Após um ano da estreia na sexta geração de consoles, Goku e companhia voltavam para mais uma aventura que prometia ser bem diferente do que já havia sido visto da franquia nos games. Em 14 de novembro de 2003, chegava ao PlayStation 2 (e posteriormente ao GameCube) Dragon Ball Z Budokai 2.
Desenvolvido pela Dimps, publicado pela Bandai (no Japão e Europa) e pela Atari (versões dos EUA e da Austrália), a principal novidade era o uso de cel shading nos modelos em 3D para que ficassem parecidos com o anime, como se fosse um desenho mesmo. A outra grande surpresa foi a cobertura do jogo de todas as quatro sagas de Dragon Ball Z, indo de Raditz ao duelo contra Kid Buu.
Um jogo de estratégia
Entre as mudanças do game, a do modo história era a mais controversa e que causava a divisão entre “ame-o ou deixe-o”. Ao contrário do jogo anterior que trazia simplesmente as batalhas de maneira subsequente, Budokai 2 inovou ao trazer uma espécie de jogo de tabuleiro para contar a história do game.
O jogador possuía algumas peças no tabuleiro conforme o mapa em que jogava, enquanto tinha que enfrentar um boss e seus minions. Os inimigos variavam conforme cada etapa, hora era Freeza o principal antagonista, hora o Cell, hora algum dos Majin Bus, etc. Os capangas também mudavam e pela primeira vez ideias como Majin Freeza e Majin Cell foram abordadas.
As novidades do modo não ficavam apenas nos movimentos feitos e nas batalhas travadas, mas ainda elementos externos influenciavam, como aumento do dano de ataque, recuperação de vida entre outros buffs.
Outro modo era a “Babidi’s Spaceship”, que simulava os eventos de quando os Guerreiros Z entram na nave de Babidi e enfrentam diversos adversários. Mas é claro que trazia um twist: várias condições especiais eram aplicadas, que dificultavam ainda mais a sequência de lutas. Nesse modo era possível desbloquear Dabura e todas as formas de Majin Bu (Fat, Super e Kid).
Criatividade sem fim
Além de aumentar o escopo de personagens e de saga cobertas, o game ainda precisou inovar para realizar esse fato. O modo história foi apenas uma das ideias, mas outro grande destaque ficou dentro da gameplay, com as fusões, acontecimento que tem grande importância na saga de Bu.
A mecânica envolvia as fusões potara (dos brincos), que acontecia automaticamente, mas também as fusões de dança. A ideia implementada foi muito fiel ao anime, ao exigir que o jogador apertasse uma sequência de botões para que a fusão desse certo. Caso errasse, o personagem não saía perfeito e aparecia em uma forma magra demais ou acima do peso.
A potara não ficou longe, sendo capaz de até de trazer “novos” personagens, como Gokule (fusão de Goku com Mr Satan, que na animação em inglês, se chama Hercule) e Tiencha (Tien, o Tem Shinhan, com o Yamcha). Além disso, uma outra fusão que passa despercebida são as do Super Bu. Gohan, Gotenks e Piccolo são canônicos e estão presentes, mas no game o monstro rosa vai além e pode se fundir com Freeza, Vegeta, Cell, Tem Shinhan e Yamcha.
De olho no futuro
Dragon Ball Z Budokai 2 foi capaz de aumentar as propostas e ideias do anterior, ao mesmo tempo em que trouxe conceitos novos e criações que seriam seguidas pelos jogos seguintes. Mesmo que não tenha sido recebido de maneira surpreendente pela crítica (conseguindo uma média de 66 no Metacritic, ficando na mesma média do antecessor).
Embora não tenha sido o melhor da franquia, e até foi deixado de lado no remaster de PlayStation 3 (que contou com os Budokai 1 e 3), Dragon Ball Z Budokai 2 foi uma experiência válida que, para os fãs da série, vale a pena testar, nem que seja pela curiosidade.
Revisão: Johnnie Brian


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