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Análise: Super Crazy Rhythm Castle (Multi) combina músicas e puzzles em uma divertida aventura rítmica

Junte-se a seus amigos para superar os desafios impostos pelo insano Rei Ferdinand e tomar a sua coroa.


Produzido pela Second Impact Games e publicado pela Konami, Super Crazy Rhythm Castle é um jogo rítmico e cooperativo em que até quatro pessoas precisam concluir os mais variados desafios para derrotar o Rei Ferdinand em seu próprio jogo musical.

Inspirado no clássico Guitar Hero, esse jogo propõe uma série de quebra-cabeças musicais que combinam acerto de notas com os eventos mais caóticos possíveis, como coletar ingredientes para receitas, destruir caixas e documentos, jogar molho em seres de carne e até contar o dinheiro do rei maluco.



Em ritmo de loucura

A premissa de Super Crazy Rhythm Castle é bem simples: jogando sozinho ou com até três amigos, precisamos superar os desafios musicais preparados pelo insano rei Ferdinand e tomar sua coroa. Durante a campanha, vamos explorar os vários ambientes do Castelo do Ritmo, um local traiçoeiro e cheio de armadilhas e quebra-cabeças que devemos superar para progredir com nosso objetivo.

As missões são divididas em fases que nos avaliam em até três estrelas de acordo com o nosso desempenho, e alguns trechos do castelo só são desbloqueados quando temos uma certa quantidade delas. Durante a exploração, temos que vasculhar os cantos do castelo para coletar itens, adquirir habilidades e cumprir missões para alguns NPCs.




Os desafios rítmicos do game são inspirados em Guitar Hero: dentro de uma espécie de plataforma, símbolos começam a aparecer no ritmo da música e devemos apertar o botão correspondente no tempo certo. No entanto, essa é apenas uma parte das adversidades que encontramos.

Por exemplo: em uma fase, acertar as notas recarrega as baterias de maquinários que utilizamos para explodir paredes e cortar obstáculos de madeira; noutra, as notas criam os ingredientes de uma determinada receita; enquanto em uma terceira fase, temos que arremessar feijões em um ritual de invocação demoníaco. São muitas mecânicas criadas para tornar cada estágio único.




A criatividade e o bom humor são algumas das características mais marcantes de Super Crazy Rhythm Castle. Além de desafios completamente malucos, os NPCs são extremamente carismáticos, especialmente o rei Ferdinand, que, a partir de sua personalidade extravagante, nos presenteia com linhas de diálogos hilárias. Nesse sentido, vale destacar que a localização das legendas para português está impecável.

Em contrapartida, os quatro protagonistas que podemos escolher, apesar de estilosos, não possuem carisma e sequer falam, o que quebra um pouco a imersão. Visualmente, eles são bem-feitos e refletem diferentes personalidades com suas roupas, mas nada disso possui importância na gameplay.



Muitas tarefas para quem joga sozinho

A jogabilidade intuitiva também é um ponto positivo de Super Crazy Rhythm Castle. Os momentos de ritmo são fáceis de entender, apesar de difíceis de dominar. Há dois níveis de dificuldade possíveis que alternam entre três ou quatro notas para tocar, tornando o jogo mais tranquilo para iniciantes.

Mesmo que funcione bem no modo single player, a experiência só se torna realmente prazerosa quando dividimos a tela com um amigo — isso porque a estrutura das fases exige uma grande coordenação de ações. Além da plataforma com as notas musicais, muitas coisas acontecem simultaneamente ao seu redor, e quanto mais olhos atentos à confusão visual, melhor.




Ainda nesse sentido, uma característica que poderia ter sido melhor desenvolvida é a instrução das fases. Muitas vezes, fiquei sem saber o que fazer porque não houve uma explicação boa o suficiente ou os elementos com os quais devemos interagir ficaram camuflados nos cenários. Em muitos casos, precisei repetir as missões algumas vezes até entender o que estava acontecendo.

O que me deixava frustrado, no entanto, era repetir as fases com músicas chatas. A grande maioria das trilhas são ótimas e abordam diferentes gêneros musicais, além de ser muito prazeroso tocá-las; no entanto, em alguns casos as músicas são simplesmente irritantes. Cito como exemplo uma fase que demorei mais de 12 minutos para concluir e sua música parecia sair diretamente de um programa infantil de qualidade duvidosa.



Bom sozinho, melhor com os amigos

Ao combinar os gêneros de ritmo e puzzle, Super Crazy Rhythm Castle criou uma aventura única e extremamente divertida para se experimentar com os amigos. Mesmo funcionando bem no modo single player, o grande destaque fica para o modo em que interagimos com os nossos amigos para superar os mais variados desafios disponíveis. Seja sozinho ou com seus colegas, fica a recomendação de um jogo ótimo para passar o tempo, rir e curtir uma música.

Prós

  • Os NPCs são muito carismáticos e engraçados;
  • Mesmo tendo foco cooperativo, o game funciona bem no single player;
  • Há muitas mecânicas diferentes para resolver os quebra-cabeças;
  • A grande maioria das músicas são muito boas e variam bem de estilos.

Contras

  • Algumas músicas deixam muito a desejar;
  • Os protagonistas mudos quebram um pouco a imersão;
  • As missões poderiam ter instruções mais intuitivas.
Super Crazy Rythym Castle — PS5/PS4/XSX/XBO/Switch/PC — Nota: 7.5
Versão utilizada para análise: PC
Revisão: Davi Sousa
Análise feita com cópia digital cedida pela Konami 


É engenheiro geólogo, graduando em Engenharia Ambiental, entusiasta de novas tecnologias e apenas mais um mineiro que não vive sem café e pão de queijo. Gosta de aproveitar o tempo apreciando RPGs, relaxando em simuladores de fazenda e curtindo uma boa música em jogos de ritmo.
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