Análise: Zombie Rollerz: The Last Ship nos leva a um apocalipse zumbi caótico e divertido

Fortaleça sua máquina de combate para enfrentar hordas de mortos-vivos em um divertido roguelike de sobrevivência.

em 09/10/2025
Zombie Rollerz: The Last Ship é um roguelike de sobrevivência divertido que nos coloca a bordo de uma máquina de combate em meio a um apocalipse zumbi. O objetivo é explorar o mapa em busca de recursos para aprimorar o veículo e atropelar — literalmente — as intermináveis hordas de mortos-vivos, avançando nesta insana aventura.

Sai da frente, bicho feio!

Em Zombie Rollerz: The Last Ship, o jogador assume o controle de uma máquina de combate sobre rodas em meio a um mundo infestado de zumbis famintos por cérebros — embora sejam até simpáticos, ainda é melhor não dar bobeira perto deles.

Nosso veículo demolidor pode ser equipado com diversos tipos de armamentos, que vão desde metralhadoras, canhões e lança-chamas até geradores de campos elétricos e armas mais incomuns, como uma bola espelhada capaz de fazer os monstros dançarem até a morte — ou, pelo menos, por um bom tempo, já que eles já estão mortos.

Ao eliminar zumbis, coletamos recursos que podem ser usados para adquirir novas habilidades em pontos específicos do mapa e realizar melhorias no veículo. A máquina conta com seis pontos de instalação de armas e pode receber aprimoramentos em sua carenagem, aumentando a durabilidade e desbloqueando bônus passivos, como o aumento do número de tripulantes — um elemento essencial para o gerenciamento da nossa máquina de destruição.

A tripulação é parte central da jogabilidade, pois determina a eficiência das ações do veículo em campo. O jogador tem liberdade total para designar funções específicas a cada membro da equipe.

O mecânico realiza reparos, o artilheiro amplia o dano e o alcance das armas, o médico cura e ressuscita companheiros caídos e o piloto melhora a velocidade de movimentação do veículo. Cada tripulante — que pode ser encontrado e resgatado durante as missões — possui atributos que o tornam mais adequado para determinadas funções, mas cabe ao jogador decidir como distribuir as tarefas.

As incursões apresentam objetivos variados, sendo o principal deles sobreviver por um tempo determinado para avançar no jogo. Ao concluir uma partida, bem-sucedida ou não, o jogador ganha pontos que podem ser usados para desbloquear novos itens na oficina antes de iniciar uma nova tentativa, e que também possuem chance de surgirem como recompensas durante as próximas missões.

Essa progressão contínua incentiva o retorno frequente ao jogo, sempre oferecendo novidades conforme o avanço do jogador. Os ajustes de dificuldade antes de cada incursão tornam a experiência ainda mais envolvente, elevando o desafio — e as recompensas — a cada nova tentativa, além de garantir que o título seja acessível e interessante tanto para jogadores casuais quanto para os mais competitivos.

Honestamente divertido

Zombie Rollerz: The Last Ship entrega uma proposta honesta quando o assunto é diversão. Apesar da criatividade limitada nas primeiras partidas, devido às poucas opções de customização e equipamentos disponíveis para o veículo, conforme desbloqueamos mais recursos, o jogo se torna progressivamente mais caótico — no melhor sentido possível.

É possível iniciar uma nova investida de forma simples, com o básico equipado, ou partir para o exagero, utilizando os itens mais insanos disponíveis para transformar o veículo em uma verdadeira máquina de destruição. Tudo depende da criatividade do jogador e do quanto já foi desbloqueado para montar combinações cada vez mais inusitadas.

Se sobra inventividade na hora de personalizar a caranga aniquiladora de zumbis, parece ter faltado o mesmo empenho na criação dos cenários. O ambiente desértico se repete bastante no início, até que outros cenários com obstáculos e inimigos semelhantes surjam, o que pode tornar a jogatina um tanto monótona em certos momentos. Essa crítica se estende à trilha sonora, bem básica e com pouca personalidade. A principal variação vem da quantidade de inimigos na tela e do nível de destruição que o veículo é capaz de causar.

Essa limitação visual reduz um pouco o brilho da apresentação, mas não compromete o ponto forte do jogo: a jogabilidade. A experiência é genuinamente divertida e consegue se destacar dentro de um gênero que, muitas vezes, aposta em fórmulas repetitivas sem oferecer grandes novidades.

Vale a pena dedicar um tempo a esse caótico e divertido jogo de sobrevivência, nem que seja apenas pela satisfação de atropelar hordas de zumbis desajeitados e ouvir seus grunhidos de sofrimento — ainda que, no fundo, eles sejam até simpáticos.

Atropelando o tédio

Zombie Rollerz: The Last Ship é um jogo que sabe exatamente o que quer entregar: diversão descompromissada e caos sob rodas. Mesmo sem reinventar o gênero, ele acerta ao combinar ação intensa, humor e elementos de gerenciamento de recursos de forma leve e viciante.

Sua progressão constante e liberdade de customização mantêm o interesse do jogador, apesar da repetição dos cenários e da falta de variedade no design de fases. É uma experiência perfeita para quem busca partidas rápidas, cheias de destruição e bom humor em meio a um apocalipse zumbi.

Prós

  • Jogabilidade divertida e viciante;
  • Alto potencial de customização do veículo;
  • Sistema de progressão recompensador;
  • Mistura equilibrada de ação e estratégia;
  • Humor leve e bem dosado.

Contras

  • Cenários repetitivos e pouca variedade visual;
  • Pouca inovação dentro do gênero;
  • Início limitado em opções de armas e customização;
  • Trilha sonora e ambientação pouco marcantes.
Zombie Rollerz: The Last Ship — PC — Nota 8.0
Revisão: Heloísa D’Assumpção Ballaminut
Análise produzida com cópia digital cedida pela Wandering Wizard
OpenCritic
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Alexandre Galvão
Fã de Castlevania, Tetris e jogos de tabuleiro. Entusiasta da era 16-bit e joga PlayStation 2 até hoje. Jogador casual de muitos e hardcore em poucos. Nas redes sociais é conhecido como @XelaoHerege
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