Blast Test

Impressões: Kurokami-sama's Feast (PC/Switch) promete uma aventura sobrenatural envolvente

Conferimos a demo que está disponível no Steam, GOG e na JAST Store.

Kurokami-sama’s Feast
é um jogo de aventura desenvolvido pela Minato Carnival World e que terá lançamento mundial em parceria com a publicadora JAST USA no dia 21 de janeiro de 2022. A obra é escrita por Takahiro, que também é conhecido por seus trabalhos no mangá Akame ga Kill e na visual novel Majikoi.

Apesar de poder ser considerada uma visual novel, Kurokami-sama’s Feast adiciona alguns elementos de simulação para dar mais agência ao jogador. No momento uma demo está disponível no Steam, no GOG e na JAST Store, permitindo explorar um pouco do início da aventura.

Caçando lendas urbanas

Domaru é um jovem artista que cria mangás, porém sua obra mais recente foi cancelada. Frustrado, o rapaz decide ir com sua assistente a uma reunião de um clube que investiga casos de ocultismo e lendas urbanas. Junto com o líder Shizume, eles decidem buscar pistas sobre a história de uma figura vingativa chamada Kurokami-sama.

Porém, o que eles não esperavam é que iriam de fato encontrá-la. Agora os três estão à mercê da figura sombria, tendo que preparar um banquete para ela poder recuperar a totalidade dos seus poderes. Para montar os pratos, será necessário caçar espíritos e monstros.

A ideia aqui é que Domaru ganha certos poderes da Kurokami-sama, mas usá-los implica em um gasto de energia. No pequeno trecho do início do jogo disponível na demo, já é possível entender que a lógica aqui é ter cautela no uso dessas habilidades. Ficar sem energia pode levar a um game over prematuro, mas alguns encontros com criaturas sobrenaturais podem ter soluções alternativas, mesmo que elas não sejam ideais.

Além da possibilidade de destruir completamente um monstro consumindo muita energia, temos a capacidade de ouvir os pensamentos das pessoas durante alguns diálogos. Durante o tempo da demo, não encontrei nenhum momento relevante para o seu uso, mas fico curioso para ver como isso é aproveitado no jogo completo.

A escolha da sua própria rota

Após encontrar a Kurokami-sama, o protagonista tem um prazo para entregar uma refeição para a personagem. Ele pode ir a um lugar diferente da cidade e arredores a cada dia, em busca de uma criatura ou algum outro tipo de evento. Ele recebe alguns emails com pistas do paradeiro de determinadas criaturas e pode usar isso para evitar desperdiçar o pouco tempo que tem.

No trecho disponível na demo, também encontrei eventos especiais vasculhando áreas que não tinham sido mencionadas nos emails. Um deles me rendeu mais comida e o outro parecia dar pistas de que Domaru pode realizar certas ações para escapar das garras de Kurokami ao final do jogo. De fato, uma das características destacadas na página do jogo é a presença de finais alternativos.

Vale destacar também que a escolha do parceiro parece ter importância para os encontros em vez de trazer apenas impactos cosméticos. É possível alternar entre a assistente Nasuka e Shizume, cada um com suas vantagens. Nasuka é mais forte, mas Shizume tem muito conhecimento sobre o sobrenatural. Foi só com a ajuda dele que fui capaz de encarar um dos monstros realizando uma espécie de minigame em vez de consumir energia.

De forma geral, a demo me deixou curioso para ver como essas pequenas escolhas impactarão o final da história. Até o ponto disponível na demo, a figura da Kurokami-sama parece ser de uma capacidade monstruosa e é difícil acreditar que um final em que ela ganhe o poder das várias criaturas derrotadas deixe o trio de protagonistas bem.

Um futuro ainda a revelar

Fica a expectativa para o lançamento do jogo que ocorrerá em breve para poder saber quais possibilidades de futuro esperam o pobre escritor. De qualquer forma, Kurokami-sama’s Feast promete ser uma experiência charmosa para fãs de jogos de aventura e visual novels com elementos sobrenaturais.

Revisão: Thais Santos


é formado em Comunicação Social pela UFMG e costumava trabalhar numa equipe de desenvolvimento de jogos. Obcecado por jogos japoneses, é raro que ele não tenha em mãos um videogame portátil, sua principal paixão desde a infância.
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