Tony Hawk’s American Wasteland completa 20 anos

Jogo marcou a história como um divisor de águas: para uns é o último dos bons; para outros, é o primeiro dos ruins.

em 16/08/2025

Em 2025, um dos jogos mais divisivos da franquia Tony Hawk completa 20 anos. Estamos falando do game que apresentou fases contínuas, bicicletas e até parkour: Tony Hawk's American Wasteland. 

Desenvolvido pela Neversoft e publicado pela Activision, THAW foi lançado para PlayStation 2, GameCube, Xbox, GameBoy Advance e Nintendo DS. Mas, além dessas plataformas, recebeu dois ports nos meses seguintes em que chegou às prateleiras: uma versão para PC e Xbox 360, sendo um jogo de lançamento do segundo console da Microsoft.


Esse ainda foi o primeiro jogo da série a ter suporte para a Xbox Live, especialmente por conta do lançamento para o Xbox 360. Até então, a jogatina online era restrita às versões de PC e de PS2 (que precisava contar com a instalação de um modem para poder acessar as opções na internet).

Muitas inovações

Todo jogo da franquia procurava trazer novidades com relação aos seus antecessores. E, seguindo essa proposta da Neversoft, THAW não foi diferente. A maior mudança, no entanto, não foi em nenhuma nova mecânica, e sim na proposta de não haver mais “telas de carregamento”.


American Wasteland propõe uma quebra da navegação em menus e da seleção de fases para o modo principal de jogo, fazendo com que o game aconteça em um único grande cenário. Para isso, os desenvolvedores criaram grandes corredores que conectam as “fases” do jogo, permitindo que o jogador continue jogando enquanto o game carrega a próxima área.

Apesar da ideia inovadora (e muito divulgada), vale observar que não se tratava de um jogo de mundo aberto, mas de vários locais menores (onde se encontravam as pistas, objetivos e NPCs) conectados que formavam a área de jogo. E, para que isso ocorresse, o game precisou se comprometer com uma coisa: as regiões tinham que ser justificadamente próximas e, por essa razão, boa parte do jogo acontece em Los Angeles e áreas nos arredores.


A Neversoft seguia explorando outras ideias. Os desenvolvedores incluíram, pela primeira vez, bicicletas como itens jogáveis. Agora não se tratava apenas das quatro rodinhas; era possível fazer manobras no BMX. Outras novidades incluíam mortais para frente e para trás quando o personagem não estava no seu skate, um aceno à atividade de parkour, outro elemento da cultura urbana. Outra inovação implementada, ainda mantendo o clima rebelde dos Underground, era a de bater com seu skate em alguém.

Começo do fim?

Tony Hawk’s American Wasteland acabou por ser um jogo divisivo. Para muitos, é o último bom jogo da franquia (até o lançamento do Remake de 1+2); já para outros, foi o primeiro sinal de declínio dos games de skate do birdman.

Quem defende que THAW foi o começo da queda da franquia aponta para coisas como poucas inovações nas mecânicas (principalmente por não afetar a gameplay em boa parte do tempo), o modo história muito aquém dos antecessores (sendo quase um tutorial estendido), e pouca diversidades nas fases. Ainda somam que a principal novidade, a de ser uma grande área sem pausas para carregamentos, tem apenas corredores extensos que distraem o jogador enquanto a nova área é processada.


Por outro lado, quem argumenta que a franquia seguia em pleno crescimento naquele momento utiliza argumentos como um refinamento da engine do jogo e melhor resposta dos comandos, além de personagens carismáticos. Um dos pontos fortes também é a inovação em ter um mundo aberto em que é possível ir para qualquer mapa do jogo a qualquer momento, aliado ao fato de que as fases singulares são maiores do que muitas presentes em Tony Hawk’s Underground 2.

Pelo sim, pelo não, Tony Hawk's American Wasteland é um jogo que vale a pena ser jogado para tirar essa dúvida. E, hoje em dia, isso é possível graças aos mods feitos na versão de computador, chamada de Tony Hawk’s reTHAWed.


Nessa versão, além do modo história original, ainda há como jogar diversas fases de jogos anteriores, modo clássico e muito mais. Então não perca mais tempo e ligue seu PC para comemorar os 20 anos de um dos jogos mais polêmicos de Tony Hawk’s.

Revisão: Alessandra Ribeiro

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Moreno Valerio
Jornalista, Técnico no papel, engenheiro não praticante e mestre Pokémon nas horas vagas. Passa 80% do tempo falando de games. Nos outros 20% torce para alguém falar sobre games, só para poder falar mais um pouco.
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