Análise: Destruction AllStars (PS5) é divertido, mas momentâneo

O título foi disponibilizado para os assinantes do serviço PlayStation Plus donos de um PlayStation 5.

em 16/02/2021

Destruction AllStars (PS5), título desenvolvido pela Lucid Games e publicado pela Sony Interactive Entertainment, é uma nova IP multiplayer exclusiva para PlayStation 5. O título tem como principal objetivo combates veiculares, o que nos leva a lembrar de jogos clássicos como Vigilante 8 (Multi) e Twisted Metal (PS1). Divertido e desafiador, o título tem como missão conquistar os jogadores do novo console da Sony, o PlayStation 5.

O que é e como funciona Destruction AllStars?

Destruction AllStars é um jogo multiplayer de combate veicular só que com um diferencial: aqui podemos controlar os personagens chamados de AllStars. Nele não precisamos ficar presos dentro do carro como ocorre em outros jogos do estilo. O AllStar tem outras funções além de destruir os oponentes através de um veículo. Ele pode acionar armadilhas para conquistar pontos, atingir os outros adversários que estão andando pela arena usando um ataque simples ou especial. Seu ataque e veículo especial só aparecem ao coletarmos uma certa quantidade de fragmentos que ficam espalhados pela arena.


Ao iniciarmos o jogo pela primeira vez, aprendemos as mecânicas presentes no título. Isso serve para termos uma base de como ele funciona. Aprendemos a como atingir os adversários, controlar o veículo e o personagem, usar os ataques especiais, etc. Após concluirmos o tutorial, temos à disposição quatro modos de jogo: Multijogador, Arcade, Série Desafio e Treino. 
Menu de Destruction AllStars.
No início é tudo uma loucura: carros colidindo e sendo destruídos. A sensação de atacar e destruir os oponentes é maravilhosa. O barulho dos veículos colidindo e a narração de fundo só deixam a experiência mais vívida. Os carros têm uma barra de vida e ao serem atacados vemos a destruição na HUD do jogo e também como resposta no controle DualSense. 

Vou dar um exemplo para ser mais claro: o veículo sofre sérios danos como perder uma roda, o controle responde à falta desta roda; ao pressionarmos o R2, sentimos o gatilho adaptativo diferente de como era quando pegamos o veículo inteiro. Aqui a função dos gatilhos adaptativos foi muito bem aproveitada.


Nos modos Multijogador e Arcade podemos escolher entre quatro tipos de eventos, sendo eles: Caos, Carnado, Queda Livre e Pilhagem. A diferença entre os dois modos é que no Arcade você pode escolher a arena e a dificuldade, servindo para os jogadores que não curtem jogar online. Cada partida dura 6 minutos no modo Multijogador e 4 minutos no modo Arcade. A jogabilidade é a mesma em todos os eventos. O que muda é o objetivo de cada um deles.

No modo Série Desafio encaramos uma sequência de desafios com um AllStar e somos apresentados a cutscenes animadas com os personagens do título. O intuito aqui é que você consiga itens cosméticos do personagem ao concluir os desafios. No modo Série Desafio ocorrem as famosas microtransações, em que temos a opção de comprar os desafios dos AllStars. Só o do personagem Ultimo Barricado está disponível gratuitamente. Não sei dizer se os outros ficarão gratuitos com o tempo.


No modo Treino temos tutoriais para cada evento do jogo e podemos jogar novamente o tutorial apresentado no início do jogo. É um modo interessante para você testar todos os AllStars e escolher o seu preferido antes de partir para o modo Multijogador.


O jogo conta também com um espaço para o jogador personalizar seu perfil ou seu AllStar preferido. A cada nível que subimos no modo multijogador ganhamos 1.000 moedas, que servem para adquirirmos novas skins para os personagens, gestos e muito mais.



Podemos escolher entre 16 personagens no total e todos contam com visuais, personalidade e habilidades únicas. Impossível o jogador não ter um preferido em meio a tantos personagens. O AllStar ao qual mais me apeguei foi o Blue Fang e seu veículo triturador. O estilo dos personagens é cartunesco e lembra os vistos em Fortnite.


Golpeie, nocauteie, capture e destrua para marcar pontos!


De longe o evento Caos será o predileto dos jogadores. Foi o evento que mais joguei dentre os quatro presentes no título. Aqui temos como missão conseguir mais pontos destruindo os adversários.

Quando chegamos mais ao final da partida a arena vai ativando armadilhas para assim dificultar a jogatina. Um buraco se abre no meio da arena ou hélices são ativadas nos cantos. Se o jogador cair no buraco ou passar por uma dessas hélices terá seu veículo destruído e assim gera o famoso K.O.

O K.O. também pode acontecer caso você destrua ou seja destruído de uma forma mais grave por um adversário. Ele também aparece nas estatísticas ao final de cada partida. Mas neste modo o que conta são os pontos que o jogador fez ao atacar os oponentes. Quanto mais pontos você fizer, mais chances de você ser o vencedor da partida.

Golpeie, nocauteie, evada e destrua para sobreviver!


O segundo evento presente no título é o Queda Livre. Nele o AllStar tem que derrubar seus adversários e sobreviver até o fim. Em queda livre contamos com a destruição dos veículos, mas o principal inimigo aqui é a arena, que vai abrindo buracos e o jogador terá que ser esperto para não cair neles. Esse foi um dos eventos que menos me chamou a atenção. Joguei algumas partidas, mas em todas não obtive sucesso e muito menos me diverti.

Golpeie, nocauteie, capture e destrua para ganhar peças!


O terceiro evento presente no título é o Carnado. Nele vence o time que mais fizer pontos ao atacar os adversários e coletar peças no veículo. Ao atingirmos os veículos vamos acumulando pontos, que variam de 5 a 50. Quando conseguimos um bom número de pontos temos que depositar o veículo numa espécie de tornado para validar esses pontos. Caso o jogador tenha seu veículo destruído pela equipe rival, automaticamente ele perde esses pontos.

As equipes são divididas em oito jogadores no modo multijogador e no modo arcade não há a presença delas. Também garantimos pontos ao ativar as armadilhas ao redor do tornado na arena. Conseguimos 5 pontos no total que são acrescentados ao adquirirmos um veículo. Este foi o único evento em que consegui ganhar uma partida online.

Nocauteie, destrua, pegue peças e deposite para controlar bancos!


No quarto e último evento chamado Pilhagem temos que destruir os veículos a fim de encher os bancos espalhados pela arena. Diferente de Carnado, que você tem de pegar as peças por meio do veículo, em Pilhagem temos que sair do veículo e coletar as peças do adversário destruído e levar até o banco mais próximo. Podemos levar no máximo quatro peças até o banco. A equipe que tiver dominado mais bancos ganha a partida.

Divertido, mas momentâneo




Destruction AllStars veio como um presente para os donos de PlayStation 5 que possuem a assinatura da PlayStation Plus. O título já havia passado por um adiamento e esta foi uma decisão certeira da Sony. A intenção dela em dar o jogo gratuitamente aos assinantes foi a de criar uma base de jogadores e também apresentar esta nova IP.

Em minha experiência, o jogo me surpreendeu com o carregamento rápido. Em questão de segundos já estava no menu, mérito do SSD presente no PS5. Só tive problema de conexão com a minha internet. Toda vez que eu tentava iniciar uma partida online ele apresentava erro de rede, mas, ao usar o roteador do celular, funcionou e consegui jogar várias partidas online sem presenciar nenhum bug ou instabilidade. 

O título tem belos gráficos e vemos as partículas de destruição dos carros, os detalhes nas feições e nas roupas dos personagens. Tudo o que um jogo de nova geração tem e deve apresentar. A destruição não é só apresentada visualmente: o estardalhaço dos carros colidindo na arena é muito bem-feito. A dublagem brasileira também não deixa a desejar, contando até com narração em português durante as partidas.

Senti que poderia ter tido um modo história, pois os personagens têm grande potencial. Somos introduzidos ao universo do jogo sem nenhuma explicação do que está acontecendo. 

Não sou um jogador assíduo de títulos multiplayer, mas, pelo que foi me apresentado, o jogo cumpre muito bem sua proposta e me diverti. Porém, como eu disse no título da análise, tudo aqui é momentâneo. Jogos online são feitos para manter os jogadores fiéis a eles. Se a “magia” acaba, o jogador larga e parte para outro título. A dúvida é se ele terá um futuro. Destruction AllStars tem potencial, mas sem novos conteúdos ele poderá ser esquecido. 

Prós

  • Divertido, descontraído e desafiador;
  • Personagens carismáticos;
  • Gráficos belíssimos e muito bem trabalhados;
  • Faz bom uso dos gatilhos adaptativos do controle DualSense.

Contras

  • Falta de novos conteúdos pode deixar o jogo desinteressante no futuro;
  • Não há um modo história para apresentar o universo do jogo.
Destruction AllStars — PS5 — Nota: 7.0
Versão utilizada para análise: PS5

Revisão: Ives Boitano

Análise produzida com cópia digital cedida pela Sony

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Poderia estar dando um rolê na Epoch, ou participando do torneio Mortal Kombat, e quem sabe escapando de alguns zumbis, mas estou aqui, feliz por estar escrevendo sobre games.
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