Há 20 anos, o PlayStation 2 recebia um dos melhores jogos de luta do seu catálogo: Tekken 5. Tal qual era comum na época, o título foi lançado primeiramente no arcade, no ano anterior, e chegou para o console da Sony em fevereiro de 2005.
Desenvolvido e publicado pela Namco, o game foi o quinto dirigido por Katsuhiro Harada (Tekken 3, Tekken 4, Tekken Advance e Tekken Tag Tournament eram os que ele já havia trabalhado neste mesmo cargo), que se tornou sinônimo da franquia nos dias de hoje.
Desfeito feito
Mesmo após o sucesso de Tekken 4, tanto de crítica quanto de público, Tekken 5 teve uma árdua missão: de trazer o jogo mais próximo de suas origens e reverter algumas mudanças que não agradaram na quarta edição da série.
Jogadores veteranos de Tekken ficaram divididos nas várias mudanças implementadas e essas foram as principais críticas feitas ao seu antecessor. Tendo isso em vista, Harada e seu time propuseram as alterações que elevaram a mecânica de Tekken 5.
Enquanto Tekken 4 procurou uma forma mais realista da luta, Tekken 5 voltou para as ideias mais “arcade” da série. Ao invés de focar na movimentação nas três dimensões, de volta estava a física e o combate mais focado em pulos, bem tradicionais de jogos de luta 2D. Além disso, os desnivelamentos do chão foram eliminados, fazendo com que as arenas ficassem todas bem parecidas, mudando apenas o tamanho e onde as paredes se localizavam.
Uma das novidades mantidas foi o “wall juggling”, ou seja, a possibilidade do combo ser continuado fazendo o oponente bater na parede, aumentando seu tempo vulnerável. A diferença é que foi colocado em um tom mais abaixo, o que permitia que quem estivesse apanhando não ficasse por muito tempo preso em um sequência de golpes.
Jogando em casa
Outra novidade da versão caseira do jogo foi o modo Devil Within, que trazia novamente um modo de Tekken Force, após a estreia em Tekken 3 e o retorno em Tekken 4. Dessa vez, no entanto, o foco era em Jin Kazama e sua versão demoníaca, focada na busca pela mãe do personagem (enquanto ele travava uma luta interna com o gene demoníaco em seu sangue).
Um dos pontos altos do game foi o tamanho do elenco. Após habilitar os personagens secretos, como quase sempre acontecia em um jogo de Tekken, chegava-se à marca de 32 lutadores e, pela primeira vez, era possível escolher Devil Jin. No total, apenas um personagem não era jogável, o boss final, Jinpachi Mishima (pai de Heihachi, avô de Kazuya e bisavô de Jin).
A versão do console da Sony ainda trazia emulações do Tekken original, Tekken 2, Tekken 3 e Starblade, tornando-o praticamente uma edição de colecionador.
Entretanto, as novidades não pararam por aí e Tekken 5 foi o primeiro da franquia a permitir customizações dos personagens. Era possível mudar a cor das roupas utilizadas, comprar novos figurinos (para alguns personagens somente e com dinheiro ingame) e até equipar alguns itens como espadas, por exemplo.
Amado por todos
Tekken 5 foi bem recebido por crítica e público e até os dias de hoje se mantém como um dos pontos altos da franquia. Isso acontece principalmente pela decepção com Tekken 6, que foi o único jogo da série nos consoles PlayStation 3 e Xbox 360 (em contrapartida de três games no PlayStation original e mais três no PlayStation 2).
No site agregador de notas Metacritic, Tekken 5 ficou com uma média de 89%. A falta das críticas dos jogadores veteranos, que foram presentes em seu sucessor, também ajudou no impacto do game, que alcançou a marca de mais de 9,4 milhões de unidades vendidas (somando com a versão Dark Resurrection, o port para PSP e PS3).
Tekken 5 foi uma despedida digna para a geração, após seus antecessores conseguirem um bom desempenho no PlayStation 2. Mas, diferente deles, Tekken 5 elevou o nível da franquia e se manteve por anos no topo das listas dos mais amados, até o lançamento de Tekken 7 em 2017. Até os dias atuais, é um jogo que vale a pena revisitar de vez em quando.
Revisão: Thomaz Farias


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