Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back foi lançado em novembro de 1997 para o PlayStation. Sendo muito esperado na época, ele chegou com uma responsabilidade grande: a de dar sequência ao amado Crash Bandicoot de 1996.
O jogo de estreia da Naughty Dog pegou muita gente de surpresa, por se tratar de um dos primeiros jogos de plataforma em 3D e que foi muito bem executado. O carinho e perfeição colocados no game fizeram com que público e crítica amassem a aventura, o que aumentou a expectativa para a continuação.
Porém a desenvolvedora não ficou com medo da grande sombra que pairava sobre Crash 2 e foi capaz de inovar e melhorar a aventura do marsupial. A Naughty Dog realizou isso enquanto consolidava Crash como um dos mais carismáticos personagens da década de 1990.
Maior, melhor e mais forte
Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back foi capaz de deixar um jogo que já era bem estabelecido ainda mais divertido e desafiador. Ao abrir mão das ilhas e focar em um cenário em que Crash era teletransportado à área da fase em que se jogava, o céu era o limite para as ideias dos desenvolvedores (quase literalmente, com fases em estações espaciais).
Não havia mais um mapa para seguir e, talvez, tentar adivinhar o que surgiria nas fases seguintes. Em Crash 2 foi apresentado um conceito que seria fundamental para a franquia por anos a fio: as warp rooms. Para cada mundo, era possível jogar as cinco fases em qualquer ordem que o jogador desejasse, bastando apenas entrar no portal correspondente.
Outra mudança foi o modo de salvar o jogo. Assim como era possível escolher qual fase jogar, era permitido também salvar a qualquer momento nas warp rooms. Isso teve uma consequência brutal no game que poucos perceberam: ficou mais fácil. Pois mesmo que algumas fases fossem mais difíceis, ou apresentassem mecânicas mais complexas para se dominar, o fato de poder salvar a qualquer progresso feito contrastava com os saves automáticos do primeiro Crash, que só ocorriam após vencer os níveis de bônus — que por sua vez só permitiam uma chance por vida e aconteciam após juntar três ícones na fase (Cortex, Brio e Tawna).
Falando em fases bônus, neste jogo elas estavam presentes em todas as fases e o jogador podia tentar finalizar quantas vezes fosse necessário, sem restrição nenhuma. Porém, cada bônus só era completado uma única vez.
Outra novidade que permaneceu por muitos anos foi a Death Route. O desafio consistia em chegar até a plataforma, que ficava no meio da fase, geralmente, sem perder uma vida sequer no nível. Com isso, era possível acessar um caminho secundário que poderia levar a gemas coloridas, mais caixas para completar a gema cinza ou até mesmo para caminhos secretos.
Recepção e Legado
Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back não possuía uma das histórias mais complexas, coisa que era comum para jogos de plataforma na época. Então a motivação de completar tudo, além de liberar o final verdadeiro — tal qual no jogo anterior — era pelo desafio em si também.
Com diversas ideias novas e mantendo o carisma marcante da série, Crash 2 foi muito bem recebido por crítica e público. No site agregador de notas Metacritic, o game alcançou a marca de 89%. Além disso, bateu o recorde de seu antecessor no Japão, de jogo do Ocidente mais vendido no país, alcançando a marca de 800 mil unidades vendidas na terra do sol nascente. Crash Bandicoot 2 ainda se tornou o game da série com o maior número de vendas no PlayStation, somando mais de 7,5 milhões de unidades, sendo o sétimo jogo mais vendido da plataforma.
Atualmente, é possível jogar Crash Bandicoot 2: Cortex Strikes Back através do catálogo de clássicos do PlayStation Plus, bem como aproveitá-lo no recente remake, Crash Bandicoot N. Sane Trilogy.
Revisão: Vitor Tibério


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