Candy Rangers é um jogo de tiro sobre trilhos (rail shooter) para um jogador. Nele, controlamos quatro irmãs que precisam salvar o mundo de criaturas malignas dispostas a destruir a paz. Utilize os padrões de tiro únicos de cada uma para derrotar os inimigos e alcançar as maiores pontuações, avançando cada vez mais na aventura.
Quatro sabores contra o amargor dos inimigos
Candy e suas irmãs Hortelã, Limão e Ameixa são Rangers, protetoras da paz que se alistaram para defender a humanidade da constante ameaça dos Unna. Essa raça, que antes vivia em harmonia com a energia da Terra, foi corrompida por uma maldição e se transformou em criaturas errantes e agressivas.
As irmãs iniciam então uma jornada para enfrentar os Unna utilizando armas especiais capazes de eliminá-los. Cada uma possui uma cor e um padrão de tiro únicos, adequados para combater diferentes tipos de inimigos.
Em Candy Rangers, controlamos as quatro irmãs simultaneamente em uma aventura sobre trilhos. A movimentação é automática, cabendo ao jogador apenas o controle do cursor de mira, responsável por direcionar os disparos das armas mágicas.
A principal dinâmica de jogabilidade está na relação entre inimigos e padrões de tiro. Cada adversário segue um movimento que corresponde a uma das quatro cores das Rangers: lateral (vermelho), frente e trás (azul), vertical (verde) e diagonal (amarelo).
Além disso, as personagens podem realizar ataques corpo a corpo com suas armas para repelir inimigos específicos e executar saltos duplos, alcançando rotas alternativas e coletando mais itens.
A regra é simples: o indicador de cor e o padrão de movimento do inimigo definem o tiro mais eficaz para derrotá-lo. Ao acertar com a cor correspondente, o jogador aumenta o multiplicador de combo e recebe mais pontos. É possível eliminar inimigos com outros tiros, mas isso exige mais disparos e não contribui para o combo.
O objetivo é concluir cada fase com a maior pontuação possível e conquistar estrelas que avaliam o desempenho. Também é possível coletar cupons escondidos, que desbloqueiam fases extras.
Um contador de tempo regula a permanência na fase. Sofrer dano reduz segundos, enquanto combos bem-sucedidos ou a coleta de relógios acrescentam mais tempo. Se o contador chegar a zero, a fase deve ser reiniciada. Ao longo de quatro mundos, as irmãs enfrentam inimigos, obstáculos e chefes cada vez mais desafiadores, proporcionando uma experiência frenética e divertida.
Como todo doce, pode ser enjoativo
Candy Rangers, em sua apresentação, cumpre bem o papel de trazer um mundo colorido e vibrante, capaz de atrair a atenção do jogador. A história, embora simples, gera certa empatia com as protagonistas, enquanto a trilha sonora animada cria um clima de diversão que valoriza a experiência.
No entanto, algumas exigências tornam o jogo menos casual do que aparenta. As fichas disponíveis nas fases, que inicialmente pareciam apenas uma atividade secundária, revelam-se cruciais para a progressão.
Percebi isso ao tentar acessar o segundo mundo e ser impedido por não ter coletado a quantidade necessária de fichas, praticamente equivalente ao total disponível nas fases do primeiro mundo. Essa obrigatoriedade de quase perfeição em cada fase me incomodou. Costumo aproveitar o que consigo nas primeiras tentativas e, só depois, se estiver disposto, volto para coletar o restante. Quando essa prática se torna obrigatória para avançar, acaba atrasando o ritmo de quem quer conhecer o jogo antes de se dedicar mais profundamente.
O que começou como uma proposta casual e divertida rapidamente se transformou em uma tarefa repetitiva, obrigando-me a rejogar fases diversas vezes. E, por se tratar de um rail shooter, qualquer erro, como perder um item, exigia reiniciar a fase. Apesar de curtas, com média de dois minutos de duração, a repetição excessiva acabou tornando a experiência cansativa.
Não sei ao certo se essa era a proposta original de Candy Rangers, mas acredito que a progressão poderia ser ajustada para não criar uma barreira tão cedo. Para quem busca desafio constante, esse ponto pode não ser um problema. Porém, em minha avaliação, ele prejudicou um pouco a relação com o jogo — que ainda mantém uma proposta divertida e desafiadora, apesar desse detalhe.
Outra ausência sentida foi a de um modo cooperativo. Jogar em dupla poderia enriquecer bastante o gameplay, permitindo estratégias conjuntas, como coordenar ataques, rebater inimigos e executar saltos.
Em resumo, Candy Rangers entrega o que promete: diversão, desafio e fator replay, mesmo que este seja forçado. É um jogo que se apresenta como casual, mas esconde uma camada de exigência que considero desnecessária.
Aquele doce que deixa um amarguinho na boca
Candy Rangers é um jogo visualmente encantador e com mecânicas interessantes para o gênero rail shooter. Sua atmosfera colorida, aliada a uma trilha sonora animada, cria uma experiência inicial envolvente. No entanto, a obrigatoriedade de coletar fichas para avançar compromete a fluidez da progressão, tornando a jornada mais repetitiva do que deveria. Apesar disso, ainda entrega diversão e desafio, especialmente para quem gosta de superar obstáculos com perfeição.
Prós
- Mundo colorido e visual atraente;
- Trilha sonora animada que combina com a proposta;
- Mecânica de tiros variada e criativa;
- Fases curtas, ideais para partidas rápidas;
- Bom nível de desafio para jogadores que apreciam perfeição.
Contras
- Progressão dependente da coleta quase completa de fichas nas fases;
- Replay forçado pode desmotivar jogadores casuais;
- Ausência de modo cooperativo.
Candy Rangers — PC/PS5/PS4/CSX/Switch — Nota: 6.5Versão utilizada para análise: PlayStation 5
Revisão: Vitor Tibério
Análise produzida com cópia digital cedida pela Jandusoft










