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Análise: Spellbreak (Multi) é um Battle Royale bem diferente do que vimos até hoje

O jogo gratuito traz combates até a morte com muita magia e feitiços, mas dependendo de muito esforço da desenvolvedora para se manter relevante.


O gênero Battle Royale ganhou bastante fama nos últimos anos. Fortnite, Apex Legends e Call of Duty: Warzone são os jogos que lideram a corrida pelo título de melhor Battle Royale, mas agora chegou um novo concorrente à altura! Spellbreak deixa de lado armas e equipamentos para trazer uma mecânica inédita ao estilo, na qual jogadores combinam diferentes tipos de poderes para derrotar seus inimigos e serem proclamados os maiores magos.


Confira, em nossa análise, se Spellbreak tem o que é preciso para estabelecer seu lugar entre os maiores jogos de Battle Royale.

Torne-se o supremo mago de Hollow Lands

Spellbreak, Battle Royale gratuito em todas as plataformas da atual geração, traz um conceito inédito e dinâmico para o estilo, onde 42 participantes, jogando em modo solo, dupla ou trio, se enfrentam em uma arena que fica menor com o passar do tempo, até que reste um jogador.

Até aí nada demais, mas o diferencial de Spellbreak é deixar de lado as diversas armas e equipamentos, comuns nos outros jogos, para substituí-los por manoplas poderosas e itens que melhoram seus status durante a partida. É possível equipar até duas manoplas, uma principal selecionada antes da partida e uma secundária que pode ser trocada conforme as encontra pelo mapa, que se dividem em seis classes: fogo, gelo, raio, vento, pedra e tóxico.



Cada manopla possui uma magia, que é o ataque padrão usado gastando sua mana, e um feitiço com tempo de recarga, o famoso cooldown. Ao possuir duas manoplas, é possível combinar seus poderes para criar magias únicas e com dano reforçado. Por exemplo, unindo as forças das manoplas de vento e raio é possível criar um furacão elétrico, ou as manoplas de pedra e fogo para lançar um pedregulho flamejante enorme em seus adversários.

Conforme seu desempenho nas partidas, você sobe seu nível de personagem e o nível da manopla principal, liberando melhorias específicas para a classe que melhor combina com seu estilo. O mapa, intitulado Hollow Lands, contém diversos baús com manoplas, itens de cura e escudo e upgrades dos talentos. Há também habilidades passivas desbloqueadas durante e apenas para a partida acontecendo, conforme objetivos alcançados.


Tudo isso torna a jogabilidade de Spellbreak bastante divertida e dinâmica, te oferecendo diversas combinações de poderes e maneiras de enfrentar os outros jogadores pelo título de mago supremo. Você deve administrar muito bem o uso de sua mana, que é gasta ao usar a magia e o voo, para que não fique vulnerável a ataques inimigos. O cross-play entre todas as plataformas garante um curtíssimo tempo para encontrar partidas.



Detalhes que podem fazer a diferença

Mesmo com o diferencial de trazer uma jogabilidade única em Battle Royales, Spellbreak tem alguns problemas que podem torná-lo um tanto quanto monótono. O mapa é extremamente grande para uma partida com 42 jogadores. Eu mesmo venci minha primeira partida no jogo eliminando apenas o outro jogador que havia restado, sem ter esbarrado com ninguém antes. É comum passar mais tempo vagando pelo mapa atrás de itens do que de fato em confrontos.

A falta de uma trilha sonora e poucos efeitos sonoros também ajudam a criar esse clima monótono que rege em diversos momentos. Graficamente, o jogo é muito bonito e lembra bastante The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

O título ainda conta com pouco conteúdo, o que é aceitável para um Battle Royale gratuito e recém-lançado, mas será preciso bastante desenvolvimento para manter o jogo relevante e não torná-lo enjoativo, devido às poucas opções de manoplas até o momento. Novos poderes e eventos temáticos recorrentes, além de mapas menores, já são mais que suficientes para manter o jogo vivo por muito tempo.



Um longo caminho pela frente

Spellbreak chega com uma nova proposta para o estilo Battle Royale, apostando em feitiços e habilidades no lugar de armas e equipamentos. Apesar da jogabilidade divertida e do cross-play muito bem-vindo, o jogo pode ser monótono em um mapa muito grande e com poucos efeitos sonoros marcantes. Ainda com pouquíssimo conteúdo, o estúdio precisará criar diversos eventos e novas manoplas para manter o jogo relevante e garantir seu lugar entre os melhores do gênero.

Prós

  • Free-to-play;
  • Jogabilidade divertida e inovadora no gênero;
  • Ótimos gráficos;
  • Cross-play entre todas as plataformas disponíveis.

Contras

  • Mapa muito grande para a quantidade de jogadores;
  • Falta de trilha sonora ou efeitos sonoros mais marcantes;
  • Pouco conteúdo, apesar do recém-lançamento.

Spellbreak – PS4/PC/XBO/Switch – Nota: 8.0
Versão utilizada para análise: PS4

Revisão: Ives Boitano
Análise publicada com cópia do Founder's Pack cedida pela Proletariat Inc.

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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