God of War: clássico do PS2 completa 20 anos

Há duas décadas conhecíamos Kratos e sua jornada pela mitologia grega.

em 06/12/2025
Em 2005 a Sony lançou, no PlayStation 2, um jogo que viria a se tornar um dos principais pilares dos games da empresa japonesa: God of War. Sem muita pretensão e alarde na primeira edição, em março (nos EUA), julho (na Europa) e novembro (no Japão) daquele ano os jogadores puderam travar sua guerra com os deuses e figuras da mitologia grega.

Santa Monica Studio (estúdio first party da Sony localizada em Los Angeles) foi a empresa que desenvolveu o jogo. Até hoje, essa segue sendo sua maior e principal série, embora tenha ajudado a trabalhar em outros grandes games do PlayStation, como Twisted Metal: Black, Flow, Flower, Journey, Fat Princess, a série PixelJunk e muitos outros. Além disso, a empresa também consta como desenvolvedora, ao lado do estúdio Ready at Dawn, dos jogos de God of War para o portátil da Sony, o PSP.


 Conhecendo Kratos

God of War era um Hack and Slash, que trazia diversas fases com os mais diversos tipos de adversários e puzzles a serem resolvidos para que a jornada continuasse. O sistema de batalha possuía diversos combos, que misturavam as armas de Kratos (Blades of Chaos inicialmente) com várias outras habilidades que eram adquiridas ao longo da aventura – geralmente “roubadas” após derrotar algum inimigo específico, no melhor estilo Mega Man.


Uma das grandes novidades do game foram os infames quick time events (QTE), que constituíam de uma janela de tempo para que o jogador apertasse um botão específico para que a batalha pudesse continuar. Caso falhasse (seja por demorar muito ou por apertar o botão errado), o confronto voltava a acontecer até que outro QTE fosse habilitado e executado perfeitamente. Essas intervenções traziam uma pegada cinemática para as batalhas com bosses, além de servirem como um modo de executar os inimigos mais simples. God of War pode não ter sido o primeiro a utilizar esse sistema, mas com certeza foi quem o popularizou e transformou em uma tendência nos meados da década de 2000.

A batalha contra o Deus da Guerra

Kratos era um general espartano que em uma das batalhas contra bárbaros, foi vencido e, em seu leito de morte, clamou por Ares (o deus da guerra) pedindo salvação para ele e seu exército. Em troca, Kratos serviria ao deus da guerra. Ares aceitou o acordo e, além de salvar, concedeu poderes ao espartano, através das Blade of Chaos.


O guerreiro passou a servir Ares em todas as batalhas até que, em um ataque à uma vila que glorificava a deusa Atenas, o deus enganou Kratos, fazendo-o matar sua esposa e filha, na esperança de transformar o espartano no soldado perfeito. Entretanto, o tiro saiu pela culatra, e Kratos rompeu com o deus grego. Neste momento, ele foi amaldiçoado ao ter as cinzas de sua família grudadas à sua pele, que o deixou com a pele branca e gerou o apelido “Fantasma de Esparta”.

O game, então, trazia essa aventura da vingança de Kratos contra Ares, contando com a ajuda de outros deuses gregos pelo caminho, além de cruzar com outros elementos mitológicos, como o titã Cronos e a Caixa de Pandora.


Recepção e Legado

O game foi amado pelacrítica e público assim que foi lançado. No Metacritic, agregador de notas de sites especializados, a média do jogo ficou com 94% de pontuação. Já do lado comercial, foram 4,6 milhões de cópias vendidas, o que não só garantiu a entrada na coleção Greatest Hits, como se tornou o décimo segundo jogo mais vendido do PlayStation 2.


God of War ajudou a popularizar ainda mais o gênero Hack and Slash, e influenciou diversos outros jogos em estruturas, combos e os quick time events, que foram uma febre que perdurou por anos.

A aventura de Kratos virou um dos maiores system sellers da linha PlayStation, não interessando qual o console. A franquia esteve presente em todos os principais consoles da Sony desde o seu lançamento. Atualmente, são seis jogos da linha principal e mais dois nos portáteis.

God of War é um jogo que apesar de ser consideravelmente recente, já aparece entre os grandes clássicos da indústria dos games. São 20 anos para um game que envelheceu bem e ainda pode ser jogado hoje em dia e trazer uma ótima experiência e diversão aos jogadores.

Revisão: Johnnie Brian


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Moreno Valerio
Jornalista, Técnico no papel, engenheiro não praticante e mestre Pokémon nas horas vagas. Passa 80% do tempo falando de games. Nos outros 20% torce para alguém falar sobre games, só para poder falar mais um pouco.
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