Crash Bash: os 25 anos do único party game do Bandicoot

O jogo esquecido do Bandicoot no PlayStation trazia diversão em uma nova proposta para a franquia.

em 31/10/2025

Em novembro de 2025 um jogo, geralmente esquecido, do PlayStation original completa 25 anos: Crash Bash. Desenvolvido pela Eurocom e publicado pela Sony, o game foi o primeiro a não ser desenvolvido pela NaughtyDog e o último do marsupial a ser exclusivo dos consoles da empresa japonesa.

Seguindo na sequência de inspirações em Super Mario (afinal, o jogo anterior da franquia foi CTR, um clássico jogo de kart que é muito famoso como spin-off do encanador italiano), Crash Bandicoot chegava ao estilo dos party games: diversos minijogos com regras simples para que qualquer um pudesse jogar.


Embora a inspiração fosse clara, Crash fazia diferente como sempre. Ao invés de um jogo de tabuleiro, o game trazia um modo história com diversos desafios específicos. No lugar de mini games extremamente simples e rápidos, Crash Bash trazia apenas sete tipos de jogos, mas cada um com quatro cenários, itens e poderes especiais diferentes.

Liberando o jogo inteiro

Embora a proposta de Crash Bash fosse de party game, o jogo ainda era capaz de recompensar também quem jogava sozinho. Apenas quatro modos vinham liberados para iniciar a jogatina e o resto era liberado no modo história.


Esse modo, que podia ser jogado tanto em um jogador como em dupla, trazia desafios para cada minigame: o troféu inicial (que era de vencer três vezes), a gema (que geralmente propunha vencer a fase de maneira muito rápida, mas só uma vez), o cristal (que trazia alterações específicas nas fases, como não pular, ou não poder receber determinado ataque, etc) e a relíquia (que exigia duas ou três vitórias consecutivas contra “os melhores personagens naquele modo”). Conforme os jogadores iam avançando, novas fases iam sendo liberadas e bastava apenas vencer o troféu básico para habilitar o nível.

Além disso, a warp room – clássica de Crash Bandicoot – era dividida em cinco mundos e trazia quatro chefões. Cada um deles era baseado em alguns dos minigames: Papu-Papu, Bearminator, Komodo Joe e Komodo Moe e, por fim, Nitrous Oxide.


Que comecem os jogos

O primeiro minigame era o Ballistix, que foi baseado no antigo jogo eletrônico pong. Mas, como era um party game, trazia quatro personagens ao mesmo tempo, um em cada canto do cenário. O primeiro nível sempre era o mais básico, apenas dependendo da movimentação e do uso de um campo de força para atacar os adversários.

Na sequência aparecia o Polar Push que, traduzindo literalmente, significa empurrão do Polar (aquele ursinho que Crash monta em Crash Bandicoot 2 e que aparece como personagem jogável em CTR). E o minijogo não era nada mais do que isso: todos montados no polar, em uma plataforma de gelo tentando empurrar os adversários para fora.


Pogo Pandemonium era o próximo e consistia nos personagens pularem em um pogo em uma arena dividida em quadrados como um tabuleiro de xadrez. A cada “pulada” o personagem marcava sua cor na região e precisava pontuar baseado na quantidade de quadrados que marcou.

O quarto modo era Crate Crush, que nada mais era que uma trocação sincera entre os personagens usando caixas que podiam ser levantadas ou empurradas para machucar os outros. Ganhava quem eliminasse os adversários primeiro.


Por fim, os três modos que só era possível jogar liberando no modo história: Tank Wars (confronto com os personagens em um tanque de guerra), Crash Dash (uma corrida em um circuito em forma de círculo) e Medieval Mayhem (o mais aleatório, onde cada um tinha uma proposta, como pegar balões, atirar gemas, etc, e mantendo apenas o tema medieval em comum).

Lembrando que cada um desses modos possuía quatro cenários diferentes que traziam “tweaks e perks” para cada modo. Como por exemplo o Crate Crush Space Bash, que permitia que TNTs e Nitros criassem buracos na fase para que os personagens caíssem.

Recepção e Legado

Crash Bandicoot era uma marca muito forte da família PlayStation até então e a saída da NaughtyDog teve seu preço, já que foi notória a queda de qualidade em Crash Bash. A empresa chegou a fornecer todas as artes dos personagens para o desenvolvimento do jogo. A crítica especializada fez uma avaliação mista, somando apenas 68 pontos no Metacritic.


De maneira geral, as críticas se concentraram em ter que habilitar os jogos em um modo história, o fato de ser um pouco repetitivo para fazer isso e não ter um modo aleatório que misturassem os minigames. Porém, de uma maneira mais uniforme, o jogo foi elogiado pela diversão que os minijogos traziam, ainda mais quando se somavam as diferenças entre cada uma das fases.

Essa é a linha geral de Crash Bash: um jogo divertido que, se explorado com calma e com tempo, não enjoa e traz desafio e diversão. Um game que até hoje vale a pena jogar com os amigos (e para isso é bom ter todas as fases liberadas).

Revisão: Johnnie Brian


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Moreno Valerio
Jornalista, Técnico no papel, engenheiro não praticante e mestre Pokémon nas horas vagas. Passa 80% do tempo falando de games. Nos outros 20% torce para alguém falar sobre games, só para poder falar mais um pouco.
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