Impressões: Battlefield 6 une inovação e tradição em uma dinâmica imersão no campo de batalha

O jogo de tiro em primeira pessoa impressiona com seu design sonoro e diverte com seus mapas bem preparados.

em 23/09/2025

Battlefield é uma das franquias mais bem-estabelecidas da indústria dos videogames. Todavia, o prestígio que vem com os anos e com a ampla base de jogadores cobra um preço a cada novo jogo: as expectativas dos fãs são altíssimas. Este ano, o Battlefield Studios está propondo um retorno aos anos de ouro da saga (leia-se Battlefield 3 e Battlefield 4), adicionando um processo de desenvolvimento em constante interação com a comunidade. Esta semana, pude testar Battlefield 6 pelo GameBlast, e estas foram minhas primeiras impressões da obra.

Opções à disposição

De início, cabe destacar que pudemos jogar apenas três modos de jogo dentre os vários que estarão disponíveis no lançamento. Tratam-se de dois já conhecidos, Conquest e Breakthrough, e um novo, Escalation. O primeiro consiste na disputa entre dois times para capturar e defender pontos de controle pelo mapa. Já no segundo, uma das equipes começa detendo o controle do território enquanto a outra deve atacar para conquistá-lo. A novidade é o modo Escalation, basicamente uma espécie de Conquest em esteroides. Com mais pontos de controle e um sistema de pontuação, a principal atração está no fato de que o número de pontos de controle vai sendo reduzido ao longo da partida, concentrando os jogadores em um campo de batalha cada vez menor – e mais explosivo.
Há de se mencionar também o sistema de classes. Existem quatro: Assault, focada na ação veloz e direta, com regeneração rápida da vida; Engineer, voltada para destruir veículos do time inimigo e capaz ainda de consertar os da sua equipe; Support, focada em fornecer apoio de batalha através de munição, cover, cura e de reviver aliados; e Recon, voltada para ataques à distância e em reconhecimento de campo. Dessa forma, Battlefield 6 mantém viva a tradição dos jogos de tiro em primeira pessoa de oferecer opções para cada estilo de jogo.

Os campos de batalha

Experimentei o gameplay em dois mapas: o clássico Operation Firestorm e o novo Mirak Valley. O primeiro permanece tão explosivo quanto era nos Battlefields 3 e 4: localizado em uma refinaria de petróleo, trata-se de um campo de batalha altamente inflamável. Atualizado para os parâmetros de combate e de destruição dos jogos dos dias de hoje, o cenário oferece uma emoção constante em meio aos tiroteios e explosões que definem uma partida de Battlefield.
O destaque, contudo, fica para a grande novidade desse teste: o Mirak Valley. Trata-se de um amplo vale que converge em dois prédios um ao lado do outro. Foram neles que vivi os momentos de ação mais divertidos e memoráveis das minhas horas em Battlefield 6: é muito bacana atirar tanto entre os diferentes andares dos prédios quanto mirar de um edifício para o outro, sem falar nos combates mais comuns no mesmo andar. As paredes oferecem cover e possibilidades de uso estratégico do espaço, podendo flanquear os inimigos e recuar quando necessário. Foi eletrizante me encontrar em meio a vários tiroteios quando o modo Escalation concentrou os jogadores naqueles edifícios. O Mirak Valley veio para ficar.

O que não falta é imersão

Os gráficos de Battlefield 6 também não decepcionaram: o jogo está lindo e sem problemas de performance. Com a precisão das armas e o excelente level design dos mapas, não foi difícil me perder em meio à jogatina e não ver o tempo passar enquanto eu corria e atirava nos inimigos. De fato, a imersão produzida pelo game é notória, e um triunfo exigido pelos fãs dos jogos de tiro em primeira pessoa, já que há uma expectativa por um aproveitamento ao longo de muitas horas de jogo com amigos.
É preciso citar também o sistema de destruição, diferente de muitos outros jogos similares. Com um sistema chamado de “Tactical Destruction”, é possível aprender como exatamente as construções podem ser destruídas, já que nem tudo é destrutível. Isso possibilita um gameplay tático conforme os jogadores acumulam conhecimento sobre os mapas, resultando em mais estratégias e diversão para aqueles que se dedicarem. Já os sons merecem destaque. Parte essencial do gênero é escutar bem os passos, tiros e explosões que compõem o mosaico sonoro de uma batalha, e o jogo cumpre com excelência essa missão. Assim, há uma camada a mais à já citada imersão, onde os jogadores certamente se perderão por horas e horas. Dessa forma, o hype se encontra plenamente justificado: Battlefield 6 promete ser uma entrada e tanto da franquia. 

Revisão: Alessandra Ribeiro
Texto de impressões produzido com cópia digital cedida temporariamente pela EA
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Felipe Jungstedt
Cientista social em formação, apaixonado por todo tipo de joguinho (com um amor especial pelos indies e pelos da Nintendo). Você provavelmente vai me encontrar ouvindo música enquanto jogo Spelunky 2 ou tirando a poeira de algum Zeldinha clássico.
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