco negro deixou metade da internet olhando para o nada por horas.

Guerras de bonecos graças as colaborações

Marvel, Star Wars, Naruto, Dragon Ball, NFL, Neymar, NBA e em 2025 o nível subiu mais ainda:
Kill Bill com uma capítulo de história escrito por Quentin Tarantino, De Volta para o Futuro, Harry Potter, Demon Slayer, Jujutsu Kaisen, Scooby-Doo, Simpsons, Bob Esponja, e outros. É o playground onde Darth Vader e Tanjiro dançam juntos, Salsicha e Scooby trocam tiro com Goku e Lagartos e Gorilas gigantes saem na porrada sem ninguém questionar.

Como está Fortnite hoje

O game está mais vivo do que nunca. A recém-encerrada mini temporada dos Simpsons com o evento ao vivo Hora Zero, reuniu cerca de 10 milhões de jogadores simultâneos e de 1 a 3 milhões online durante todo o dia. 

O game continua faturando cerca de US$ 6 bilhões por ano, acumulando mais de US$ 40 bilhões desde 2018 contando com o Crossplay total, onde jogamos com todo mundo, de qualquer plataforma.
E ainda tem Fortnite Ballistic (modo tático que entrou em acesso antecipado no fim de 2024) para quem curte algo mais sério. O jogo não para de crescer. Sempre tem temporada nova, shows incríveis e novas colaborações.

A imaginação não tem limite

De um modo pago que quase ninguém lembra lá de 2017, Fortnite se transformou no maior metaverso que existe em 2025. Ele já não é mais só battle royale. É onde a gente vive experiencias, cria, dança e faz história junto com milhões de estranhos que viram amigos.

Revisão: Thomaz Farias
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WindsorSan
Jogadorino desde os áureos anos 90, geralmente surpreende amigos com a quantidade de títulos que já finalizou. Divide o amor por games com seus mangás, Hq's e filhotes. Agora seu objetivo é registar seus conhecimentos para as novas gerações de jogadores.
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